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MEIO AMBIENTE

Parceria entre Governo do Acre e Reino Unido impulsiona investimentos em pesquisa socioambiental na Amazônia

Iniciativa Amazônia+10 firma colaboração com entidades britânicas para financiar projetos científicos na região

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A Amazônia+10, programa voltado para o desenvolvimento de estudos socioambientais na Amazônia, estabeleceu novas parcerias com o UK Research and Innovation e o British Council, ambos do Reino Unido. Essas entidades se uniram ao governo do Acre para viabilizar recursos destinados a projetos científicos na região, promovendo a colaboração entre grupos de pesquisa formados por cientistas locais e de outras localidades do país.

O Estado do Acre investiu R$ 500 mil nessa iniciativa, somando-se aos fundos das instituições de pesquisa, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e, agora, do Reino Unido, totalizando um aporte de R$ 89,2 milhões para pesquisa na Amazônia.

Os pesquisadores do Acre têm a possibilidade de criar consórcios com mais dois colegas, sendo necessário que um seja da Amazônia e o outro provenha de outros estados, para apresentar projetos de até R$ 400 mil.

Moisés Diniz, presidente da Fapac (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Acre), destacou: “A vantagem da Fapac, com o apoio do governo Gladson Cameli, é a capacidade de utilizar recursos financeiros médios para integrar cientistas acreanos em programas de pesquisa substanciais, com o benefício adicional de que o foco da investigação é a própria região amazônica”.

Com informações: Miguel França – Assessoria/Agência de Notícias do Acre

MEIO AMBIENTE

Impacto das queimadas no Acre compromete produção de açaí, buriti e madeira

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As queimadas que atingem o Acre em 2024 estão gerando preocupações sobre a redução na oferta de recursos como açaí, buriti e madeira, fundamentais para a economia local. A professora doutora Sonaira Silva, especialista em queimadas e florestas, da Universidade Federal do Acre (Ufac), alerta que mais de 100 mil hectares já foram consumidos pelo fogo, incluindo aproximadamente 5 mil hectares de floresta nativa.

De acordo com Sonaira, as áreas atingidas pelo fogo podem demorar décadas para se recuperar, e mesmo após 20 anos, muitas delas não conseguem voltar ao seu estado original em termos de número de árvores, biomassa e diversidade de espécies. Esse processo lento de regeneração compromete a sustentabilidade de atividades econômicas que dependem diretamente da floresta.

A professora destaca que áreas de grande importância ecológica, como Pentecoste, Campinarana e a Serra do Divisor, também foram afetadas. Segundo ela, é crucial impedir a entrada do fogo nessas áreas florestais, pois além de prejudicar o meio ambiente, as queimadas também afetam a produção de açaí, buriti e madeira, recursos que sustentam muitas comunidades no estado.

Além dos danos ambientais, as queimadas agravam a qualidade do ar nas áreas urbanas, já que a fumaça é levada pelo vento para dentro das cidades, aumentando os riscos à saúde da população. Sonaira reforça a necessidade de evitar o uso de fogo em atividades de limpeza de terrenos e roçados, uma vez que, mesmo pequenas queimadas, podem se espalhar rapidamente e sair de controle.

Com a economia do Acre fortemente dependente dos recursos florestais, a perda de vegetação nativa representa um desafio significativo. A recuperação dessas áreas será lenta, exigindo a participação ativa de diversos setores, incluindo as comunidades locais, para garantir a proteção e o uso sustentável das florestas.

Foto: Pedro Devanir

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MEIO AMBIENTE

Ministra do Reino Unido visita o Acre e conhece projetos de conservação

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A ministra do Clima pelo Departamento de Segurança Energética e Net Zero do Reino Unido, Kerry McCarthy, visitou o Acre no último final de semana para conhecer projetos de conservação da floresta amazônica. A visita faz parte do Programa REM Acre Fase II, que conta com recursos britânicos destinados à preservação ambiental.

A comitiva liderada pela ministra incluiu equipes técnicas do Instituto de Mudanças Climáticas e do Programa REM. A ministra visitou a Reserva Extrativista Chico Mendes, em Xapuri, um dos principais símbolos da luta pela preservação da Amazônia. Durante a visita, McCarthy observou iniciativas desenvolvidas com o apoio do Reino Unido e do governo do Acre, que visam à sustentabilidade e à preservação ambiental.

Entre os projetos apresentados, destacou-se o pagamento de subsídio de R$ 2,50 por quilo de borracha extraída, como incentivo financeiro às comunidades extrativistas. Esse incentivo faz parte das ações de promoção do desenvolvimento sustentável, beneficiando povos tradicionais que dependem da floresta.

A ministra afirmou que esta foi sua primeira visita ao Acre e destacou a importância do trabalho realizado em parceria entre o governo local e o Reino Unido. Além de proteger o meio ambiente, os projetos visam melhorar as condições de vida das populações que habitam a floresta, mantendo práticas sustentáveis.

O presidente do Instituto de Mudanças Climáticas, Leonardo Carvalho, ressaltou que a parceria com o Reino Unido já existe há muitos anos, sendo o Programa REM um exemplo dos esforços conjuntos entre os dois governos para a conservação da Amazônia.

A ministra também mencionou o interesse em expandir parcerias para outras modalidades de financiamento, como a coalizão LEAF, da qual o Reino Unido faz parte.

Fonte: Agência de Notícias do Acre

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MEIO AMBIENTE

Governo do Acre divulga dados de operações ambientais em 2024

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O governo do Acre, através do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA) da Polícia Militar do Estado do Acre (PMAC), divulgou dados sobre suas operações de combate ao desmatamento e preservação ambiental em 2024. Ao todo, foram realizadas 76 operações integradas, que contaram com a participação de órgãos estaduais e federais como o Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), Ibama, Corpo de Bombeiros do Acre (CBMAC) e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema). A operação é chamada de “Protetor dos Biomas” e inclui iniciativas como a “Operação Sine Ignis” (Sem Fogo), que visa o combate a queimadas ilegais.

As ações de fiscalização se concentraram em regiões com maior incidência de desmatamento e queimadas, como o Baixo Acre, Tarauacá-Envira e Vale do Juruá. Foram realizadas 1.284 visitas comunitárias em diferentes áreas do estado. Além disso, o BPA também realizou 140 operações em total, sendo 76 em parceria com outros órgãos, e o restante independentemente.

Os números mostram um esforço significativo de fiscalização, com 5.105,73 hectares de áreas vistoriadas e a aplicação de mais de R$ 8 milhões em multas. A PM do Acre também prendeu 46 infratores em flagrante e autuou 110 pessoas por infrações ambientais.

Foto: Cedida assecom – PM / Agência de Notícias do Acre

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