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Cultura

Atores e Ministério da Cultura defendem regulamentação do streaming no Brasil

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Durante o Festival de Cinema Sul-Americano de Bonito (Cinesur), artistas e representantes do setor audiovisual reforçaram o pedido por regras que obriguem plataformas de streaming a investir em produções brasileiras. A iniciativa está formalizada em um manifesto assinado por cineastas, roteiristas e atores como Joel Zito Araújo, Lúcia Murat, Matheus Nachtergaele, Malu Mader e Marcos Palmeira, entre outros.

O documento propõe que as empresas de vídeo sob demanda destinem ao menos 12% de sua receita bruta para o mercado nacional, com 70% desse montante direcionado ao Fundo Setorial do Audiovisual por meio da Condecine – contribuição sobre atividades audiovisuais. Os outros 30% seriam investidos diretamente na produção independente.

A regulamentação também foi defendida publicamente por nomes como o ator Antônio Pitanga, que pediu apoio ao governo federal e ao Congresso Nacional. Para ele, mesmo uma alíquota inferior a 12% já representaria avanço. Já a atriz Maeve Jinkings destacou a precariedade dos contratos atuais e apontou a necessidade de que as plataformas internacionais retornem parte do valor arrecadado ao mercado brasileiro. A atriz e diretora Bárbara Paz também manifestou apoio à proposta, argumentando que o país está atrasado na criação de regras para o setor.

A pauta vem sendo debatida pelo Ministério da Cultura, que endossa o projeto de lei 2.331/22, relatado pela deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ). O texto estabelece uma cota de 10% de conteúdo nacional nos catálogos de streaming e uma alíquota de 6% sobre o faturamento bruto das plataformas. A ministra Margareth Menezes afirmou que a medida representa uma afirmação da soberania cultural do Brasil e que a produção nacional desperta interesse internacional, o que justifica sua presença nas plataformas.

Além da exibição de filmes de nove países, o Cinesur tem promovido debates sobre os rumos do setor. O diretor do festival, Nilson Rodrigues, destacou que o evento busca contribuir com a integração cultural sul-americana. As atividades seguem até 2 de agosto e são gratuitas.

Cultura

Flup homenageia Conceição Evaristo em vida pela primeira vez na história do festival

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A escritora Conceição Evaristo será homenageada na 15ª edição da Festa Literária das Periferias (Flup), que ocorre em novembro, no Rio de Janeiro. É a primeira vez que o festival presta homenagem em vida a uma personalidade, decisão anunciada pela organização do evento.

A Flup já destacou em anos anteriores nomes como Beatriz Nascimento, Machado de Assis, Mãe Beata de Iemanjá, Pixinguinha, Aldir Blanc, Lélia Gonzalez e Carolina Maria de Jesus. Este ano, a organização afirma que a trajetória de Conceição Evaristo se conecta com a própria história do festival e com o público que acompanha a programação. Segundo o idealizador e diretor da Flup, Julio Ludemir, ao homenagear a autora, o festival “reconhece a escrevivência como um gesto político e poético, capaz de reencantar o mundo a partir das vozes negras e periféricas”. Ele afirma que a visibilidade de Evaristo acompanha o crescimento da Flup e que “a cada segundo aparece um novo leitor da Conceição Evaristo”.

Ludemir explica que a escolha também simboliza o reconhecimento a um Brasil que passou a ocupar espaços de produção intelectual e artística por meio de ações afirmativas e políticas públicas. Para ele, “homenagear Conceição Evaristo é homenagear a obra dela, a militância dela, a biografia”, ressaltando a relação da escritora com leitores que se reconhecem em sua trajetória.

A programação da edição de 2025 será realizada no Viaduto de Madureira, na Central Única das Favelas (CUFA), e no espaço Zê Êne. O festival terá mesas, oficinas, mostra audiovisual e o Campeonato Brasileiro de Slam Poetry. Entre os convidados estão artistas e pensadores do Brasil, Caribe, África, Europa e América do Norte. Estão previstas presenças de Achille Mbembe, Ana Maria Gonçalves, Mireille Fanon Mendès-France, Eliana Alves Cruz e Steve McQueen, além de shows de Sandra Sá, Mano Brown, Luedji Luna, Jonathan Ferr e Majur.

A curadoria internacional é assinada pela pesquisadora franco-senegalesa Mame-Fatou Niang, dentro da temporada cultural França-Brasil. Segundo ela, compreender a presença negra na cultura brasileira é um desafio, afirmando: “eu cresci assistindo novelas e amando o Carnaval, mas eu não sabia que o Brasil era um país negro”.

Ludemir destaca que a parceria com a França acompanha a Flup desde sua criação e que o projeto conquistou reconhecimento internacional antes mesmo de ser amplamente valorizado no Brasil. Ele diz que, em momentos sem Ministério ou Secretaria de Cultura, o festival manteve edições graças ao apoio internacional.

A Flup ocorrerá entre 19 e 23 e 27 e 30 de novembro, com participação de Conceição Evaristo em todos os dias do evento.

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Assessoria

Senac leva mutirão de serviços gratuitos e qualificação a Cruzeiro do Sul 

Ação comunitária oferece atendimentos de saúde, cuidados de beleza, oficinas gastronômicas, palestras e atividades culturais para toda a família

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Com a proposta de levar serviços gratuitos à população, como atendimentos médicos e de saúde, corte de cabelo, design de sobrancelhas, massagem, palestras, atividades infantis, apresentações culturais e musicais, o Senac realiza nesta sexta-feira, 7, o programa Senac na Comunidade, na unidade do Senac no município de Cruzeiro do Sul.

A iniciativa, que tem foco especial nas regiões de maior vulnerabilidade social do Estado, será realizada na unidade do Senac no município, localizada na Avenida Lauro Müller, bairro Artur Maia, em frente ao Areal do Albir, a partir das 8h.

“O objetivo do programa é fortalecer os vínculos entre escola, família e sociedade, promovendo a cidadania e oferecendo oportunidades reais de transformação pessoal e coletiva”, destacou o diretor regional do Senac Acre, Deywerson Galvão.

A analista técnica do Senac Acre e uma das organizadoras do evento, Areta Araújo, explicou que, com esse programa, o Senac busca aproximar-se ainda mais das pessoas e criar oportunidades reais de cuidado, aprendizado e transformação social. “O Senac na Comunidade foi pensado para atender quem mais precisa, levando serviços essenciais e capacitação até aqueles que, muitas vezes, não têm acesso a essas ações no dia a dia”, afirmou.

Na área de Saúde e Bem-Estar, serão oferecidos serviços como aferição de pressão arterial, teste de glicemia, testes rápidos, triagem, vacinação e atendimento médico.

Para quem busca cuidados estéticos, haverá corte de cabelo, tranças, maquiagem, design de sobrancelhas e massagem. Na Gastronomia, o público poderá participar de oficinas práticas de técnicas de confeitaria, preparo de peixe-delícia, hambúrguer e mini pizzas.

A qualificação profissional é destaque, com oficinas e palestras sobre edição de fotos e elaboração de currículos com Inteligência Artificial, além de temas como o profissional do futuro, transformação digital e comportamento no mercado de trabalho.

A programação inclui ainda atividades culturais e de lazer, com recreação infantil, apresentações artísticas e um show de talentos.

Assessoria

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Assessoria

Criativos: documentário de Rondônia homenageia artistas do estado e emociona plateia na noite de estreia

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Antes mesmo de iniciar a sessão de estreia do documentário “Criativos” o público presente teve uma prévia do que iria encontrar no curta-metragem. A entrada do Teatro Banzeiros abrigou dezenas de obras dos artistas Geraldo Cruz e Eryle Aguiar. Olhos gigantes, flores e formas abstratas deram as boas-vindas ao público. No palco, Bira Lourenço performou parte de sua dramaturgia sonora, brindando os espectadores com sonoridades extraídas de objetos do cotidiano, como canos, vassoura e bacia de alumínio. Os artistas convidados deram o tom do lançamento do curta-metragem idealizado por Jordan Cruz e produzido pela Casaquatro.

Após a performance, aconteceu a primeira exibição do filme. “Criativos” apresenta o processo artístico de cinco fazedores de cultura de Rondônia, revelando ao público desafios e a beleza da criação de Bira Lourenço na pesquisa e produção de sons, Ubiratan Suruí, o primeiro fotógrafo indígena de Rondônia, a musicalidade de Kali Tourinho e a arte visual Geraldo Cruz e Eryle Aguiar. A sessão especial aconteceu na última quinta-feira (30), em Porto Velho.

Eryle, que está há um tempo afastada da pintura, comenta da emoção de ver o filme na tela e como se sentiu motivada a voltar a pintar. “Ter participado desse curta foi muito importante pra mim. Ver este documentário me incentivou muito a retornar a pintar, mas de uma forma diferente, uma Eryle, nova, que vai pegar num pincel, neste novo recomeço”, comenta emocionada.

Jordan Cruz, que divide a direção do documentário com Géssica Castro, destaca a capacidade criativa de Rondônia e do desejo de levar o filme a muitos lugares. “É um documentário que vai chegar em muitos corações. A gente tem uma fonte tão rica de criadores e eu acho que quanto mais a gente conseguir registar essa esfera criativa de Rondônia, mais perto a gente vai estar do nosso objetivo que é o reconhecimento da riqueza do nosso estado”, finaliza.

O curta-metragem foi contemplado pelo Edital nº 01/2024 – SEJUCEL – Audiovisual – Bolsas para Artes em Vídeo – Lei Paulo Gustavo e é uma produção da Casaquatro, com direção e fotografia de Jordan Cruz, codireção de Géssica Castro, roteiro de Ana Clara Duzanowski, produção de Talita Gusmão, operação de Câmera de Kelvily Nascimento e Gabriel Uchida, fotografia Still de Giovanna Régis, montagem de Rafael Carmo, pós-produção de Gualter Tabosa, coordenação de projetos de Bernardo Beduino (B2B Produção Cultural), assessoria de Comunicação de Juraci Júnior  e identidade visual de Elivelton Valeriano. 

Assessoria: Juraci Júnior/ Casa do Rio

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