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Economia criativa movimenta R$ 400 bilhões e projeta expansão no Brasil

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Empresas do setor da cultura movimentaram R$ 400 bilhões em 2024, segundo dados apresentados pelo Sebrae e pelo Ministério da Cultura, que apontam expansão da economia criativa no país e a projeção de contratação de 8,4 milhões de pessoas até 2030. O tema será aprofundado durante o Mercado de Indústrias Criativas do Brasil (MICBR), que ocorrerá de 3 a 7 de dezembro, em Fortaleza, reunindo pequenos negócios, produtores e empreendedores de diversas áreas culturais.

A economia criativa reúne atividades como artes cênicas, audiovisual, design, música, tecnologia e patrimônio cultural, somando mais de 111 mil pequenos negócios responsáveis por parte significativa do Produto Interno Bruto. Nos últimos anos, o setor registrou crescimento contínuo e ampliou sua participação no mercado formal de trabalho. O Sebrae atua na área por meio da Rede de Cultura e Economia Criativa, em cooperação com o Ministério da Cultura, articulando demandas regionais, promovendo capacitações e apoiando micro e pequenos empreendedores culturais. O objetivo é consolidar políticas públicas e fortalecer a governança cultural. “A atuação do Sebrae no MICBR 2025 busca construir legados na consolidação de políticas públicas, para o fortalecimento da governança cultural e para o reconhecimento do setor criativo como motor do desenvolvimento econômico e social do Brasil”, afirmou a analista de Políticas Públicas do Sebrae, Cyntia Bicalho Uchoa.

O MICBR conectará mais de 420 empreendedores a criadores, produtores e compradores nacionais e internacionais. Segundo Uchoa, o evento funcionará como vitrine para soluções da Rede de Cultura e ampliará oportunidades de negócios e internacionalização. A programação inclui rodadas de negócios, mentorias e oficinas voltadas ao fortalecimento dos territórios criativos. “A Rede de Cultura e Economia Criativa conecta territórios, empreendedores e políticas públicas, impulsionando o desenvolvimento socioeconômico do Brasil”, disse a analista.

Entre os participantes da rodada de negócios está o Fluxo Mandinga, ponto de cultura e laboratório criativo da região metropolitana de Porto Alegre. O fundador, Jackson Conceição, com mais de três décadas de atuação na Cultura Hip Hop e nas artes integradas, informou que a participação no MICBR busca ampliar redes e fortalecer a presença da empresa em circuitos internacionais. “Buscamos posicionar a empresa no ecossistema latino-americano de economia criativa e ampliar a presença em circuitos internacionais de festivais, feiras, exposições e redes colaborativas”, declarou. Ele também destacou o papel do Sebrae na profissionalização de iniciativas culturais. “O Sebrae tem sido essencial para profissionalizar a atuação no campo das artes, da cultura urbana e da moda periférica, ajudando a transformar iniciativas criativas em negócios sustentáveis.”

A expectativa do setor é de que o encontro nacional consolide estratégias de expansão, fortaleça ecossistemas regionais e gere novas conexões capazes de ampliar a participação da cultura na economia do país. As ações desenvolvidas ao longo do MICBR devem impactar micro e pequenos negócios, estimulando redes de colaboração e ampliando o acesso a mercados globais.

Fonte: Sebrae

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