Nicolau Júnior foi eleito presidente da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac) em sessão extraordinária realizada na tarde desta terça-feira (9). Em seu discurso de agradecimento, ele destacou a importância da democracia no processo eleitoral, a gratidão aos colegas parlamentares e a necessidade de aproximar a Aleac da população.
Nicolau Júnior assumirá a presidência pela terceira vez, com a posse marcada para fevereiro de 2025. Ele ressaltou a continuidade do trabalho com a mesma motivação e experiência, focando no benefício da população acreana. “Tenho a certeza que vamos continuar trabalhando com essa mesma democracia, com essa mesma motivação, com pouco mais de experiência e o resultado final, não só meu, mas de todos os 24 deputados, é ajudar a população acreana.”
O atual presidente, Luiz Gonzaga, que continuará no cargo até o fim do ano, foi eleito primeiro-secretário da nova mesa, e Pedro Longo permanecerá como vice-presidente.
A antecipação da eleição, anteriormente prevista para fevereiro, foi viabilizada por uma mudança no regimento interno aprovada pelos parlamentares. Nicolau Júnior atribuiu a eleição ao bom trabalho realizado pela atual gestão e destacou a parceria com Gonzaga, reforçando o compromisso de tornar o parlamento mais próximo da população. “A Casa do Povo é a casa que recebe todo mundo, então preciso agradecer o nosso presidente Gonzaga que está fazendo um grande trabalho e vai continuar como presidente até o final desse ano e eu vou estar como primeiro-secretário ajudando a ele até o último minuto e depois com a posse em fevereiro ele vai continuar me ajudando também como primeiro secretário.”
A nova Mesa Diretora eleita para o biênio 2025/2026 é composta por Nicolau Júnior (presidente), Luiz Gonzaga (1º secretário), Pedro Longo (1º vice-presidente), Chico Viga (2º secretário), Maria Antônia (2ª vice-presidente), Antônia Sales (3ª secretária), Eduardo Ribeiro (3º vice-presidente), Gene Diniz (4º secretário) e André Vale (5º secretário).
Nicolau Júnior afirmou que a eleição demonstra a responsabilidade e harmonia entre os deputados, e que o objetivo é votar e apreciar projetos importantes para a população do Acre. “Poder participar de uma nova eleição, tenha certeza que a gente fica com uma responsabilidade maior de fazer um trabalho melhor e o objetivo final sempre é aproximar a Assembleia da população.”
A Câmara Municipal de Rio Branco aprovou, nesta quinta-feira (24), o Projeto de Lei nº 10/2025, que institui o pagamento de auxílio-aluguel para mulheres em situação de vulnerabilidade decorrente de violência doméstica e familiar. A medida foi aprovada de forma unânime pelas comissões da Casa Legislativa.
De autoria do vereador Leôncio Castro (PSDB), o projeto recebeu parecer favorável do relator Márcio Mustafá (PSDB). O texto prevê que o auxílio será concedido mediante decisão judicial, como parte das medidas protetivas previstas na legislação vigente.
O valor do benefício poderá chegar até R$ 1.000 por mês, com duração máxima de seis meses, sem possibilidade de prorrogação. A proposta busca viabilizar a saída segura das vítimas de ambientes de risco, assegurando um suporte temporário para moradia.
A votação contou com o apoio dos vereadores Elzinha Mendonça (PP), André Kamai (PT), Zé Lopes (Republicanos), Bruno Moraes (PP), Aiache (PP), Matheus Paiva (União), Lucilene Vale (PP), além do próprio relator.
O projeto agora segue para sanção do Executivo Municipal.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) realizou, em 23 de abril, reunião com prefeitos, parlamentares e representantes de municípios do Acre para discutir a gestão de resíduos sólidos no estado. O encontro foi conduzido pelo ministro Waldez Góes e teve como foco a apresentação de um projeto de modelagem para viabilizar uma parceria público-privada (PPP), com apoio técnico e financeiro do Fundo de Desenvolvimento da Infraestrutura Regional Sustentável (FDIRS).
De acordo com o ministro, a proposta é construir um contrato modelo que será submetido à análise de um consórcio de municípios. O objetivo é estruturar a solução de forma integrada, sem custos para as prefeituras ou para o governo estadual. Góes destacou que o apoio do governo federal tem como base a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para oferecer respostas estruturantes aos desafios regionais.
A iniciativa insere-se no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e prevê que, após a estruturação, o projeto possa ser levado a leilão para contratação da empresa interessada em operar o serviço. A proposta considera a gestão de resíduos como uma questão ambiental e de saúde pública, além de um fator estratégico para atrair investimentos na região amazônica.
O FDIRS atua na preparação de projetos de infraestrutura em diversas áreas, como saneamento, mobilidade urbana, habitação e manejo de resíduos sólidos. Com patrimônio líquido de R$ 1 bilhão, o fundo prioriza projetos nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, e é o primeiro fundo da União com gestão privada voltada à viabilização de PPPs.
Na reunião, Góes também relembrou sua experiência como governador do Amapá, onde articulou a adesão de todos os prefeitos do estado a um modelo de concessão de serviços de saneamento. O modelo resultou na mobilização de R$ 4,8 bilhões em investimentos, com metas de ampliação de cobertura de água tratada e esgotamento sanitário nos anos seguintes à concessão.
Durante painel preparatório para a COP30, realizado nesta terça-feira (23), o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, destacou a necessidade de maior protagonismo dos municípios nas políticas ambientais. A fala ocorreu durante o evento “COP30 no Radar: Como inserir a pauta da Amazônia urbana na agenda?”, promovido no Encontro Preparatório para a COP30 (EPPAM).
Bocalom afirmou que ações ambientais muitas vezes são centralizadas nos governos federal e estadual, sem considerar que os efeitos e a implementação das políticas ocorrem diretamente nos municípios. “Quando se fala em preservação ambiental, em mudanças climáticas, sempre tem sido o governo federal, o governo estadual. Esquece que tudo acontece nos municípios”, declarou.
O prefeito defendeu que as gestões locais tenham poder de decisão nas pautas ambientais. Segundo ele, a experiência de Rio Branco pode ser um exemplo nesse debate. “Rio Branco hoje demonstra para o mundo inteiro como é que a gente conseguiu diminuir as queimadas no município. De que forma a gente fez isso? Sem ficar multando, mas sim educando”, explicou.
De acordo com Bocalom, o número de queimadas em Rio Branco caiu de mais de 2.700 em 2020 para menos de 700 em 2024. Para ele, essa redução está diretamente ligada a ações de educação ambiental e políticas voltadas à agricultura familiar. “A educação ambiental tem que envolver também, para poder preservar a zona rural”, disse.
O gestor também criticou abordagens punitivistas e reforçou a importância da inclusão social nas políticas ambientais. Destacou que fiscais da prefeitura atuam com orientação, sem o uso da força policial, e que muitas pessoas interferem no meio ambiente por necessidade de sobrevivência.