O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), intensificou as ações de vacinação contra o sarampo em todo o estado, com foco especial nas áreas de fronteira, em resposta ao surto da doença registrado na Bolívia. A iniciativa é realizada em parceria com o Ministério da Saúde.
Entre os dias 1º e 10 de julho de 2025, foram aplicadas 2.754 doses da vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola. Desse total, 322 foram doses de rotina, 2.231 correspondem à intensificação da campanha e 201 foram classificadas como “doses zero”, conforme balanço parcial de 14 municípios.
No sábado, 12 de julho, uma ação foi realizada em Brasileia, onde 351 doses foram aplicadas em seis pontos de vacinação. A secretária adjunta de Atenção à Saúde, Ana Cristina Moraes, reforçou que a imunização é a principal medida de prevenção: “Nosso foco é proteger a população, principalmente as crianças, de uma doença grave e evitável”, declarou.
A coordenadora estadual do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Renata Quiles, informou que a cobertura vacinal em crianças menores de dois anos está em 87,35% para a primeira dose e 67,57% para a segunda. Ela explicou que o início de um novo mês provoca aumento na meta e, consequentemente, queda percentual temporária na cobertura, o que reforça a necessidade de manter a mobilização.
Nos dias 15 e 16 de julho, o estado recebe uma equipe do Ministério da Saúde para reforçar as estratégias de prevenção. Durante a visita, será realizado o seminário “Imersão sobre Sarampo: aspectos clínicos, epidemiológicos, imunização e diagnóstico”, com atividades em Rio Branco e Brasileia, e participação de representantes de países fronteiriços.
Apesar de o Acre não registrar casos de sarampo desde o ano 2000, a circulação do vírus em países vizinhos exige atenção. A vacina tríplice viral está disponível em todas as unidades básicas de saúde. A Sesacre orienta que, diante de sintomas como febre alta, manchas vermelhas no corpo, tosse e coriza, a população deve procurar atendimento médico imediato e evitar aglomerações.
As recomendações de vacinação seguem diretrizes do Ministério da Saúde:
- De 6 a 11 meses e 29 dias: dose zero (em capitais e fronteiras);
- De 1 a 4 anos: primeira dose aos 12 meses e segunda aos 15 meses;
- De 5 a 29 anos: duas doses registradas na caderneta;
- De 30 a 59 anos: pelo menos uma dose registrada.