A Prefeitura de Rio Branco segue com a distribuição de água potável em comunidades rurais mesmo após as chuvas registradas ao longo de setembro. O nível do rio Acre apresentou oscilações, mas o volume acumulado permanece abaixo da média histórica, mantendo em vigor o decreto de emergência por seca publicado pelo prefeito Tião Bocalom em 6 de agosto.
Segundo a Defesa Civil Municipal, as chuvas foram regulares e bem distribuídas, provocando elevação momentânea do nível do rio, que chegou a subir 79 centímetros no dia 24 após precipitações intensas em municípios de cabeceira, como Brasileia e Assis Brasil. No entanto, o quadro geral não foi revertido. Atualmente, 42 comunidades recebem abastecimento emergencial, alcançando cerca de 30 mil moradores, enquanto outras 31 localidades aguardam inclusão na operação, coordenada pela Defesa Civil em parceria com a Secretaria Municipal de Agricultura.
O coordenador da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, destacou que, além do abastecimento, a equipe acompanha os prejuízos causados pela estiagem. “Estamos monitorando a bacia e avaliando os impactos na agricultura, piscicultura e navegação”, afirmou. O trabalho inclui o acompanhamento de mais de dez pontos da bacia hidrográfica para medir os efeitos da redução das chuvas.
A previsão climática indica que a neutralidade, sem influência de El Niño ou La Niña, deve permanecer até meados de outubro, podendo haver alteração no regime de chuvas até dezembro. Essa variação será determinante para o comportamento dos rios em 2026. Caso não ocorram enchentes, será a primeira vez em cinco anos que Rio Branco não enfrentará alagamentos no período chuvoso.
