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Ministério da Saúde envia especialistas para reforçar atendimento no Acre a partir de setembro

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O Ministério da Saúde selecionou cinco médicos especialistas para atuar no Acre a partir de setembro pelo programa Agora Tem Especialistas, iniciativa inédita que leva profissionais já especializados para o Sistema Único de Saúde (SUS) em regiões onde há escassez desses atendimentos. No total, 501 médicos foram escolhidos em todo o país, distribuídos em 212 municípios dos 26 estados e do Distrito Federal, com 66 destinados à região Norte. Além do Acre, Pará, Amazonas, Rondônia, Roraima, Tocantins e Amapá também serão contemplados, com destaque para o Pará, que receberá 27 médicos.

As áreas contempladas incluem cirurgia geral, ginecologia, anestesiologia e otorrinolaringologia, especialidades que costumam obrigar pacientes a percorrer longas distâncias até os grandes centros urbanos. O Ministério da Saúde destacou que 67% dos selecionados vão reforçar o atendimento em municípios do interior e que 25,7% atuarão em locais classificados como de alta ou muito alta vulnerabilidade social. “Precisamos de iniciativas ousadas como o Mais Médicos Especialistas, que vai garantir, pela primeira vez, a atuação de profissionais especialistas no SUS e reduzir o tempo de espera da população por atendimento”, afirmou o ministro Alexandre Padilha ao anunciar os resultados.

Os médicos selecionados têm, em média, 12 anos de experiência e passarão a atender em hospitais, policlínicas, centros de apoio diagnóstico e outras unidades da rede pública. Pela primeira vez, profissionais que atuavam exclusivamente em hospitais privados vão integrar o SUS: 26% dos aprovados trabalharam apenas na rede particular até agora. Eles irão realizar consultas, exames especializados e procedimentos de alta complexidade, como cirurgias e tratamentos de câncer.

Para reduzir desigualdades regionais, o Ministério da Saúde considerou na distribuição fatores como a média nacional de especialistas — atualmente de 184 por 100 mil habitantes — e a capacidade instalada de atendimento em cada estado. Os médicos receberão uma bolsa-formação de até R$ 20 mil, definida de acordo com a vulnerabilidade social e sanitária da região em que atuarão, e participarão de cursos práticos no SUS sob mentoria de profissionais da Rede Ebserh e do Proadi-SUS.

Com a chegada desses profissionais, a expectativa é ampliar o acesso à saúde especializada no Acre, reduzir deslocamentos para tratamento em outros estados e fortalecer a rede pública local, que historicamente enfrenta carência de especialistas.

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