Enquanto a velha boa “nova” política insiste na estratégia de uma candidatura para ter o nome lembrado e quem sabe com uma certa força para futuras eleições e que de novo mesmo só a “vontade de lacrar e privilégios”. De um lado temos, Tião Bocalom que sabe bem o que quer e até aqui faz o dever de casa certinho, “a maquina está nas ruas” – diriam especialistas, e seu vice Alysson Bestene vem apadrinhado pelo Governador Gladson Cameli. Vale só aguardar e esperar que lhe ajude e transfira votos, o que não conseguiu quando apoiou Socorro Neri em 2020.
Do outro lado, temos o MDB que se prepara para discutir quem será o vice em sua chapa. Uma questão importante fica em aberto: será que o partido está perdendo a chance de renovar suas lideranças e atrair a atenção das novas gerações?
O MDB adiou o debate sobre a escolha do vice para a chapa de Marcus Alexandre para o final de julho. Entre os nomes cotados, encontramos figuras conhecidas e respeitadas como a engenheira Yael Saraiva, a gestora Jesuíta Arruda, e a vice-prefeita de Rio Branco Marfisa Galvão, todas filiadas ao PSD e evangélicas da Assembleia de Deus. Além delas, os médicos infectologistas Jenilson Leite (PSB) e Thor Dantas também são mencionados em colunas políticas e nos corredores e salas mdbistas e aliados. Embora sejam nomes de peso e reconhecidos por suas contribuições, essa escolha pode refletir um apego a figuras tradicionais, conhecidas e ligadas a grupos.
Flaviano Melo, presidente do MDB, destacou várias vezes que a escolha do vice é prerrogativa de Marcus Alexandre, embora haja um debate prévio entre os líderes do MDB e os dirigentes dos partidos aliados. Essa estrutura de decisão, baseada em “cabeças brancas”, pode ser vista como um reflexo do conservadorismo e da resistência à inovação.
Há quem reconheça, até mesmo entre os seus adversários, que a candidatura e liderança de Marcus Alexandre transcende as linhas partidárias e oferece uma plataforma única para o MDB se conectar com as novas gerações. Jovens eleitores estão cada vez mais ávidos por mudanças e por líderes que representem suas aspirações e desafios contemporâneos. A escolha de um vice que simbolize essa renovação poderia fortalecer a campanha e proporcionar uma nova dinâmica à política local.
A insistência em nomes tradicionais pode ser vista como uma oportunidade perdida. É crucial que o MDB considere nomes que tragam frescor e inovação, que se conectem diretamente com as demandas atuais da sociedade. Essa é a chance de investir em uma nova geração de líderes, que não apenas complementem Marcus Alexandre, mas que também tragam novas ideias e abordagens para a gestão pública.
Foto capa: Projeto Arte Grafite — Foto: Assis Lima