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MEIO AMBIENTE

Alerta Ambiental: No Acre desmatamento atinge números alarmantes, aponta relatório do Global Forest Watch

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Um relatório recente do Global Forest Watch (GFW), do World Resources Institute (WRI), uma renomada instituição global de pesquisa e proteção ambiental, revelou dados alarmantes sobre a perda de florestas primárias na região da floresta Amazónica. Com base em imagens de satélite, o estudo constatou que a perda dessas áreas vitais para a preservação ambiental foi 10% maior em 2022 do que no ano anterior.

A região dos trópicos, onde se encontram grandes florestas úmidas, como a Amazônia, tem sido especialmente afetada. De acordo com o relatório, o estado do Acre, localizado na Amazônia brasileira, apresentou alguns dos níveis mais altos de perda de florestas nos últimos dois anos. As principais causas dessa destruição são os desmatamentos em larga escala, provavelmente para criação de pastagens de gado, dentre outros.

O levantamento do WRI Brasil também revelou que as taxas de perda de florestas tropicais no Acre e no Amazonas quase dobraram nos últimos dois anos. Essa tendência é particularmente preocupante, uma vez que essas áreas abrigam algumas das florestas mais intactas do país, representando um risco significativo para a biodiversidade e o equilíbrio ambiental.

Além disso, o relatório apontou que vários territórios indígenas ameaçados na Amazônia brasileira também sofreram perdas significativas de florestas primárias em 2022. Os territórios indígenas Apyterewa (PA), Karipuna (RO) e Sepoti (AM) registraram níveis recordes de invasões de terra. A atividade de mineração ilegal também deixou sua marca no território indígena Yanomami (RR), que foi alvo de uma operação governamental para expulsar garimpeiros ilegais no início de 2023.

A perda de florestas primárias representa uma ameaça não apenas à biodiversidade e aos ecossistemas locais, mas também ao clima global. Essas florestas desempenham um papel crucial na absorção de dióxido de carbono da atmosfera, ajudando a mitigar as mudanças climáticas. Além disso, as comunidades indígenas que dependem dessas florestas para sua subsistência e cultura são gravemente afetadas pela destruição.

Foto: Sérgio Vale/Vale Comunicação

MEIO AMBIENTE

Poeira do Saara é registrada três vezes na Amazônia no primeiro trimestre de 2025

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O Observatório da Torre Alta da Amazônia (ATTO) registrou três eventos intensos de transporte de poeira do deserto do Saara para a floresta amazônica entre janeiro e março de 2025. As concentrações de partículas finas (PM2.5) chegaram a valores entre 15 e 20 μg/m³, níveis de quatro a cinco vezes maiores do que a média da estação chuvosa na região, que gira em torno de 4 μg/m³.

Os eventos ocorreram nos seguintes períodos: de 13 a 18 de janeiro, de 31 de janeiro a 3 de fevereiro, e de 26 de fevereiro a 3 de março. A detecção foi feita por instrumentos científicos instalados no topo da torre de 325 metros de altura, localizada em área remota da floresta, e equipada para monitorar a composição da atmosfera 24 horas por dia.

O ATTO é um projeto coordenado pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) em parceria com o Instituto Max Planck da Alemanha, sob responsabilidade do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O objetivo é estudar a interação entre a floresta amazônica e a atmosfera, desde o solo até altitudes elevadas.

Segundo Rafael Valiati, doutorando em física atmosférica pela Universidade de São Paulo (USP), esses episódios são comuns entre dezembro e março, período em que a Zona de Convergência Intertropical se posiciona mais ao sul, favorecendo o transporte transatlântico da poeira. “Essas partículas viajam mais de 5 mil km entre África e América do Sul, sendo transportadas entre 7 e 14 dias, a depender da velocidade dos ventos e das chuvas no percurso”, explicou.

De acordo com o coordenador brasileiro do projeto ATTO, Carlos Alberto Quesada, estudos já demonstram que a poeira do Saara pode contribuir para a fertilização do solo amazônico, especialmente pelo conteúdo de potássio e fósforo.

Além de seu papel na fertilidade do solo, o monitoramento dessas partículas também ajuda na compreensão dos efeitos dos aerossóis no ciclo da água e na formação de nuvens. O MCTI destaca que os dados coletados são essenciais para entender a resposta da floresta às mudanças climáticas e ao uso do solo.

A pesquisa segue em curso e está sendo usada para aprofundar o conhecimento sobre o impacto da poeira mineral no ecossistema amazônico. O monitoramento contínuo da atmosfera é considerado estratégico para o avanço da ciência no Brasil e para a formulação de políticas ambientais baseadas em evidências.

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MEIO AMBIENTE

Estudo indica espécies nativas ideais para reflorestamento da Amazônia com base científica

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A Embrapa Amazônia Oriental e instituições parceiras divulgaram um estudo que identifica as áreas e espécies mais adequadas para o reflorestamento da Amazônia com base em critérios científicos. A pesquisa foi publicada em junho de 2025 na revista Forests e apresenta o “zoneamento topoclimático” como metodologia para guiar projetos de restauração ecológica, contribuindo para metas de carbono, recuperação de áreas degradadas e fortalecimento da bioeconomia.

Coordenado pela pesquisadora Lucieta Martorano, o estudo analisou mais de 7,6 mil registros georreferenciados de espécies florestais nativas, como o angelim-vermelho (Dinizia excelsa), ipê-amarelo, copaíba, paricá e mogno-brasileiro. Os dados foram cruzados com informações climáticas e topográficas da região amazônica coletadas entre 1961 e 2022. O resultado foi a elaboração de mapas que indicam o grau de aptidão ambiental – alto, médio ou baixo – para o plantio de cada espécie.

Entre os destaques, o angelim-vermelho apresentou 81% de alta aptidão topoclimática em áreas antropizadas. Já espécies como o marupá (Simarouba amara) mostraram grande plasticidade ambiental, podendo ser utilizadas em áreas menos favoráveis quando acompanhadas de manejo adaptativo.

O pesquisador Silvio Brienza Júnior, da Embrapa Florestas, coautor do estudo, afirma que o modelo oferece base técnica para direcionar políticas públicas e atrair investimentos internacionais: “Quando o país identifica com precisão onde e como reflorestar, cria melhores condições para atrair investimentos climáticos internacionais”.

O estudo contribui diretamente para o cumprimento de metas brasileiras no Acordo de Paris, como o reflorestamento de milhões de hectares, e será apresentado como destaque na COP30, que ocorrerá em novembro em Belém (PA). A metodologia também está alinhada à Lei de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), que incentiva ações de conservação e restauração por meio de compensações financeiras.

Além de apoiar políticas públicas, o estudo fortalece o mercado de crédito de carbono e os Sistemas Agroflorestais (SAFs), unindo conservação da biodiversidade com geração de renda e inclusão social.

Mais informações estão disponíveis no site da Embrapa: www.embrapa.br

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Educação

Câmara aprova proposta que inclui regras específicas de educação ambiental para escolas da região Norte

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A Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais da Câmara dos Deputados aprovou, em 11 de julho de 2025, o Projeto de Lei 4459/2024, que estabelece diretrizes específicas para a inclusão da educação ambiental no currículo do ensino básico das escolas da região Norte do Brasil.

De autoria dos deputados Amom Mandel (Cidadania-AM) e Duda Ramos (MDB-RR), a proposta altera a Lei nº 9.795/1999, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, para incluir conteúdos adaptados às características e desafios da Amazônia. Entre os temas obrigatórios estão a gestão sustentável da água, a conservação dos recursos hídricos e da biodiversidade, e ações de preservação ambiental voltadas às necessidades locais.

A deputada Meire Serafim (União-AC), relatora da proposta, defendeu a aprovação destacando que a legislação atual é genérica e não contempla adequadamente as especificidades da região amazônica. Segundo ela, “a Amazônia enfrenta desafios ambientais singulares que demandam abordagens educacionais específicas e contextualizadas”.

A proposta tramita em caráter conclusivo e ainda será analisada pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; de Educação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para entrar em vigor, o texto precisa ser aprovado na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.

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