No artigo de Fábio Pontes, editor-executivo do Varadouro, um importante questionamento é levantado em relação ao preço da castanha do Brasil nos supermercados do Acre. O autor relata sua surpresa ao encontrar um pacote de castanha-do-Brasil desidratada de R$ 35,99 por 500 gramas, o que o levou a refletir sobre as condições dos extrativistas da Reserva Extrativista Chico Mendes.
A castanha é um produto essencial para a economia da região, mas os moradores da Resex Chico Mendes relatam ter recebido menos de R$ 50 por lata da castanha na safra de 2023. A Cooperacre, responsável pela compra da castanha na região, é uma cooperativa poderosa, mas opera dentro da lógica capitalista de ganhos e perdas.
Pontes questiona o valor dado à floresta em pé e como isso impacta a vida dos que a defendem, como a seringueira Luzineide da Silva, quem entrevistou recentemente. Ele levanta a importância de políticas de subsídios para a castanha, assim como já existem para a borracha, a fim de preservar a Resex Chico Mendes e toda a região.
O artigo conclui com um apelo para que o mercado e os consumidores estejam dispostos a pagar um preço justo pela castanha, reconhecendo o valor da floresta em pé e a importância daqueles que vivem em harmonia com ela.