Segundo um estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população do Acre entrará em declínio a partir de 2043. A estimativa indica que o estado, que contará com aproximadamente 912.899 habitantes em 2042, começará a encolher no ano seguinte, um ano após o Brasil também iniciar sua fase de redução populacional.
A diminuição populacional está associada a diversos fatores, com destaque para a queda na taxa de fecundidade. De acordo com os dados, o número médio de filhos por mulher no Acre caiu de 3,98 em 2000 para 1,91 em 2023. A expectativa é que esse número continue caindo e atinja 1,5 até 2070.
Além da queda na fecundidade, a projeção de maior longevidade também impacta na mudança demográfica. Em 2023, a expectativa de vida no estado era de 75,6 anos, sendo maior para as mulheres (78,2 anos) do que para os homens (73,2 anos). Para 2070, espera-se que essa expectativa suba para 83,7 anos. Com isso, a idade média da população acreana também tende a aumentar, passando de 29,9 anos em 2023 para 47,8 anos em 2070.
A tendência de redução populacional e envelhecimento da população não é exclusiva do Acre. O Brasil, como um todo, deve começar a ver sua população encolher a partir de 2042, quando o número de habitantes deve alcançar 220 milhões e, a partir daí, diminuir para 199,2 milhões em 2070. A queda na taxa de fecundidade é apontada como o principal fator para essa redução, com uma média de 1,57 filhos por mulher em 2023, abaixo dos 2,1 necessários para garantir a reposição da população.
Esses dados refletem uma mudança nos padrões familiares e decisões reprodutivas, além do impacto da migração, que também influencia na composição demográfica do estado e do país.