A composição da Câmara de Vereadores de Rio Branco, Capital do Acre, vai mudar a partir do próximo dia 02 de fevereiro com a eleição de três parlamentares mirins para a Assembleia Legislativa do Acre (Aleac). Foram eleitos Michelle Melo (PDT), Emerson Jarude (MDB), Adailton Cruz (PSB), que saem da Câmara para a Aleac.
Agora, suplentes tomarão posse na Casa, sendo: Elzinha Mendonça (PSB), que ocupa a cadeira de Adailton; James do Lacen (PDT), que ocupa a vaga de Michelle; João Marcos Luz (MDB), que fica na cadeira de Emerson.
A equipe do ÉPop conversou com o suplente, James do Lacen, que vai ocupar a vaga de Michelle, que disse que uma das suas prioridades será a saúde dos rio-branquenses. “Minha ligação com o SUS é muito grande e portanto essa vai ser minha principal bandeira de luta. Lógico que na esfera municipal onde se gerencia UBSs e URAP’s”.
Ao ser perguntado qual seria sua relação com o executivo municipal, ele disse que seu partido faz parte da base de Bocalom. “Meu partido faz parte da base de Bocalom, então vamos trabalhar juntos para levar uma melhor qualidade de vida para os moradores de Rio Branco”.
James tem 52 anos de idade é servidor público do Estado, trabalha na área da saúde há 36 anos. Na eleição de 2020, ele obteve 2052 votos válidos, ficando na 1º suplência do partido.
O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), intensificou as ações de vacinação contra o sarampo em todo o estado, com foco especial nas áreas de fronteira, em resposta ao surto da doença registrado na Bolívia. A iniciativa é realizada em parceria com o Ministério da Saúde.
Entre os dias 1º e 10 de julho de 2025, foram aplicadas 2.754 doses da vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola. Desse total, 322 foram doses de rotina, 2.231 correspondem à intensificação da campanha e 201 foram classificadas como “doses zero”, conforme balanço parcial de 14 municípios.
No sábado, 12 de julho, uma ação foi realizada em Brasileia, onde 351 doses foram aplicadas em seis pontos de vacinação. A secretária adjunta de Atenção à Saúde, Ana Cristina Moraes, reforçou que a imunização é a principal medida de prevenção: “Nosso foco é proteger a população, principalmente as crianças, de uma doença grave e evitável”, declarou.
A coordenadora estadual do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Renata Quiles, informou que a cobertura vacinal em crianças menores de dois anos está em 87,35% para a primeira dose e 67,57% para a segunda. Ela explicou que o início de um novo mês provoca aumento na meta e, consequentemente, queda percentual temporária na cobertura, o que reforça a necessidade de manter a mobilização.
Nos dias 15 e 16 de julho, o estado recebe uma equipe do Ministério da Saúde para reforçar as estratégias de prevenção. Durante a visita, será realizado o seminário “Imersão sobre Sarampo: aspectos clínicos, epidemiológicos, imunização e diagnóstico”, com atividades em Rio Branco e Brasileia, e participação de representantes de países fronteiriços.
Apesar de o Acre não registrar casos de sarampo desde o ano 2000, a circulação do vírus em países vizinhos exige atenção. A vacina tríplice viral está disponível em todas as unidades básicas de saúde. A Sesacre orienta que, diante de sintomas como febre alta, manchas vermelhas no corpo, tosse e coriza, a população deve procurar atendimento médico imediato e evitar aglomerações.
As recomendações de vacinação seguem diretrizes do Ministério da Saúde:
De 6 a 11 meses e 29 dias: dose zero (em capitais e fronteiras);
De 1 a 4 anos: primeira dose aos 12 meses e segunda aos 15 meses;
De 5 a 29 anos: duas doses registradas na caderneta;
Um antigo anseio geopolítico do Acre, o de se tornar uma porta de saída do Brasil para o Oceano Pacífico, foi solidificado como um projeto de Estado em andamento. Em uma apresentação detalhada em Brasília, a Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, confirmou não apenas a função central do estado em um corredor rodoviário já em fase de otimização, mas também sua inclusão definitiva no traçado da Ferrovia Bioceânica, um projeto de longo prazo negociado diretamente com a China. A iniciativa faz parte do ambicioso plano de Rotas de Integração Sul-Americana, com investimentos previstos na ordem de 10 bilhões de dólares (cerca de R$ 50 bilhões).
A estratégia posiciona o Acre no coração de uma revolução logística, desenhada para reorientar parte significativa das exportações brasileiras para os mercados asiáticos, hoje dependentes dos distantes portos no Atlântico. O plano se desdobra em duas frentes: uma rodoviária, de aplicação imediata, e outra ferroviária, de caráter estruturante.
A primeira frente é a “Rota do Quadrante Rondon”, que já utiliza a infraestrutura existente para criar um corredor de exportação. A ministra descreveu o traçado com precisão, destacando o protagonismo acriano. “A terceira rota é a do Quadrante Rondon, Rondônia, Acre, e um pedacinho de Mato Grosso, mas especialmente Rondônia e Acre, chegando no Peru e na Bolívia,” afirmou Tebet. Neste arranjo, a BR-364 funciona como a espinha dorsal, trazendo a produção de grãos e proteínas do centro-oeste e de Rondônia, enquanto a BR-317, a Estrada do Pacífico, serve como o trecho final até a fronteira em Assis Brasil.
Segundo a ministra, a operacionalização deste corredor é iminente, com os principais obstáculos físicos já superados. O desafio remanescente, de natureza burocrática, foi apontado por ela como o próximo passo a ser vencido. “Já está pronto, faltando apenas resolver a questão da alfândega,” pontuou Tebet, sinalizando que a integração aduaneira é a prioridade para destravar o pleno potencial da rota.
Paralelamente, a ministra confirmou o que um mapa projetado durante sua fala deixou claro: o Acre está na rota da Ferrovia Bioceânica. O traçado exibido mostra a linha férrea margeando as rodovias federais no estado, uma visão que transforma o Acre de um ponto final da malha brasileira em um corredor de passagem transcontinental.
Revelando os bastidores da negociação de alto nível que viabilizou o projeto ferroviário, a ministra detalhou seu envolvimento direto na articulação com o governo chinês. “Nós assinamos um memorando de intenções com a China. Eu estive pessoalmente, fui à China duas vezes,” disse Tebet, enfatizando que o acordo para o complexo estudo de viabilidade técnica da ferrovia foi assegurado a custo zero para o Brasil.
A confirmação dos dois projetos – um rodoviário, pragmático e de curto prazo; outro ferroviário, visionário e de longo prazo – representa a mais concreta iniciativa em décadas para inserir o Acre na logística nacional e internacional.
A Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais da Câmara dos Deputados aprovou, em 11 de julho de 2025, o Projeto de Lei 4459/2024, que estabelece diretrizes específicas para a inclusão da educação ambiental no currículo do ensino básico das escolas da região Norte do Brasil.
De autoria dos deputados Amom Mandel (Cidadania-AM) e Duda Ramos (MDB-RR), a proposta altera a Lei nº 9.795/1999, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, para incluir conteúdos adaptados às características e desafios da Amazônia. Entre os temas obrigatórios estão a gestão sustentável da água, a conservação dos recursos hídricos e da biodiversidade, e ações de preservação ambiental voltadas às necessidades locais.
A deputada Meire Serafim (União-AC), relatora da proposta, defendeu a aprovação destacando que a legislação atual é genérica e não contempla adequadamente as especificidades da região amazônica. Segundo ela, “a Amazônia enfrenta desafios ambientais singulares que demandam abordagens educacionais específicas e contextualizadas”.
A proposta tramita em caráter conclusivo e ainda será analisada pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; de Educação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para entrar em vigor, o texto precisa ser aprovado na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.