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Estudo aponta dupla carga de má nutrição em crianças da Amazônia

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Um estudo coordenado pela Fiocruz Amazônia analisou a dupla carga de má nutrição em crianças menores de cinco anos em áreas rurais e urbanas de municípios de difícil acesso no Amazonas. A pesquisa, publicada na revista Frontiers Public Health, envolveu instituições como a Universidade de Lancaster (Reino Unido), a Universidade de Ciência e Tecnologia Rei Abdullah (Arábia Saudita), a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e a Universidade de São Paulo (USP).

O epidemiologista Jesem Orellana, da Fiocruz Amazônia, explicou que a pesquisa investigou a prevalência da condição em municípios como Jutaí, Ipixuna, Maués e Caapiranga, incluindo comunidades rurais. A dupla carga de má nutrição ocorre quando uma criança apresenta simultaneamente excesso de peso e baixa estatura para a idade.

A metodologia adotada incluiu o uso de modelos estatísticos para estimar a ocorrência da condição em populações reduzidas. Os dados indicaram que a prevalência rural da dupla carga de má nutrição foi maior em Jutaí (3,3%), enquanto a probabilidade de que essa taxa ultrapassasse 1% foi de 99,7% no município e de 63,2% em Ipixuna. Em áreas urbanas, a probabilidade de prevalência acima de 1% variou entre 6,7% em Maués e 41,2% em Caapiranga.

O estudo identificou que a dupla carga de má nutrição está associada a riscos de doenças não transmissíveis e a complicações na vida adulta. A pesquisa também destaca o impacto das mudanças climáticas e das transformações no estilo de vida das crianças, que podem contribuir para o agravamento do quadro.

A abordagem estatística utilizada permitiu estimativas mais precisas sobre a condição e pode contribuir para o monitoramento de problemas de saúde pública em áreas remotas da Amazônia.

Fonte: Fiocruz Amazônia

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