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Bocalom admite possibilidade de disputar governo em 2026 e comenta relação com Márcio Bittar

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O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL), afirmou que avalia a possibilidade de disputar o governo do Acre nas eleições de 2026 e disse que a decisão ainda será discutida com sua equipe no início do próximo ano. A declaração foi dada em entrevista ao site AC24h, nesta terça-feira, 16, na qual o gestor relembrou sua trajetória eleitoral, comentou o cenário político da direita no estado e falou sobre sua relação com a vice-governadora Mailza Assis e com o senador Márcio Bittar.

Ao ser questionado sobre a intenção de concorrer ao Palácio Rio Branco, Bocalom afirmou que nunca negou a possibilidade. “Eu fui candidato três vezes e, graças a Deus, a população do Acre sempre me acolheu muito bem”, disse, ao recordar as disputas de 2006 e 2010, quando obteve 11,11% e 49,5% dos votos, respectivamente. Segundo ele, apesar das dificuldades materiais nas campanhas anteriores, o resultado demonstrou apoio popular em diversas regiões do estado.

O prefeito destacou que, desde então, recebe manifestações de eleitores, especialmente no interior, que o incentivam a voltar a disputar o governo. “Hoje eu chego no Juruá e é incrível o que as pessoas falam. Dizem que em 2010 tiraram a eleição e pedem para eu ser candidato agora”, relatou. Diante disso, afirmou que não descarta a candidatura. “Eu estou vendo que, de repente, eu posso vir a ser candidato, sim. Essa é a conversa que eu trato com todo mundo”, declarou.

Bocalom também comentou a possibilidade de haver mais de uma candidatura no campo da direita. Para ele, o ideal seria a unidade, mas reconheceu que o processo eleitoral pode ter divisões. “O ideal é que não tenha mais de uma candidatura, mas se tiver também, eleição é eleição. Quem tem medo não pode entrar”, afirmou.

Na entrevista, o prefeito falou sobre sua relação com a vice-governadora Mailza Assis, lembrando episódios de apoio político mútuo ao longo dos anos. Segundo Bocalom, a relação é marcada por respeito e reciprocidade. “É uma via de mão dupla. Eu ajudei o que pude lá atrás, ela ajudou o que pôde depois. Eu tenho um carinho muito grande por ela”, disse. Ele ressaltou que Mailza tem legitimidade para disputar o governo. “Hoje ela é vice-governadora. Ela tem todo o direito de colocar o nome e ser candidata. O que precisa existir é respeito”, completou, acrescentando que não vê problema caso ambos venham a concorrer.

O prefeito também abordou um episódio recente envolvendo o senador Márcio Bittar, que fez declarações públicas sobre o cenário eleitoral. Bocalom afirmou que ficou incomodado com a fala inicial do senador, mas que a situação foi resolvida após uma conversa direta. “Eu fiquei chateado com a situação. Eu sou do partido dele e ele sabe que eu tenho essa intenção. Falei com ele na hora, e ele reconheceu que pisou na bola e corrigiu”, afirmou.

Apesar do episódio, Bocalom garantiu que a relação com Bittar permanece sólida. “A minha relação com o Márcio é boa, é de amigo. Ele tem sido um grande parceiro da Prefeitura e das prefeituras do Acre”, disse. O prefeito destacou ainda a atuação do senador em Brasília, especialmente na articulação de recursos. “Ele sabe criar a situação política lá para poder arrumar recursos para o nosso estado. Isso ele fez muito bem”, afirmou.

Ao falar sobre possíveis composições para 2026, Bocalom indicou que, caso seja candidato ao governo, defende os nomes de Márcio Bittar e Gladson Cameli para o Senado. “Meus candidatos são Márcio e Gladson, independente do partido. Eu acho que são dois nomes imbatíveis no Acre hoje”, declarou.

Bocalom concluiu dizendo que a decisão final sobre uma eventual candidatura ao governo será tomada após diálogo interno. “No início do ano, a gente vai sentar com a equipe e definir se eu vou ou não vou. Ainda não está definido”, afirmou.

Foto: Sérgio Vale/AC24h

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