Dirigentes da Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Acre (Cooperacre) estiveram em Mâncio Lima para visita técnica com objetivo de conhecer a experiência de produção da Cooperativa dos Cafeicultores do Vale do Juruá (Coopercafé). Os municípios do Juruá são referência na produção do café e tem atualmente mais de um milhão e oitocentos mil pés de café plantados.
O superintendente da Cooperacre, Manoel Monteiro, explica que o intercâmbio teve como foco conhecer a expertise e a experiência exitosa da Coopercafé. “Nosso objetivo é fortalecer a cadeia produtiva do café e poder se unir no Estado inteiro para garantirmos maior valor para nossa produção, já trabalhamos com as cadeias produtivas da borracha, castanha, palmito e frutas e estamos iniciando com a produção do café também”, disse.
A Cooperacre trabalha com o beneficiamento da castanha-do-Brasil, borracha, polpa de frutas tropicais, palmito de pupunha, defendendo o desenvolvimento sustentável aliado à preservação da diversidade natural e cultural da Amazônia.
Os produtos da Cooperacre, oriundos de uma ampla rede de produtores e produtoras familiares agroextrativistas do bioma amazônico, e sendo produzidos em bases sustentáveis com agregação de valor em processos industriais com alto padrão de qualidade tem despertado interesse dos diversos mercados nacionais e mundiais.
Atualmente a Cooperacre possui 30 galpões comunitários para armazenamento, quatro galpões centrais e cinco indústrias para beneficiamento de castanha, polpas de frutas, palmito de pupunha e borracha. A Rede Cooperacre tem 22 associações e 14 cooperativas filiadas e atualmente exporta para 10 países. Em 2022 movimentou mais de R$ 38 milhões em produtos agroextrativistas da sociobioeconomia da amazônia, beneficiando diretamente cerca de quatro mil famílias.
Manoel Monteiro, superintendente da Cooperacre, destaca a busca pela expertise da Coopercafé para fortalecer a produção sustentável de café. Foto: Cedida
Produção de qualidade
José Rodrigues de Araújo, presidente da Cooperacre ressaltou o conhecimento adquirido através da visita na Coopercafé e o compromisso com a produção de qualidade. “Viemos aprender e levar conhecimento, se fizermos um trabalho bem-feito, juntos e com uma produção de qualidade, podemos chegar muito longe”, enfatizou.
Potencializar a produção com vistas a exportação
O presidente da Coopercafé, Jonas Lima, agradeceu a troca de experiências com a Cooperacre e pontuou sobre a possibilidade de junção das cooperativas para potencializar a produção e venda dos seus produtos. “Agradeço a visita da comitiva da Cooperacre e enfatizo que a cultura do café é muito bonita e transformadora, junta famílias. É uma cultura que com certeza pode ser abraçada pela Cooperacre e com a expertise que eles têm, podemos avançar e pensar até na exportação do nosso café”, finalizou.
O senador Sérgio Petecão (PSD-AC), relator setorial de Educação e Cultura, apresentou ao Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa), nesta terça-feira (10), o relatório orçamentário para 2025. O documento, parte do Projeto de Lei (PLN 26/2025), detalha a previsão de receitas e a destinação de despesas da União, com foco nos ministérios da Educação e da Cultura.
O texto prevê R$ 200,5 bilhões para o Ministério da Educação (MEC), representando um aumento de R$ 19,9 bilhões em relação à proposta anterior. Já para o Ministério da Cultura (MinC), foram destinados R$ 4 bilhões, um acréscimo de R$ 700 milhões em comparação ao orçamento de 2024.
Um dos destaques do documento é a decisão de não realizar cortes nos recursos previamente alocados, apesar da autorização para cancelamentos. Segundo Petecão, essa medida visa garantir que as verbas para investimentos e inversões financeiras sejam integralmente preservadas.
“Não acho justo que recursos para a educação e a cultura sejam cortados. A educação básica e a superior, sustentadas por universidades e institutos federais, são fundamentais. Além de serem um direito, constituem um investimento essencial para se construir uma sociedade mais justa e inclusiva. Garantir acesso de qualidade prepara nossos cidadãos para o futuro e fortalece o desenvolvimento do País”, afirmou o parlamentar.
Petecão também apresentou recomendações ao relator-geral do orçamento, senador Angelo Coronel (PSD-BA). Entre elas, estão a recomposição de dotações canceladas e o fortalecimento das emendas de bancada, além das comissões voltadas ao Ministério da Educação.
Mais recursos para a Ufac
Para a Universidade Federal do Acre (Ufac), o senador garantiu um acréscimo de R$ 30 milhões além do orçamento já previsto. Petecão destacou que trabalhará junto ao relator-geral para assegurar a manutenção desse valor e buscará um possível aumento.
Com o objetivo de mostrar como a instituição contribui para a realização de sonhos e a construção de carreiras por meio da educação profissional, o Senac Acre lança sua nova campanha “O Que é o Senac para Você?”. Por meio de depoimentos emocionantes, a campanha revela como o Senac se torna uma verdadeira porta de entrada para o mercado de trabalho e para o empreendedorismo em diversos segmentos.
A campanha apresenta histórias reais que evidenciam o impacto transformador da educação profissional na vida de seus alunos e na sociedade, mostrando que o Senac Acre vai além de ser uma instituição de ensino: é um universo de oportunidades, onde sonhos se tornam realidade e carreiras são construídas.
A analista de marketing do Senac Acre, Rosilene Pereira, destacou que a campanha reforça o papel da instituição em formar profissionais para o comércio de bens, serviços e turismo, além de construir trajetórias de sucesso. “O Senac é um mundo de oportunidades. Ele transforma, realiza sonhos e prepara pessoas para o mercado de trabalho”, enfatizou.
Segundo Pereira, a abordagem humanizada e inspiradora da campanha mostrará como o Senac Acre ajuda pessoas comuns a alcançarem realizações extraordinárias. “Para cada aluno que passa pelas suas salas de aula, o Senac Acre representa mais do que uma escola: representa o ponto de partida para sonhos que se tornam realidade”, finalizou.
Confira à campanha “O Que é o Senac para Você?” em portal.ac.senac.br e dê o primeiro passo rumo a uma jornada de autoconhecimento e desenvolvimento profissional. Histórias inspiradoras, depoimentos emocionantes e muito mais esperam por você. Não perca tempo!
O senador Sérgio Petecão (PSD-AC) apresentou, nesta segunda-feira (9), o Projeto de Lei (PL) 4.512/2024, que cria o Programa Nacional de Habitação Sustentável na Amazônia, um projeto que se destaca do “Minha Casa, Minha Vida” por envolver as comunidades locais no planejamento e na construção das habitações, respeitando seus costumes e tradições. A iniciativa visa oferecer moradias dignas e ambientalmente sustentáveis para populações de baixa renda, com foco em comunidades ribeirinhas, indígenas e outras populações vulneráveis da região.
Além de priorizar a participação das comunidades no processo, o programa propõe o uso de materiais sustentáveis e tecnologias como energia solar e sistemas de captação de água da chuva, incentivando práticas que minimizem o impacto ambiental. A regularização fundiária das áreas ocupadas também será uma das ações centrais da iniciativa, proporcionando segurança jurídica aos moradores, ao mesmo tempo em que se preserva o bioma amazônico.
A iniciativa também busca garantir infraestrutura básica, como água potável, saneamento e energia, adaptada às particularidades geográficas da região. O projeto contará com a parceria de organizações internacionais, empresas privadas e governos locais. O financiamento virá de fontes como fundos de compensação ambiental, royalties e linhas de crédito internacionais.
“Este programa visa melhorar as condições de vida das populações da Amazônia, especialmente as que no Acre estão mais isoladas, enquanto respeita o meio ambiente e a cultura local”, afirmou o senador.
Também destacou que o projeto incluirá capacitação técnica para as comunidades, com foco na construção sustentável e na formação de cooperativas de construção. O programa será monitorado pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional e pelo do Meio Ambiente, que apresentarão relatórios anuais ao Congresso sobre o progresso das obras, o uso dos recursos e os impactos sociais e ambientais.
“Espero que a Amazônia avance para um novo modelo de desenvolvimento, que combine as necessidades habitacionais com a preservação ambiental e o respeito às tradições locais”, concluiu Petecão.