O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) inaugurou, no dia 17 de maio, a nova Unidade Local em Cruzeiro do Sul, no Acre. A cerimônia de inauguração contou com a presença de diversas autoridades e membros da comunidade, marcando um passo importante para a gestão e melhoria contínua das infraestruturas rodoviárias da região. Estiveram presentes os prefeitos de Cruzeiro do Sul, Zequinha Lima, de Rodrigues Alves, Jaílson Amorim, vice-prefeita de Mâncio Lima, Angela Valente, além dos senadores Petecão e Alan Rick.
Durante o evento, o superintendente do DNIT no Acre, Ricardo Araújo, destacou a relevância do novo espaço para a comunidade local. “Nós estamos aqui hoje, no dia 17, inaugurando a nossa sede do DNIT em Cruzeiro do Sul, a nossa UL, Unidade Local. Um espaço que é importante porque vai trazer a população de Cruzeiro do Sul e também das regionais aqui do lado, como Rodrigues Alves, Mâncio Lima, todo esse povo para poder discutir os assuntos da estrada com a nossa equipe,” disse Araújo.
A nova unidade está estrategicamente posicionada para atender não apenas Cruzeiro do Sul, mas também municípios adjacentes, facilitando o acesso e a comunicação entre o DNIT e as comunidades locais. Araújo também comentou sobre as funcionalidades específicas que a unidade vai abordar: “A questão das rotatórias, a questão de quebra-mola, a faixa de domínio, são exemplos do que vai ser resolvido aqui em Cruzeiro do Sul.”
Além da inauguração, o superintendente mencionou a recente contratação de novos funcionários para fortalecer a equipe local. “Nós fizemos agora um concurso onde colocamos dois engenheiros diretamente para a sede aqui em Cruzeiro do Sul. Nós vamos tentar, cada vez mais, aumentar a qualidade da nossa BR-364,” afirmou Araújo.
A presença reforçada do DNIT em Cruzeiro do Sul é vista como um elemento chave para a melhoria contínua das condições de tráfego e segurança na BR-364, uma das principais vias que conecta importantes centros econômicos e comunidades ao longo do estado do Acre. A iniciativa também reforça o compromisso do DNIT com a manutenção e desenvolvimento de infraestrutura rodoviária na região, garantindo que as necessidades locais sejam atendidas de maneira eficaz e eficiente.
Equipe do DNIT conduz vistoria detalhada ao longo da BR-364 para garantir melhorias e segurança
Nesta semana, uma equipe liderada por Ricardo Araújo, realizou uma extensa vistoria ao longo da rodovia para identificar necessidades de reparo e avaliar as obras em andamento. Essa iniciativa faz parte de um esforço contínuo para melhorar a qualidade e a segurança da estrada.
Durante a vistoria, a equipe percorreu o trecho que se estende de Sena Madureira até Cruzeiro do Sul, observando as condições da estrada e os progressos das técnicas de reconstrução adotadas. “Nossa missão é assegurar que a BR-364 não apenas atenda às necessidades atuais de tráfego mas também esteja preparada para desafios futuros,” disse Araújo.
Um dos focos principais da vistoria foi a avaliação do macadame hidráulico, uma técnica de pavimentação que já mostrou resultados promissores em outros trechos da rodovia. “Estamos analisando a performance do macadame, temos trechos que após mais de dez anos de serviço os resultados são impressionantes. Não há falhas significativas, o que confirma a eficácia desta técnica para a nossa região,” destacou Araújo.
A equipe também inspecionou a construção de novas infraestruturas, como a ponte sobre o Rio Tarauacá. Este projeto é de particular importância devido às mudanças no curso do rio, que exigem uma adaptação na estrutura da ponte para prevenir erosões futuras. A visita ao canteiro de obras permitiu que os engenheiros avaliassem os avanços na construção das fundações e na instalação das estacas.
Além das verificações técnicas, a caravana do DNIT proporcionou uma plataforma para o diálogo direto com os empreiteiros e a supervisão local. Discussões sobre os próximos passos, desafios logísticos e soluções técnicas foram abordadas em reuniões ao longo do percurso. “Essas interações são essenciais para sincronizar nossa abordagem e garantir que todos os envolvidos estejam alinhados com os objetivos de longo prazo,” explicou Araújo.
Concluindo a vistoria, o superintendente reafirmou o compromisso do DNIT com a melhoria contínua da BR-364. “Nossas observações e as discussões que tivemos ao longo desta viagem serão fundamentais para planejar as fases seguintes do projeto. Estamos determinados a transformar a BR-364 em uma rodovia modelo em termos de segurança, durabilidade e eficiência,” concluiu Araújo.
A rodovia vem recebendo atenção renovada em termos de manutenção e reconstrução. Após anos de investimentos limitados, o fluxo de recursos para esta via vital aumentou significativamente com a chegada do novo governo. Entre 2019 e 2022, apenas cerca de R$ 240 milhões foram alocados para a manutenção de rodovias em todo o Acre. Em contraste, o ano de 2023 viu um aumento para aproximadamente R$ 340 milhões, com previsões de R$ 450 milhões para 2024.
O Governo Lula aprovou um plano ambicioso para a reconstrução da BR-364 com um orçamento que pode chegar a R$ 2,5 bilhão. Essa decisão visa revitalizar completamente a estrada, essencial para o transporte e a economia da região.
O governo do Acre, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária (Deracre), avança na etapa final da construção da Ponte da Sibéria, em Xapuri. Com 96% de execução, a obra está prevista para ser entregue ainda em novembro, substituindo o uso da balsa e garantindo o tráfego permanente entre as duas margens do rio Acre. A presidente do Deracre, Sula Ximenes, acompanha o andamento das obras e destacou a importância do trabalho das equipes. “Quem passa por aqui consegue ver o quanto essa ponte representa pra cidade. É um trabalho feito com cuidado, dia após dia, por pessoas que acreditam no que fazem. Cada etapa que a gente conclui é a prova de que valeu a pena todo o esforço pra chegar até aqui”, afirmou.
As equipes trabalham na armação e aplicação das estruturas de ferro e concreto que compõem a sustentação da ponte. Paralelamente, ocorrem os serviços de instalação dos guarda-rodas e chumbadores do guarda-corpo, além da terraplanagem e pavimentação da via de acesso. Essas etapas preparam o local para o tráfego seguro de veículos e pedestres, marcando o início da fase conclusiva do projeto.
Uma das últimas frentes é o desmonte das treliças do balanço sucessivo — estruturas metálicas temporárias que sustentaram a montagem dos blocos da ponte. O procedimento marca o fechamento da superestrutura e a preparação para os acabamentos finais. Além da estrutura principal, o projeto inclui uma área de convivência sob a ponte, com calçamento e bancos, ampliando o uso público e valorizando o entorno urbano de Xapuri.
O investimento total ultrapassa R$ 40 milhões, sendo R$ 15 milhões provenientes de emenda parlamentar do senador Márcio Bittar e R$ 25 milhões do Tesouro Estadual. A ponte é considerada uma das maiores obras de infraestrutura já executadas pelo Estado na região do Alto Acre e representa uma mudança significativa na mobilidade local, encerrando décadas de dependência da travessia por balsa.
Em 2025, o mundo contabilizava 117,2 milhões de pessoas obrigadas a deixar seus locais de origem devido a guerras, violência e perseguições, segundo a Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur). Desse total, cerca de 86 milhões, o equivalente a 75%, estão expostos a altos ou altíssimos riscos ligados às mudanças climáticas, de acordo com o relatório No Escape II: The Way Forward, divulgado em 10 de novembro.
O documento aponta que, na última década, desastres como tempestades e inundações foram responsáveis por 250 milhões de deslocamentos internos em todo o mundo, uma média de 70 mil pessoas por dia. Esses fenômenos ambientais estão cada vez mais entrelaçados com conflitos armados, perseguições e crises humanitárias. O relatório também cita o Brasil entre os países mencionados em associação a desastres relacionados ao clima.
A Acnur alerta que os impactos climáticos, como aumento do nível do mar e desertificação, intensificam a vulnerabilidade de populações já afetadas por outras crises. “As medidas de fortalecimento da resiliência são necessárias não somente para as populações deslocadas, mas também para as comunidades que as recebem, elas mesmas, com frequência, vivendo em condições precárias semelhantes”, afirma o texto.
Os autores do estudo projetam um aumento expressivo na exposição a riscos climáticos nas próximas décadas. Em 2040, a quantidade de países em situação de exposição extrema deverá subir de três para 65, abrigando cerca de 45% das pessoas deslocadas por conflitos. Entre esses países estão Camarões, Chade, Sudão do Sul, Nigéria, Brasil, Índia e Iraque.
A perspectiva é que campos de refugiados situados em regiões mais quentes possam enfrentar quase 200 dias de calor extremo por ano, tornando muitos desses locais “inabitáveis devido à combinação mortal de calor extremo e umidade”, segundo a agência.
O relatório reforça que o agravamento das condições climáticas representa um fator de deslocamento adicional e tende a ampliar desigualdades e pressões humanitárias. As conclusões da Acnur se somam a outros estudos que relacionam diretamente as mudanças no clima à instabilidade social e política em diversas regiões do planeta.
Um levantamento realizado com quase 16 mil estudantes do Acre, do 6º ao 9º ano do ensino fundamental, revela como adolescentes enxergam a escola e o que esperam do ambiente de aprendizagem. O material foi divulgado durante a Semana da Escuta das Adolescências, iniciativa do Ministério da Educação em parceria com Consed, Undime e Itaú Social, e reúne dados das redes estadual e municipais. O objetivo é identificar percepções sobre acolhimento, convivência, aprendizado e projetos de vida .
O relatório aponta diferenças entre faixas etárias. Entre os alunos do 6º e 7º anos, 68% associam a escola a um local de socialização, acolhimento e aprendizado, e 70% afirmam se sentir bem no ambiente escolar. Já entre os estudantes do 8º e 9º anos, período mais próximo do ensino médio, cresce o interesse por temas ligados ao futuro, como tecnologia, saúde mental e orientação profissional. Nessa faixa, 73% afirmam que a escola contribui para o aprendizado e para o autoconhecimento, mas somente 60% consideram o ambiente adequado para aprender e 55% vinculam o espaço ao desenvolvimento do autoconhecimento .
A socialização aparece como eixo central da experiência escolar. Entre os mais jovens, 81% dizem ter amizades significativas e 74% relatam se sentir respeitados pelos profissionais da escola. Apenas 43% percebem respeito mútuo entre alunos e professores. No 8º e 9º anos, 82% continuam valorizando a convivência, mas o índice de reconhecimento pelos professores cai para 35%, indicando necessidade de aperfeiçoar o diálogo em sala de aula .
Sobre atividades escolares, tecnologia e mídias digitais lideram a preferência: 43% dos alunos do 6º e 7º anos e 41% dos do 8º e 9º anos apontam essas atividades como as mais atrativas. A pesquisa científica também aparece como interesse relevante, mencionada por 35% dos estudantes mais novos e 28% dos mais velhos. Aulas práticas com projetos são bem recebidas por 37% e 35%, respectivamente, e o esporte atrai 36% e 34% dos respondentes. Atividades artísticas e culturais registram queda de interesse conforme a idade avança .
O estudo também identifica demandas por participação e suporte emocional. Entre os alunos do 6º e 7º anos, 28% desejam participar mais das decisões escolares; entre os mais velhos, o índice sobe para 30%. Iniciativas de combate a bullying e violência são defendidas por 31% dos estudantes, e 29% sugerem a presença de uma figura conselheira dentro da escola. Projetos que cuidem da saúde emocional são prioridade para 28%, e ações voltadas à qualidade de vida aparecem para 29% .
Os resultados indicam que, conforme avançam no ensino fundamental, os adolescentes passam a priorizar temas que contribuam para autonomia, planejamento e construção de seus projetos de vida. O relatório sugere que atividades conectadas ao uso de tecnologia, diálogo e participação estudantil se tornem estratégicas para a permanência e o engajamento dos alunos na escola .