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CPT aponta 59 conflitos por terra e três por água no Acre em 2024

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A Comissão Pastoral da Terra (CPT) registrou 59 conflitos por terra no Acre em 2024. O dado consta no relatório anual divulgado pela entidade nesta quarta-feira, 23. O número representa 3,3% do total de ocorrências desse tipo no país, que somaram 1.768 casos ao longo do ano.

Segundo o levantamento, seringueiros foram os principais atingidos, com 28 registros. Em seguida, aparecem posseiros, com 26 casos. Foram contabilizadas ainda cinco ocorrências envolvendo indígenas. Acrelândia foi o município com maior número de conflitos (15), seguido por Rio Branco (12), Manoel Urbano e Sena Madureira (7 cada), Cruzeiro do Sul (5) e Capixaba (2). Também houve registros em Brasiléia, Bujari, Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter e Xapuri.

O relatório da CPT aponta ainda três conflitos por água no estado. Em Acrelândia, houve contaminação por agrotóxicos na comunidade Granadinha. Em Cruzeiro do Sul, o problema ocorreu na Colônia de Pescadores Z-1, por descumprimento de normas legais. Já no Seringal São Bernardo, em Rio Branco, o caso foi atribuído à poluição da água.

Além dos conflitos fundiários e hídricos, a CPT registrou seis ameaças de morte contra seringueiros no Seringal São Bernardo, em outubro de 2024. Não houve registro de homicídios relacionados a esses episódios.

O relatório também destaca que 26.968 pessoas vivem em áreas de litígio no Acre, seja por posse da terra, seja por conflitos trabalhistas ou relacionados à água. No panorama nacional, o documento indica aumento dos conflitos por terra e água, alta na contaminação por agrotóxicos e no número de ameaças de morte no campo.

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