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Cultura

Povos indígenas do Acre participam do Acampamento Terra Livre e reforçam articulação transfronteiriça

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Brasília – Povos indígenas do Acre marcaram presença na 21ª edição do Acampamento Terra Livre (ATL), realizado de 7 a 11 de abril de 2025, em Brasília. Delegações de diversas etnias do estado participaram de plenárias, marchas e debates com foco na defesa de direitos constitucionais e na articulação com povos de outras regiões da Amazônia, inclusive de países vizinhos.

Uma das participações de destaque foi a da Comissão Transfronteiriça Juruá-Yurua/Alto Tamaya, composta por representantes do Brasil e do Peru. A comissão utilizou a tenda da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) para realizar um debate sobre as fronteiras amazônicas. Durante a atividade, foram apresentadas ações, lutas e reivindicações, com ênfase na importância da coordenação entre povos que vivem em territórios divididos por fronteiras internacionais, mas que compartilham modos de vida, saberes e desafios comuns.

Em outro momento, representantes de povos do Acre participaram da marcha da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) até o Congresso Nacional, realizada na terça-feira (8). Com o lema “Nosso Futuro não está à venda”, a manifestação reivindicou a garantia de direitos territoriais e denunciou ameaças como o marco temporal e projetos de lei que impactam diretamente as comunidades indígenas.

Durante a programação do ATL, lideranças indígenas acreanas também estiveram presentes nas plenárias sobre transição energética, mudanças climáticas e participação indígena na COP 30, que acontecerá em novembro, em Belém (PA). A questão ambiental e a proteção dos territórios tradicionais foram temas centrais nos debates.

A delegação do Acre levou à capital federal manifestações culturais, como danças e cantos, reafirmando a identidade dos povos originários do estado. Um dos registros compartilhados nas redes sociais destacou a entrada coletiva das lideranças indígenas acreanas no ATL, com o texto: “A força do Acre ecoa no maior movimento indígena do Brasil”.

A participação no ATL 2025 se insere no contexto do Abril Indígena, período em que os povos indígenas reforçam a visibilidade de suas pautas históricas, como a demarcação de terras, a educação diferenciada e o fortalecimento da saúde indígena. Este ano, os debates se concentraram na efetivação do artigo 231 da Constituição Federal, que reconhece os direitos dos povos indígenas sobre suas terras tradicionais.

A articulação promovida no ATL também teve apoio institucional. O Ministério dos Povos Indígenas (MPI) instalou uma tenda de Ouvidoria no evento, com o objetivo de ouvir demandas, prestar esclarecimentos e promover a participação social.

A 21ª edição do ATL reuniu cerca de oito mil indígenas de todas as regiões do país e celebrou os 20 anos da Apib. O evento se consolidou como o maior espaço de mobilização indígena do Brasil e reafirmou a resistência dos povos originários diante de ameaças legislativas, socioambientais e culturais.

Assessoria

Feminina Voz do Samba na Estrada inicia segunda etapa no Acre pela Lei Rouanet Norte

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O samba, expressão maior da cultura popular brasileira, carrega em sua história a força e a sensibilidade de grandes mulheres que ajudaram a construir esse patrimônio imaterial do Brasil. Para valorizar e dar visibilidade a essas vozes, chega ao interior do Acre a segunda etapa do projeto Feminina Voz do Samba na Estrada, realizado pelo grupo Moças do Samba, de Rio Branco (AC).

Com realização e patrocínio do Ministério da Cultura e da Caixa Econômica Federal, por meio da Lei Rouanet Norte, o projeto presta homenagem a figuras marcantes como Clementina de Jesus, Dona Ivone Lara, Clara Nunes e Tia Ciata, entre tantas compositoras e intérpretes que ajudaram a consolidar a história do samba.

A programação é composta por duas atividades:
Palestra – “De Onde Vem o Samba e Onde Estavam as Mulheres?”
Espetáculo cênico-musical – “Feminina Voz do Samba”

Depois de apresentar nos municípios de Bujari e Senador Guimard, o projeto segue viagem pelo interior acreano, com entrada gratuita em todas as atividades:

Xapuri – 02 de setembro
📍 Casa Branca
🕒 15h – Palestra | 18h – Espetáculo

Epitaciolândia – 03 de setembro
📍 Escola Estadual Cívico-Militar Joana Ribeiro Amed
🕒 15h – Palestra | 19h – Espetáculo

Brasiléia – 04 de setembro
📍 Escola Estadual Maria das Graças Rocha Rodrigues
🕒 15h – Palestra | 19h – Espetáculo

Assis Brasil – 05 de setembro
📍 Local da palestra a confirmar | Praça Senador Guiomard (em frente à Prefeitura)
🕒 15h – Palestra | 19h – Espetáculo

💬 Segundo as integrantes do grupo Moças do Samba, o projeto busca “ressignificar o lugar das mulheres na história do samba, destacando não apenas seu talento artístico, mas também sua luta e resistência cultural”.

Toda a comunidade está convidada a participar, prestigiar e se emocionar com essa viagem pela memória e pela potência feminina no samba.

Serviço
Projeto: Feminina Voz do Samba na Estrada
Realização: Moças do Samba
Patrocínio: Ministério da Cultura e Caixa Econômica Federal, via Lei Rouanet Norte
Atividades: Palestra + Espetáculo cênico-musical
Entrada: Gratuita

Assessoria

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Cultura

Do Acre: Central de Slam conquista vice-campeonato no Torneio Nacional de Slams em São Paulo

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A Central de Slam, coletivo acreano de poesia falada, conquistou o segundo lugar no Torneio Nacional de Slams realizado nos dias 30 e 31 de agosto de 2025, no Instituto Moreira Salles, em São Paulo. A disputa reuniu dez equipes de todas as regiões do Brasil e marcou um feito inédito para a cena da poesia falada do Acre.

A equipe que representou o Acre foi formada por Natidepoesia, campeã nacional do Slam Singulares de Poesia; MB, tricampeão estadual; e Medusa K, campeã nacional do Slam das Minas BR. O resultado consolidou a presença da região amazônica no circuito nacional de slams. “De emoção eu ainda não tenho palavras pra descrever. Foi um torneio muito pesado, forte. Mas a gente tinha uma missão que era passar a palavra. Fiquei realizada demais com esse pódio. Segundo lugar em um torneio nacional onde tinha todas regiões é basicamente o primeiro lugar, principalmente vindo do Acre”, declarou Medusa.

Os integrantes ressaltaram a importância da conquista para a projeção da poesia falada produzida no estado. “Foi muito interessante participar desse slam, principalmente por levar a linguagem amazônica e a poesia acreana. Levamos uma mensagem de empoderamento para que nós possamos ocupar mais espaços. Esta vitória é mais uma página importante na nossa caminhada”, afirmou Natidepoesia. Para MB, o vice-campeonato representa uma retomada no cenário nacional: “Depois de tanto tempo longe dos palcos nacionais, participar de mais um nacional foi gratificante. Trazer o segundo lugar em um torneio tão grande como esse é histórico para nós e para o Acre”.

Criada em 2018, a Central de Slam atua como porta de entrada para novos poetas no Acre, promovendo a metodologia “Poesia que Escurece”, que já alcançou mais de mil jovens por meio da poesia falada, criação de zines e escrita criativa. O trabalho do coletivo fortalece repertórios e protagonismo nas periferias e territórios amazônicos.

O título ficou com o Slam da Cana, de Ribeirão Preto (SP). Para a Central de Slam, o vice-campeonato amplia a visibilidade da produção afro-amazônica e abre caminhos para que mais artistas acreanos circulem no cenário nacional.

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Cultura

Acre conquista dois prêmios no Sebrae Amazônia de Música

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Dois artistas acreanos foram premiados na edição 2025 do Prêmio Sebrae Amazônia de Música, realizada no dia 26 de agosto no Theatro da Paz, em Belém (PA). O rapper Kaemizê foi reconhecido na categoria Melhor Artista de Música Urbana, enquanto Manoelzinho do Acre venceu como Melhor Lançamento de Sonoridades Amazônicas.

A premiação contou com 229 obras inscritas, das quais 87 chegaram à final e disputaram 28 categorias, com três indicados em cada uma delas. Além dos vencedores, a cantora Duda Modesto também representou o Acre como finalista em Melhor Lançamento de MPB, com a canção Eu Também Sou do Acre.

Em sua fala, Manoelzinho do Acre destacou as dificuldades de produzir música na região e ressaltou o apoio recebido. “Fazer arte na Amazônia não é fácil, mas temos apoiadores, como o Sebrae, que apostam nesse projeto. O sentimento é de que estamos no caminho certo”, afirmou. Já Kaemizê ressaltou o significado do prêmio. “É uma sensação incrível representar o nosso Acre e levar esse prêmio para casa”, disse.

Segundo o diretor técnico do Sebrae no Acre, Kleber Campos, o reconhecimento reflete o papel da música como instrumento de geração de renda e de fortalecimento da identidade cultural. “A música representa oportunidade de geração de renda, fortalecimento da identidade cultural e projeção dos nossos talentos”, destacou.

O Prêmio Sebrae Amazônia de Música é uma iniciativa do Sebrae Pará, com patrocínio do Banpará e da Equatorial Pará, via Leis Rouanet e Semear, e apoio da Secretaria de Cultura do Pará. O objetivo é valorizar a produção musical da região, incentivar lançamentos digitais e descentralizar o mercado nacional.

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