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Prefeitura de Rio Branco inicia vacinação contra vírus sincicial respiratório para proteger recém-nascidos

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A Prefeitura de Rio Branco iniciou nesta terça-feira, 9 de dezembro de 2025, a oferta gratuita da vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) para gestantes a partir da 28ª semana de gestação, com aplicação nas Unidades Básicas de Saúde e nas Unidades de Referência em Atenção Primária, começando pela URAP Augusto Hidalgo de Lima, na regional da Sobral, com o objetivo de reduzir casos de bronquiolite e outras complicações respiratórias em recém-nascidos, ampliando o acesso a um imunizante que até então era restrito à rede privada.

O VSR é um dos principais agentes causadores de infecções respiratórias em bebês, com impacto direto nas internações hospitalares nos primeiros meses de vida. Em 2025, segundo a Vigilância Epidemiológica do município, o vírus esteve entre os principais responsáveis por hospitalizações infantis em Rio Branco. A estratégia adotada pela Secretaria Municipal de Saúde consiste na imunização indireta dos bebês por meio da vacinação das gestantes, permitindo a transferência de anticorpos ainda durante a gestação. De acordo com o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, “é importante compreender que essa vacina é direcionada à imunização do bebê. Por isso, a orientação técnica é que a gestante tome a vacina a partir da 28ª semana. A vacinação faz parte do contexto do pré-natal, e qualquer dúvida deve ser esclarecida com a equipe de saúde que acompanha a gestante”.

Para atender a capital, foram disponibilizadas inicialmente 1.300 doses de um lote de 3.800 unidades enviado ao Acre, com distribuição já em andamento para as unidades de saúde de todas as regiões de Rio Branco. Entre as primeiras vacinadas estão as gestantes Eliana Guimarães, com 35 semanas, e Fabiele Aguiar, com 32 semanas de gestação. Eliana relatou que “na rede privada ela é bem cara, e sendo disponibilizada pelo SUS é muito positivo, porque protege a mãe e o bebê. Temos visto muitos casos de crianças na UTI e até óbitos causados pelo VSR”. Fabiele também destacou experiência anterior com problemas respiratórios na família e afirmou que, com a vacinação atual, espera um cenário diferente para o novo bebê.

A diretora de Vigilância Epidemiológica do município, Socorro Martins, explicou que a circulação do vírus foi registrada ao longo de todo o ano, com impacto direto na rede de saúde. “Muitas crianças menores de seis meses foram hospitalizadas. A vacina veio para proteger os bebês. A mãe se vacina e passa os anticorpos para o filho, evitando que ele desenvolva bronquiolite e outras complicações”, afirmou. A ampliação da cobertura pública com a inclusão da vacina no sistema municipal representa uma nova etapa nas ações de prevenção de doenças respiratórias na capital, com expectativa de redução das internações pediátricas e da pressão sobre o sistema de saúde nos períodos de maior circulação viral.

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