A capital acreana, Rio Branco, está sediando o 80º Fórum Nacional de Secretarias Municipais de Administração das Capitais nos dias 24 e 25 deste mês. Com a participação de 18 municípios e 10 capitais, o evento proporciona um espaço de discussão e deliberação sobre importantes eixos temáticos relacionados à gestão pública.
O encontro anual, que reúne gestores, secretários e especialistas na área administrativa, visa promover um diálogo construtivo sobre tópicos críticos para o progresso das cidades brasileiras. Entre os temas em destaque estão a gestão do patrimônio público, os impactos da reforma tributária, a implementação da nova lei de licitações e a eficácia na gestão de projetos municipais.
Rio Branco, possui características únicas e valiosas, e certamente trará uma rica experiência para outras partes do país” Katherine Schreiner, presidente do Fonac.
De acordo com Katherine Schreiner, presidente do Fonac (Fórum Nacional de Secretarias Municipais de Administração das Capitais), a escolha de Rio Branco para sediar o evento reflete o desejo de absorver as experiências de cidades em diferentes contextos. Ela enfatizou a importância de explorar a rica diversidade da capital acreana, que, apesar de distante de outras capitais, possui características valiosas e valiosas a serem compartilhadas com o restante do país.
A abertura da programação foi conduzida pelo prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, que destacou os diversos aspectos do desenvolvimento da cidade. Ele abordou projetos políticos, econômicos, sociais e de infraestrutura, enaltecendo as ações em mobilidade urbana, a iniciativa Recupera Rio Branco para a pavimentação de ruas, a construção de elevados e viadutos e a sinalização urbana.
O prefeito também realçou os incentivos ao setor produtivo, com foco na distribuição de calcário, recuperação de áreas degradadas e adoção de tecnologias inovadoras. Além disso, destacou projetos habitacionais como o “1001 Dignidades” e o “Minha Dignidade”, demonstrando o compromisso de Rio Branco em oferecer qualidade de vida a seus cidadãos.
Debates sobre gestão de patrimônio público, reforma tributária e novas leis de licitações são destaque no evento.
Bocalom destacou a evolução das cidades da região Amazônica, enfatizando que, apesar das diferenças, estão empenhadas em se equiparar ao progresso das regiões sul do país. Ele comparou o avanço de Rio Branco ao de capitais como Florianópolis, expressando o compromisso da cidade em modernizar-se e se desenvolver.
O 80º Fórum Nacional de Secretarias Municipais de Administração das Capitais não apenas promove discussões construtivas sobre a gestão pública, mas também estabelece conexões valiosas entre diferentes localidades, possibilitando a troca de conhecimentos e boas práticas que contribuem para o fortalecimento do país como um todo.
O governador Gladson Cameli afirmou que o deputado estadual Nicolau Júnior tem “todo o direito de colocar seu nome à disposição” como pré-candidato ao governo do Acre. A declaração foi feita durante entrevista na última segunda-feira (23), quando Gladson reforçou que sua candidata ao governo é a vice-governadora Mailza Assis.
“Nicolau tem todo o direito de colocar seu nome à disposição, como qualquer outro. Mas a minha candidata do coração é a Mailza”, disse o governador, que também confirmou sua intenção de disputar uma vaga ao Senado nas eleições de 2026.
A fala de Gladson ocorre poucos dias após o próprio Nicolau descartar uma candidatura ao governo. O deputado afirmou, em entrevista no dia 6 de junho, que é pré-candidato à reeleição na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) e que seu apoio ao governo é para Mailza Assis, que deve assumir o cargo quando Gladson se afastar para concorrer ao Senado.
“Eu sou candidato à reeleição. Faço parte do grupo político, sou um soldado desse grupo e minha candidata ao governo é a vice-governadora Mailza”, declarou Nicolau na ocasião. Ele também destacou que seu foco, no momento, é o trabalho à frente da Aleac e projetos como a caravana pela BR-364, organizada por ele e outros deputados.
O cenário no Progressistas (PP) continua em aberto, mesmo com as sinalizações públicas. Enquanto Gladson reafirma preferência por Mailza, também mantém espaço aberto para que outros aliados do partido se coloquem como opção. Nicolau, por sua vez, mantém o discurso de que seguirá no grupo, mas na disputa pela reeleição ao cargo de deputado estadual.
O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, reagiu às declarações do ex-governador Jorge Viana, que classificou a capital acreana como “bregolândia” durante uma entrevista recente. Em resposta, Bocalom defendeu as obras de infraestrutura realizadas pela gestão municipal e reforçou que seu trabalho tem o respaldo da população.
“Dizer que construir viaduto é deixar a cidade ‘brega’ é não entender o que é infraestrutura urbana. Estamos preparando Rio Branco para o futuro. Não é vaidade, é planejamento. É segurança, mobilidade e dignidade para a população”, afirmou o prefeito.
Bocalom também rebateu críticas sobre sua trajetória política e administrativa. “Nunca tive meu nome envolvido em escândalos ou processos. Minha ficha é limpa. Sempre tratei o recurso público com respeito. E é assim que continuamos trabalhando: com transparência, com responsabilidade e com foco em entregar uma cidade melhor para todos”, declarou.
O prefeito lembrou ainda sua atuação anterior como secretário, quando foi indicado na gestão de Jorge Viana. “Fui secretário, sim. Falei do agro, do café, do potencial produtivo do Acre. Na época, diziam que era bobagem. Hoje, até quem criticava está plantando café. Então, não era bobagem. Era visão de futuro”, afirmou.
Bocalom finalizou destacando que sua trajetória política reflete a aprovação popular. “Eu não estou aqui para brigar, estou para trabalhar. E o povo sabe disso. Em Acrelândia, me chamaram de volta depois de dois mandatos. Em Rio Branco, me elegeram duas vezes, e a população, inclusive, me pede para assumir missões maiores. Isso é resposta suficiente. Significa que nosso trabalho é aprovado pelo povo, diferente daqueles que perdem nas urnas ano após ano. Quem governa com seriedade é reconhecido”, concluiu.
O presidente da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), deputado Nicolau Júnior (PP), anunciou, nesta terça-feira, 17 de junho, a realização de uma reunião emergencial com órgãos estaduais para discutir os embargos que impactam produtores rurais, especialmente na região da Reserva Extrativista Chico Mendes.
Durante sessão no plenário da Aleac, que foi suspensa para atender a demanda dos trabalhadores, Nicolau Júnior afirmou que o Parlamento estadual está empenhado em buscar soluções para a crise que afeta diretamente centenas de famílias. “Vamos suspender a nossa sessão e chamar a comissão dos produtores. Essa reunião será feita aqui, dentro do plenário, para que eles possam relatar todos os problemas que estão enfrentando”, declarou.
O parlamentar destacou que a situação envolve tanto competências do governo estadual quanto do governo federal, e que a Aleac está mobilizando os órgãos responsáveis, como o Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC) e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, para tratar das questões sob responsabilidade do estado. “Da parte da Assembleia, tudo que estiver ao nosso alcance, nós vamos fazer. E também vamos cobrar das instituições federais, como IBAMA, ICMBio e INCRA, que assumam suas responsabilidades”, afirmou Nicolau Júnior.
O presidente da Aleac reforçou que a mobilização tem o apoio dos 24 deputados estaduais. Segundo ele, o Parlamento está atuando como espaço de escuta e articulação, cumprindo seu papel institucional. “Estamos aqui ao lado dos trabalhadores, do povo do Acre. Essa é a casa do povo e nós vamos buscar alternativas junto com as instituições”, disse.
Nicolau Júnior também propôs a realização de uma audiência pública no dia 1º de julho, com a presença de representantes dos governos estadual e federal, além de membros da bancada federal, para discutir alternativas que possam viabilizar a regularização das atividades produtivas no estado.
A reunião na Aleac reuniu deputados, produtores rurais e representantes de entidades do setor. Entre as demandas apresentadas, os produtores pedem a suspensão dos embargos e das multas, além da revisão dos limites da Reserva Extrativista Chico Mendes, alegando impactos econômicos e sociais nas comunidades rurais do Acre.