O número de pessoas com carteira assinada no Brasil aumentou e atingiu mais de 39,6 milhões ao final de fevereiro, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE. A maior parte dos novos postos formais foi criada pelos pequenos negócios, que, segundo o Sebrae, concentraram 72% das contratações em 2024.
O presidente do Sebrae, Décio Lima, afirmou que os pequenos negócios tiveram participação relevante na geração de renda e na formalização do trabalho. De acordo com ele, essas empresas foram responsáveis por 97% das aberturas de empresas em 2024 e responderam por 26,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
O levantamento do IBGE divulgado em 28 de março também apontou que o rendimento médio dos trabalhadores chegou a R$ 3.378, valor considerado o maior da série histórica. A taxa de desocupação subiu para 6,8%, com aumento de 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, mas permaneceu no menor patamar para os meses de fevereiro desde 2014. O número de pessoas sem trabalho está 1 ponto percentual abaixo do mesmo trimestre do ano passado.
A pesquisa também mostrou que o número de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado ficou em 13,5 milhões, com queda de 6% no trimestre e estabilidade em relação ao ano anterior. O contingente de trabalhadores por conta própria manteve-se estável no trimestre, com crescimento de 1,7% no ano, totalizando 25,9 milhões. A taxa de informalidade caiu de 38,7% para 38,1%.
O Sebrae destacou que os dados refletem os efeitos das políticas econômicas voltadas para o estímulo ao crescimento e à geração de empregos.