A Assembleia Legislativa do Acre realizou nesta segunda-feira (31) uma audiência pública para discutir os alagamentos recorrentes em Rio Branco. Participaram representantes do governo do Estado, prefeitura, Ministério Público, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e outros órgãos.
O debate abordou os impactos sociais e ambientais das inundações e buscou propostas para a prevenção e resposta aos desastres. O deputado Afonso Fernandes (Solidariedade), autor do requerimento que originou a audiência, defendeu a escuta de técnicos e moradores das áreas afetadas para formular medidas de enfrentamento.
O secretário de Meio Ambiente, Leonardo das Neves, relacionou a frequência das enchentes e secas às mudanças climáticas e destacou o trabalho do Centro Integrado de Gestão e Monitoramento Ambiental, que fornece dados e projeções usados na gestão de crises.
O promotor de Justiça Luis Henrique Corrêa explicou a atuação do Ministério Público, que conta com promotorias especializadas por bacias hidrográficas e um grupo permanente de resposta a desastres (GPRD). Ele defendeu ações preventivas e a presença do MP nos territórios mais afetados.
O comandante do Corpo de Bombeiros, Roger Freitas, propôs um plano de ação estruturado que envolva prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação. Ele destacou a importância da coordenação entre os órgãos e a publicação de um plano operacional para resposta a enxurradas, fenômenos que exigem atuação imediata.
A Defesa Civil, representada pelo comandante Cassiano, relatou a atuação nos municípios atingidos e o monitoramento das chuvas desde a região de fronteira com Peru e Bolívia. Segundo ele, a instalação de uma sala de situação permitiu a remoção de famílias em áreas de risco e a solicitação de recursos para reconstrução.
A audiência concluiu com a defesa de uma atuação coordenada entre os órgãos públicos e da adoção de medidas estruturais e preventivas para reduzir os impactos dos eventos climáticos extremos.
