MEIO AMBIENTE

CEO da Bemol alerta sobre riscos da seca na Amazônia

Denis Minev expressa preocupações com a diminuição dos níveis dos rios e suas implicações regionais

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A seca de 2023 na Amazônia tem sido uma calamidade humanitária e logística sem precedentes. O diretor-presidente da Bemol, Denis Minev, compartilhou sua preocupação com o público em uma postagem nas redes sociais. Segundo Minev, o rio Negro atingiu a cota de 19 metros e continua descendo rapidamente, com uma média de mais de 30 centímetros por dia nos últimos cinco dias consecutivos.

A situação é particularmente alarmante porque a seca histórica pode durar pelo menos mais um mês. “Secas desta magnitude são calamidades. Boa parte dos nossos rios se tornam intransitáveis, com consequências humanitárias e logísticas dramáticas. Comunidades ribeirinhas, por exemplo, se tornam isoladas, dado que a seca deixa-as a grandes distâncias da beira do rio, sendo esses espaços lamaçais de tamanha profundidade e extensão a ponto de torná-los intransponíveis”, escreveu Minev.

Em 2010, durante a pior seca dos últimos 120 anos, a situação foi tão crítica que foi necessário levar mantimentos por helicóptero para as comunidades afetadas. Caso grandes navios não possam chegar à cidade de Manaus, o abastecimento de alimentos e insumos do polo industrial também ficará comprometido. Isso terá amplas implicações sócio-econômicas para toda a região.

Denis Minev é o diretor-presidente da Bemol, a maior rede varejista da Amazônia Ocidental. É um empresário com experiência e conhecimento sobre a região amazônica e também é fundador de várias organizações não governamentais, como o Museu da Amazônia, a Fundação Amazonas Sustentável e Parceiros pela Amazônia.

Confira: https://twitter.com/dminev/status/1704569687101633009?s=46&t=XEO_K6D5tTVZx78lxKlMEQ

O que diz a CPRM

Segundo Jussara Cury, pesquisadora em geociências do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), as cotas no Alto Rio Negro estão atualmente abaixo da média para esta época do ano. Normalmente, é no mês de outubro que se observam cotas mais baixas em Manaus.

A especialista também apontou que a tendência é que o nível do Rio Negro continue diminuindo, devido à previsão de pouca chuva durante os primeiros 15 dias de setembro.

“Está prevista uma quantidade de chuvas abaixo da média para toda a bacia durante a primeira quinzena de setembro, o que pode resultar em uma redução dos níveis dos rios em grande parte da região”, explicou Cury.

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