O ex-governador do Acre, Binho Marques, usou as redes sociais para expressar seu desagrado com os recentes ataques a ministra do Meio Ambiente Marina Silva no Senado. A postagem de Binho, que compartilhou sua longa amizade com Marina e refletiu sobre os ataques que ela sofreu.
O Post de Binho Marques sobre Marina Silva
Em sua postagem, Binho relembra sua amizade com Marina Silva, que começou na década de 1980, quando se formaram juntos. Na publicação, ele compartilha e fala sobre sua relação com a senadora, dizendo que, quando jovem, não gostava de Marina, considerando-se arrogante e distante da sua postura. No entanto, com o tempo, Binho foi conquistado pela humildade, pela generosidade e pela inteligência de Marina, que se tornou uma amiga querida e uma “irmã escolhida”.
Binho também abordou os ataques que Marina sofreu no Senado, lamentando as atitudes de alguns senadores, que ele considerou baseadas em preconceito e ódio. Ele expressou indignação com a hostilidade que ela enfrentou, dizendo que, quando não se é Marina, as pessoas têm duas opções: aprender com ela ou tentar subestimá-la. “Eles não gostam da Marina porque não são ela”, escreveu, criticando a postura dos atacantes.
“Marina é uma leoa”
Em sua publicação, Binho fez uma analogia, comparando a cena no Senado a uma “leoa sendo atacada por ratos”, sugerindo que, com sua postura altiva e serena, Marina soube deixar seus detratores para trás, que, segundo ele, acabaram caindo em suas próprias armadilhas. Para Binho, Marina é uma figura de força e dignidade, que enfrenta as adversidades com elegância.
O ex-governador finalizou sua postagem com uma mensagem de resistência, afirmando: “Fé pra quem é forte, fé pra quem é foda, fé pra enfrentar esses fdp…” Esse desabafo, além de destacar a força de Marina diante da adversidade, Binho reafirma sua luta por um Brasil mais justo, onde a ética e a dignidade prevalecem.
A Publicação de Binho Marques:
*”Quem não gosta da Marina? Esta foto é da nossa formatura em 84. Mas eu, Marina e Júlia nos conhecemos muito antes. Eu tinha 16. Marina e Júlia um pouco mais. Eu não gostava da Marina. Como um garoto trotskista arrogante e chato, muito chato, poderia gostar de uma pessoa iluminada, como ela sempre foi, gentil com todo mundo e cada um, genial e de uma humildade desconcertante? Eu não gostava dela porque ela não era eu. Mas ela tinha e até hoje tem uma paciência histórica invejável. Aos poucos, como gotinhas homeopáticas, me ajudou a ser uma cara relativamente legal, virou minha melhor amiga e uma irmã querida, daquelas que a gente escolhe nessa vida.
Hoje presenciei desolado cenas de covardia explícita no senado contra uma mulher preta honesta e humilde. Porque aqueles ignóbeis senadores não gostam da Marina enquanto as pessoas mais incríveis do planeta a amam? Simples. Eles não são Marina. Quando não se é Marina, como eu não sou, restam duas opções. Aprender com ela a ser uma pessoa melhor ou querer ser melhor que ela, subestimando sua capacidade. Aqueles senadores que falavam babando, e babavam falando com ódio, escolheram a segunda opção. Pobres infelizes. Não imaginavam que seriam motivo da vergonha alheia. O que se viu hoje nas telas e redes sociais foi uma leoa sendo atacada por ratos, que por fim caem na própria ratoeira, enquanto a leoa, elegante e altiva os deixa para trás. Fé pra quem é forte, fé pra quem é foda, fé pra enfrentar esses fdp…”*
Quem é Binho Marques?
Binho Marques é um educador e político brasileiro, ex-governador do Acre e figura conhecida por sua atuação em políticas públicas voltadas à educação e à sustentabilidade. Nascido em São Paulo em 1962, ele se formou em História pela Universidade Federal do Acre (UFAC) e completou seu mestrado em Educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Sua carreira política começou ainda na juventude, em movimentos estudantis, e se consolidou ao longo dos anos com sua participação ativa na construção de políticas sociais e educacionais no Acre.
Durante seu governo (2007–2010), Binho Marques se destacou por implementar iniciativas de infraestrutura, saúde e educação, com foco na sustentabilidade. Ele também é lembrado pela promoção de uma “Nova Economia”, que buscava integrar o desenvolvimento social com a preservação ambiental. Após seu mandato, continuou a atuar como defensor da educação e da sustentabilidade, sendo convidado a integrar a equipe de transição do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, atuando na área educacional.
O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH), promoveu nesta quinta-feira, 18 de setembro, a entrega de 200 kits de roupas novas para mulheres atendidas pela Associação Família Azul, em Rio Branco, dentro do programa Juntos Pelo Acre.
A iniciativa fez parte do projeto Vestuário Social, que tem como objetivo apoiar famílias em situação de vulnerabilidade. A coordenadora do projeto, Ieidna Chaves, afirmou que a ação busca contemplar todas as participantes. “Nós estamos muito felizes. Há bastante gente, e a nossa intenção é que todos sejam atendidos”, disse.
O evento também foi realizado em alusão ao mês da luta da pessoa com deficiência, celebrado em 21 de setembro. A técnica da Divisão de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Jerusa Santos, explicou a motivação. “Enquanto Direitos Humanos, entendemos que seria fundamental realizar essa ação social junto à associação, em parceria com o programa Juntos Pelo Acre”, destacou.
Entre as mulheres beneficiadas estava Josiane Pereira, mãe de criança com autismo, que agradeceu pelo apoio. “Agradeço à vice-governadora Mailza Assis. Sem dúvida, ela nos representa, principalmente a nós, que somos mães de crianças com autismo”, declarou. A presidente da Associação Família Azul, Heloneida Gama, também comentou a parceria. “Essa parceria é de extrema importância para todos nós. São várias mães atípicas que estão sendo beneficiadas com essa ação”, afirmou.
A ação reforça a política estadual de inclusão e atenção às famílias acreanas, com foco em garantir dignidade e melhores condições para mães que enfrentam diariamente desafios relacionados à deficiência de seus filhos.
O movimento Unidas do Montanhês está organizando uma programação especial para o Dia das Crianças, no dia 12 de outubro, em Rio Branco. O evento será realizado na Rua Manaus, no bairro Montanhês, das 14h às 19h, com atividades voltadas ao público infantil e à comunidade local. A iniciativa conta com apoio da Central de Slam, TRZ Crew e CUFA Acre.
Para viabilizar a realização, as organizadoras lançaram uma campanha de arrecadação. As doações podem ser feitas presencialmente na Rua Manaus, nº 273, no bairro Montanhês, ou por meio de transferência via PIX, utilizando o CNPJ 39.386.971/0001-57 da Afronte. Também está disponível o contato pelo telefone e WhatsApp (68) 99208-9360.
De acordo com o movimento, o evento é realizado desde 2018 e se consolidou como um espaço de encontro entre moradores e parceiros, com atividades culturais, recreativas e comunitárias. “Essa ação mostra a força da comunidade quando se organiza para proporcionar às crianças um momento de celebração e convivência”, destacam as organizadoras.
A expectativa é reunir crianças e famílias do bairro e de áreas próximas, fortalecendo a integração comunitária.
O Fórum Estadual de Formação Esportiva começou nesta quarta-feira, 17 de setembro de 2025, no auditório da Uninorte, em Rio Branco, promovido pelo Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) em parceria com o Governo do Acre, por meio da Secretaria Extraordinária de Esporte e Lazer (Seel), para apresentar ações do Programa de Formação de Atletas e integrar clubes locais à Rede Nacional de Clubes.
Realizados desde setembro de 2023, os fóruns percorrem o país e o Acre é o 15º estado a sediar a agenda, que nesta edição registrou 740 inscritos entre gestores, treinadores, estudantes, professores e atletas. A programação incluiu palestras e debates sobre financiamento, participação em competições e estratégias de desenvolvimento de base.
O secretário de Estado de Esporte e Lazer, Ney Amorim, afirmou que a realização em Rio Branco se soma à reestruturação da política esportiva estadual. “Nós já fomentamos quase 8 milhões de reais entre federações e entidades esportivas, não só no futebol. Também temos investimento no basquetebol, voleibol, handebol e o desafio de investir mais nos paratletas acreanos”, disse. Segundo ele, a presença do CBC conecta juventude, clubes e atletas a oportunidades de formação.
Entre os palestrantes, o medalhista olímpico Lars Grael destacou a orientação prática sobre caminhos de financiamento aos clubes. “Estamos dessa vez no Acre falando sobre oportunidades e fomentos de financiamento aos clubes e a participação em competições esportivas. É um depoimento de vida e, ao mesmo tempo, a apresentação de oportunidades e sinergia entre o CBC e o esporte local”, afirmou.
O evento também trouxe relatos de atletas e estudantes sobre o impacto da prática esportiva e da qualificação na trajetória pessoal e profissional. O paratleta de bocha adaptada José Aurismar Silva descreveu como o esporte reorganizou sua rotina após um acidente. “Conheci o esporte paralímpico e isso me tirou de dentro de casa, voltei a estudar. O esporte abre fronteiras, nos ajuda a vencer e socializar”, disse. Para Ismael Alves, estudante de educação física da Ufac, a participação amplia perspectivas de carreira: “Existem vários caminhos pra se trilhar, e com a palestra de hoje a gente pode abrir um leque de possibilidades.”
Na avaliação do presidente do CBC, Paulo Maciel, a iniciativa busca fortalecer a formação de atletas com foco nas particularidades locais. “Durante o fórum vamos apresentar um tutorial de como desenvolver o esporte olímpico com verbas públicas e assim dar mais ênfase ao esporte acreano”, afirmou. A proposta é que clubes e gestores utilizem os instrumentos de fomento disponíveis para consolidar projetos de base e qualificar a participação em competições.
Com a circulação do fórum pelo país e a inserção do Acre no calendário, as expectativas no estado envolvem a expansão de parcerias entre poder público, clubes e federações, o acesso a fontes de financiamento e a organização de trajetórias formativas que integrem escolas, universidades e entidades esportivas. A combinação de capacitação técnica, orientação sobre recursos e presença de referências nacionais é apontada pelos organizadores como caminho para estruturar elencos de base e ampliar a participação de atletas acreanos, inclusive paratletas, em competições regionais e nacionais.