O Acre sediou nesta segunda-feira (3) o Exporta Mais Brasil, programa da ApexBrasil que reuniu produtores locais, cooperativas e compradores de nove países em uma degustação técnica de cafés robusta amazônicos. O encontro, realizado no Restaurante Mata Nativa, em Rio Branco, marcou a entrada definitiva do estado na rota do comércio internacional de cafés sustentáveis.
A atividade integrou a Semana Internacional do Café, que teve uma de suas etapas pela primeira vez no Acre. Participaram representantes dos Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos, China, Espanha, Croácia, Rússia, Israel, Tailândia e Chile, que conheceram e avaliaram amostras de cafés produzidos em diferentes regiões acreanas.
Cooperacre, Coopercafé, Copasfe, CoopBonal, Cooperliber e Copaeb apresentaram o trabalho de agricultores familiares de municípios como Assis Brasil, Xapuri, Acrelândia, Cruzeiro do Sul, Brasiléia e Mâncio Lima. O modelo cooperativo foi destacado como fundamental para garantir qualidade, assistência técnica e acesso ao mercado externo.
Também participou do evento o presidente do Sistema OCB/Acre, Valdomiro Rocha, que ressaltou que, com produtores capacitados, cooperativas estruturadas e acesso direto a compradores internacionais, o Acre avança rumo a um novo ciclo de desenvolvimento rural baseado em inovação, floresta em pé e valorização da agricultura familiar.
Lideranças do setor reforçaram o significado do Exporta Mais Brasil. José Rodrigues de Araújo, da Cooperacre, disse que o café amplia o portfólio de cadeias produtivas sustentáveis no estado. Valdemiro Rocha, do Sistema OCB/Acre, observou que a cafeicultura acreana se aproxima de dez milhões de pés plantados. Jonas Lima, da Coopercafé, destacou que o contato direto com compradores internacionais dá segurança e perspectiva aos produtores familiares.
O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, destacou o impacto do evento na economia rural acreana. “As cooperativas estão transformando a produção no estado. O café é uma das forças dessa mudança. Onde eu estou, tem Acre, e ver esse avanço é motivo de compromisso com o futuro”, afirmou.
‘Este evento nos dá garantia: produzindo bem, teremos para onde vender. Isso está transformando vidas no Juruá e em todo o Acre.”
As degustações revelaram cafés com perfis sensoriais distintos e reafirmaram o potencial da Amazônia para produzir com qualidade e rastreabilidade. O Exporta Mais Brasil reuniu esforços públicos e privados em torno de uma meta comum: abrir novos mercados e fortalecer a economia rural sem afastar o produtor da floresta.