O estado do Acre contabiliza 7,8 mil casos prováveis de dengue em 2025, segundo dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde. Com um coeficiente de 884,7 infecções por 100 mil habitantes, o estado ocupa a segunda maior taxa de incidência do país, atrás apenas de São Paulo, que registra 1.320,4 casos por 100 mil habitantes.
Entre os estados com maiores índices, o Acre supera unidades federativas com maior população, como o Paraná, que aparece em terceiro com 713,3 casos por 100 mil. A média nacional é de 494,5. O Acre é um dos sete estados com indicadores acima dessa média.
Em fevereiro, o estado chegou a liderar o ranking nacional, com um índice de 595,8 casos por 100 mil habitantes nas primeiras seis semanas epidemiológicas do ano, totalizando 5.247 casos prováveis naquele período. Em 2024, o número era de 2.059 no mesmo recorte, o que representa um aumento de 110% nas notificações.
O estado confirmou três mortes por dengue em 2025, enquanto uma quarta segue em investigação. No mesmo período de 2024, havia sido registrada uma morte. Apesar do crescimento nos casos prováveis, os casos confirmados caíram de 2.004 para 1.239 nas seis primeiras semanas de 2025, uma redução de 38,1%.
Em resposta à situação, o governo estadual decretou emergência em saúde pública e prevê a distribuição de mais de 47,5 mil testes rápidos. A situação é acompanhada por autoridades locais e federais, enquanto investigações de mortes associadas à doença seguem em andamento.