MEIO AMBIENTE

Portal apresenta protagonismo Ashaninka na COP30 em Belém

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O portal The Conversation Brasil publicou um artigo sobre a participação de lideranças Ashaninka na COP30, que será realizada em novembro, em Belém. A reportagem destaca que os Ashaninka chegam ao evento representando seu território no Alto Juruá e trazendo propostas baseadas em governança própria, manejo da floresta e conhecimento tradicional .

Segundo o artigo, os Ashaninka da Terra Indígena Kampa do Rio Amônia desenvolveram um modelo de gestão do território apoiado em decisões coletivas e parcerias com organizações sociais, pesquisadores e órgãos públicos. Desde a demarcação oficial em 1992, o território passou por reflorestamento: áreas antes degradadas por atividades de terceiros foram recuperadas, mantendo hoje apenas cerca de 0,5% sem cobertura vegetal .

A publicação explica que o conhecimento do povo sobre água, sementes nativas, ciclos da floresta e riscos climáticos orienta práticas de adaptação e prevenção de incêndios. Para Francisco Piyãko, liderança Ashaninka, esse saber deve ser ouvido pelos governos e negociadores internacionais. “Os povos indígenas devem ser ouvidos sobre o que já conhecem sobre a natureza. Para dizer o que deve ser feito, o que pode e o que não pode. Porque tem sim como preservar e como proteger a Amazônia”, afirma .

O artigo também apresenta expectativas para o lançamento, durante a conferência, de um novo mecanismo de financiamento para florestas tropicais. A proposta é que comunidades indígenas tenham participação central na governança desses recursos, para evitar que decisões externas desconsiderem realidades territoriais. Wewito Piyãko reforça o pedido: “Seria importante que a COP30 ouvisse a voz da Amazônia. Porque às vezes eles ficam apenas entre autoridades, parlamentares e governos, e não ouvem realmente aqueles que vivem na Amazônia – aqueles que são a Amazônia” .

A matéria foi publicada no The Conversation Brasil, iniciativa que reúne pesquisadores e jornalistas para produzir conteúdo baseado em evidências científicas. A plataforma é sem fins lucrativos e tem como objetivo ampliar o acesso a informações de interesse público .

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