O líder indígena Haru Kuntanawa denunciou a morte de uma sucuri no rio Tejo, em Marechal Thaumaturgo, na Reserva Extrativista Alto Juruá, no Acre. Segundo ele, o animal era uma das últimas serpentes da região e sua ausência pode impactar o equilíbrio ambiental.
“Simplesmente mais uma das últimas anacondas guardiãs das águas do rio Tejo foi morta, não sabemos por quem”, afirmou. Haru destacou que a presença da espécie é fundamental para a manutenção dos rios. “Precisamos fazer um trabalho de consciência, pois, se continuarem matando as anacondas, nossos rios irão secar muito mais rápido”, alertou.
Ele reconhece que há temor em relação ao tamanho da cobra, mas ressalta que ataques a humanos são raros. “Sei que as pessoas temem elas por serem gigantes, mas não é comum ataque de anaconda a humanos”, explicou.
Para Haru, a preservação da sucuri está diretamente ligada à conservação dos rios e da biodiversidade local. “Devemos tomar cuidado e saber que é um ser vivo que a natureza precisa deles e nós também para os rios continuarem existindo”, concluiu.
A denúncia foi publicada nas redes sociais da liderança indígena, nesta quarta-feira, 19.