MEIO AMBIENTE

Comunidade denuncia incêndio e pede fim do uso do fogo na Resex Chico Mendes

Published

on

Moradores da Reserva Extrativista Chico Mendes, em Xapuri, no Acre, relataram nesta semana mais um incêndio que atingiu a região. A denúncia foi feita por Rogério Mendes, ambientalista e filho de Raimundo Mendes Barros, o Raimundão, liderança histórica dos seringueiros. Em publicação nas redes sociais, Rogério descreveu os impactos do fogo e fez um apelo à responsabilidade no uso do território.

Segundo ele, em meio à fumaça e às chamas, foi encontrada uma mambira (tamanduá-mirim) que tentou se proteger em um buraco, mas não resistiu. O registro mostra como os incêndios afetam não apenas a floresta, mas também as espécies que nela vivem. Mendes destacou que a seca intensa aumenta os riscos e qualquer descuido pode se transformar em tragédia. “Estamos em um período de seca severa, e qualquer descuido pode se transformar em tragédia: vidas são perdidas, árvores centenárias viram cinzas e todo o equilíbrio do nosso território fica ameaçado. O fogo não é apenas um problema ambiental, é também uma ameaça à saúde, à cultura e ao futuro das nossas comunidades”, afirmou.

Em sua mensagem, o ambientalista reforçou a necessidade de consciência coletiva. “Pedimos responsabilidade e consciência: não use o fogo. Cada ato de cuidado é uma forma de proteger a Amazônia, de garantir que animais como o mambira continuem existindo e que nossas gerações futuras possam viver da floresta em pé”, escreveu.

A Reserva Extrativista Chico Mendes, criada em 1990, é um marco da luta dos seringueiros pela preservação da floresta e pelos modos de vida tradicionais. Hoje, incêndios como o registrado representam uma ameaça direta à biodiversidade e às comunidades que dependem da floresta para sobreviver.

Tendência

Sair da versão mobile