O Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), representado por André Guimarães, diretor-executivo, e Paulo Moutinho, pesquisador sênior, propõe no artigo publicado no jornal O Globo uma compensação econômica para os estados do Amapá e Pará. Este incentivo visa evitar a exploração de petróleo na foz do rio Amazonas. O conceito de “royalties verdes” é introduzido como alternativa, sugerindo que esses estados recebam pagamentos equivalentes aos royalties do petróleo, porém provenientes do Tesouro Nacional e outras fontes, incluindo internacionais.
O artigo destaca as contradições globais atuais entre o consumo intensivo de produtos que contribuem para o desmatamento e a busca por soluções de baixo carbono, como a agricultura sustentável e energias renováveis. A posição do Brasil é discutida em detalhe, especialmente em relação à sua capacidade de escolher não expandir a produção de combustíveis fósseis, graças à sua economia diversificada e matriz energética mais limpa.
Os autores argumentam que, apesar das demandas de desenvolvimento em Pará e Amapá, que poderiam ser atendidas por royalties do petróleo, é essencial encontrar alternativas que não aumentem as emissões de gases de efeito estufa. Eles sugerem que o Brasil pode liderar internacionalmente ao propor desistir da exploração de petróleo na Amazônia e cobrir os custos internamente, potencialmente elevando a respeitabilidade e liderança do país em questões ambientais globais.
Confira o artigo completo: https://oglobo.globo.com/opiniao/artigos/coluna/2024/01/compensacao-para-abrir-mao-do-petroleo.ghtml
Foto: Sérgio Vale / Vale Comunicação