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Durante Caravana, DNIT defende macadame hidráulico como solução definitiva para BR-364

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Na quarta-feira (5), durante a passagem da Caravana da BR-364 pelo interior do Acre, o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Ricardo Araújo, apresentou aos parlamentares, técnicos e lideranças locais os trechos da rodovia onde foi aplicada a técnica de pavimentação com macadame hidráulico. Segundo ele, essa é a alternativa mais eficiente para superar a falência estrutural do pavimento tradicional da BR-364, que há décadas enfrenta colapsos recorrentes em razão da fragilidade do solo amazônico e do volume de chuvas.

Araújo explicou que o macadame consiste na aplicação de uma camada espessa de pedras, entre 25 a 30 centímetros, em graduações que vão do rachão ao pó de pedra. “Ela vai se encaixando, é como se eu fosse aglutinar aquela rocha que virou pedra e transformar ela em uma rocha de novo”, afirmou. A compactação desse material cria uma estrutura altamente resistente e com capacidade de drenagem lateral, o que evita que a umidade penetre e destrua o subleito da estrada. “A água que vier debaixo sai pelas laterais. Por isso que o macadame não pode ficar enterrado”, completou.

Um dos trechos destacados foi o de 1,5 quilômetro construído há alguns anos nas proximidades do Rio Caeté. De acordo com Araújo, o trecho segue intacto, mesmo após três anos de tráfego pesado e invernos rigorosos. “Veja bem: você tem um quilômetro e meio com esse pavimento que tá aqui resistindo até hoje, sem nenhuma intervenção”, destacou, comparando a durabilidade do macadame com a rápida degradação do antigo pavimento de solo brita misturado com argila.

Além da resistência, o superintendente também enfatizou o caráter social da intervenção. “Essa BR não se trata de uma rodovia que se vai se falar por economicidade. Ela não tem esse número, mas ela tem um valor que eu acho que é muito maior, que é o do social”, declarou. Para ele, a reconstrução da BR-364 deve considerar a importância estratégica da rodovia para as populações do interior, que dependem da estrada para acessar saúde, educação, mercados e serviços básicos.

Durante sua fala, Ricardo Araújo também reforçou que o plano de reconstrução da BR-364, previsto para ser licitado a partir de setembro de 2025, vai priorizar o uso do macadame. A escolha foi validada por estudos técnicos conduzidos em dezembro do ano passado. “Na reconstrução não pode ter outro pavimento a não ser o macadame. […] Nós mostramos que isso sim é respeito: é quando se faz uma estrada que tenha durabilidade”, declarou.

Em resposta a questionamentos sobre custos, Araújo reconheceu que o investimento inicial é elevado, mas argumentou que o retorno compensa. “É muita pedra. […] Dá mais de dois mil metros cúbicos a três mil metros cúbicos por quilômetro. Mas ele se paga com o tempo. Com 10 anos, o custo é praticamente zero”, disse, ao afirmar que a manutenção só se torna necessária após o sexto ou sétimo ano.

O superintendente ainda detalhou a origem do material: “Essa pedra vem toda do Abunã. Um terço do custo é só transporte”. Mesmo com os desafios logísticos, ele reiterou que o DNIT planeja expandir a aplicação do macadame para mais 60 a 80 quilômetros ainda neste ano, com o apoio da bancada federal na busca por novos recursos.

A visita da Caravana ocorreu no contexto de crescente mobilização política e institucional em torno da BR-364. Parlamentares, como o deputado André Vale, vêm defendendo um compromisso concreto com a reconstrução integral da estrada, que conecta o Baixo ao Alto Juruá. Ao encerrar sua fala, Araújo resumiu o desafio: “Essa estrada é uma artéria. Não tem por onde desviar. Ou a gente cuida dela ou o Acre se isola”.

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Pequenos negócios impulsionam geração de emprego e contribuem para retirada do Brasil do Mapa da Fome

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A criação de mais de 1,2 milhão de empregos por micro e pequenas empresas em 2024 teve impacto direto na redução da insegurança alimentar no Brasil. Dados do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social mostram que o número de pessoas contratadas nesse segmento é próximo ao total de beneficiários do Bolsa Família que ingressaram no mercado de trabalho formal no mesmo período. A movimentação do setor produtivo contribuiu para que o país fosse novamente excluído do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

O novo levantamento da FAO, divulgado durante a 2ª Cúpula de Sistemas Alimentares da ONU, em Adis Abeba, Etiópia, aponta que menos de 2,5% da população brasileira está em situação de subalimentação, índice abaixo do limite considerado para inclusão na lista. A marca representa um avanço institucional, após o Brasil ter retornado ao mapa entre 2018 e 2020 devido ao agravamento da pobreza e da insegurança alimentar.

Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, a retirada do Brasil do Mapa da Fome reflete o impacto das políticas públicas voltadas ao fortalecimento do empreendedorismo. Ele avalia que o país vive uma transição com base em ações estruturantes e incentivo aos pequenos negócios. “Já superamos parte dos desafios imediatos com a retomada do crescimento e a redução do desemprego. Agora, o foco é transformar a base produtiva com inovação e inclusão”, afirmou.

Além da geração de empregos, os pequenos negócios têm impacto ampliado sobre a economia nacional. Estimativa do Sebrae baseada em dados da Receita Federal indica que cerca de 95 milhões de brasileiros – praticamente metade da população – são beneficiados direta ou indiretamente por microempreendedores individuais (MEIs) e micro e pequenas empresas (MPEs). Esse número é 10% superior ao registrado em 2021. O setor também responde por 26,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Entre junho e julho de 2024, cerca de 958 mil famílias deixaram de receber o Bolsa Família. Mais da metade não depende mais do benefício devido à conquista de renda própria por meio do trabalho ou do empreendedorismo. Esse movimento revela uma transição do apoio emergencial para a inclusão produtiva.

A exclusão do Brasil do Mapa da Fome representa não apenas uma melhoria nas estatísticas alimentares, mas também o resultado de uma combinação entre políticas de transferência de renda e fortalecimento da base econômica por meio do apoio a pequenos empreendimentos. O dado reforça a importância estratégica do setor para o desenvolvimento nacional com inclusão social.

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Prefeitura reforça vistorias em áreas de risco para prevenir acidentes em Rio Branco

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A Prefeitura de Rio Branco intensificou as ações preventivas em regiões com risco geológico e estrutural, por meio da Defesa Civil Municipal. A medida visa reduzir danos e evitar acidentes, especialmente durante o período de chuvas, que agrava a instabilidade do solo e aumenta a vulnerabilidade de imóveis e terrenos.

As equipes da Defesa Civil estão realizando vistorias técnicas em bairros que apresentam sinais de erosão ou comprometimento em estruturas. O objetivo é identificar os locais mais críticos, elaborar diagnósticos e promover medidas preventivas para proteger a população.

De acordo com o coordenador da Defesa Civil Municipal, tenente-coronel Cláudio Falcão, o trabalho é essencial para garantir a segurança de moradores em áreas de risco. Ele destacou que o monitoramento contínuo e antecipado permite agir antes que ocorram situações mais graves.

A população pode solicitar atendimento e inspeções técnicas diretamente na sede da Defesa Civil ou pelo telefone de emergência 193, do Corpo de Bombeiros.

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Acre adota tecnologia avançada para acelerar tratamento de câncer de mama na rede pública

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O governo do Acre implementou uma nova tecnologia no tratamento de câncer de mama que permite concluir a radioterapia em apenas cinco sessões, cada uma com cerca de dois minutos. A técnica, chamada de radioterapia ultra-hipofracionada, utiliza o sistema ConeBeam CT (CBCT), que permite o monitoramento diário da área a ser tratada, aumentando a precisão da aplicação da radiação e reduzindo os danos aos tecidos saudáveis.

A modernização foi viabilizada por meio de investimentos superiores a R$ 5 milhões, aplicados pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) na aquisição de componentes e acessórios compatíveis com o acelerador linear fornecido pelo Ministério da Saúde. A estrutura está instalada na Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), em Rio Branco.

Segundo o secretário estadual de Saúde, Pedro Pascoal, a tecnologia utilizada no Acre coloca o estado entre os mais avançados do país na oferta de radioterapia pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ele informou que há tratativas para a aquisição de um segundo acelerador, com o objetivo de ampliar o acesso.

O diferencial do novo método é a capacidade de realizar imagens em tempo real, o que permite ajustes milimétricos no posicionamento do paciente e aplicação da dose exata de radiação. Isso reduz significativamente o número de sessões — anteriormente eram necessárias até 25 aplicações.

O médico radioterapeuta Melk Hadad destacou que a nova abordagem oferece ganhos logísticos e sociais, principalmente para pacientes que se deslocam de cidades do interior. “Com o novo protocolo, é possível iniciar o tratamento numa segunda-feira e finalizar na sexta, diminuindo o tempo de permanência longe da família e do local de origem”, explicou.

A unidade funciona em três turnos e, de acordo com o especialista, não há filas de espera. O início do tratamento costuma ocorrer em até três dias após a avaliação inicial. A paciente Marilene Farias relatou satisfação com o atendimento e destacou as diferenças em relação a experiências anteriores de familiares: “Me explicaram todo o processo. Estou tranquila e confiante”.

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