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Pesquisa revela riscos e desafios da influência urbana para a cultura alimentar indígena

Pesquisadoras identificam aumento do consumo de ultraprocessados e propõem ações para resgate da alimentação tradicional Puyanawa

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A nutricionista Katia Reche realizou uma pesquisa nutricional durante o Festival Atsa Puyanawa em julho de 2024, com o objetivo de observar hábitos alimentares e avaliar o estado nutricional dos participantes. Durante o evento, que ocorreu na Terra Indígena Puyanawa em Mâncio Lima, no Acre, Reche visitou barracas de alimentação para analisar opções de self-service, pratos prontos, cardápios, métodos de preparo e higiene. Além disso, ela conduziu avaliações antropométricas voluntárias (peso e altura) em 80 indígenas de diferentes grupos, proporcionando uma visão abrangente dos impactos alimentares no grupo.

Reche ressaltou a importância dessas avaliações para identificar o impacto da proximidade com áreas urbanas e o acesso crescente a alimentos industrializados na alimentação indígena. “Observou-se aumento no consumo de açúcar através de doces, refrigerantes e alimentos processados”, afirmou Reche. Diante dos resultados, ela planejou o desenvolvimento de oficinas e cartilhas para promover o resgate de pratos tradicionais, práticas de higiene e a inclusão de alimentos funcionais da floresta. “A intenção é realizar oficinas e cartilhas para resgatar pratos tradicionais da própria cultura, bem como práticas de higiene e inclusão de alimentos funcionais disponíveis na mata”, explicou.

A pesquisa contou também com a participação da nutricionista Eline Messias, da Universidade Federal do Acre (UFAC), que colaborou nas oficinas de alimentação. Messias reforçou a importância de iniciativas educacionais para fortalecer a cultura alimentar local e combater a influência urbana, que tem trazido riscos à saúde da comunidade.

Desenvolvido pela a EMBRAPA, o estudo visou promover a inclusão de alimentos orgânicos e a prevenção de doenças como diabetes, hipertensão e obesidade, que se tornaram ameaças crescentes em função das mudanças na dieta tradicional. “Foi uma experiência enriquecedora, onde pudemos conhecer a cultura, dialogar e aprender com eles, além de compartilhar sugestões e dicas sobre a importância de uma alimentação mais tradicional”, concluiu Reche.

Sobre o Festival Atsa Puyanawa

O Festival Atsa Puyanawa celebrou a cultura e a natureza por meio de cânticos, danças e rituais, com atividades que incluíram banho no igarapé, trilhas e apresentações culturais. Iniciado em 18 de julho e encerrado no dia 22, o evento também teve um papel econômico, ao destacar a produção de mandioca como principal fonte de renda da comunidade. Apresentações culturais ilustraram as fases do plantio e colheita da mandioca, com a participação ativa de crianças e adultos, reforçando a conexão entre as práticas agrícolas e o sustento da comunidade.

O festival atraiu visitantes de diversas partes do mundo, como Bélgica, Espanha, Estados Unidos e Grécia, demonstrando a hospitalidade do povo Puyanawa e a forte conexão espiritual promovida pelo evento. Além das oficinas e apresentações culturais, o festival ofereceu cerimônias espirituais, pinturas corporais, exposição de artesanatos e um vasto cardápio de culinária indígena, celebrando a cultura Puyanawa e suas tradições.

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Obras de viadutos em Rio Branco avançam com previsão de entrega para 2024

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Construções avançam na Avenida Dias Martins, mesmo com desafios financeiros

Na última sexta-feira, 29, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, esteve nos canteiros de obras dos viadutos localizados na Avenida Dias Martins, próximo à AABB e ao Araújo Mix. Durante a visita, ele avaliou o andamento dos trabalhos e falou sobre os planos para a conclusão dos projetos.

No viaduto da AABB, Bocalom destacou que a prefeitura está bancando a obra com recursos próprios, já que não houve repasses do governo federal. “Estamos usando o dinheiro público com responsabilidade. Mesmo sem ajuda de fora, mantivemos tudo andando. A previsão é inaugurar até o meio do ano que vem”, explicou. O viaduto será chamado de Mamed Bittar.

No viaduto do Araújo Mix, o prefeito chamou atenção para os detalhes que vão além da funcionalidade da estrutura. Ele comentou sobre elementos como lagos artificiais e quedas d’água, que devem tornar o espaço mais atrativo. “A ideia é entregar algo que não seja só útil, mas que embeleze a cidade também”, disse, apontando os arcos da estrutura.

Acompanhado por engenheiros e trabalhadores, Bocalom também reconheceu o esforço da equipe na execução das obras. Ele afirmou que os dois viadutos fazem parte de um plano maior para melhorar o trânsito e valorizar áreas estratégicas de Rio Branco.

“Essas obras vão ajudar muito no tráfego e dar uma nova cara pra esses pontos da cidade. Estamos trabalhando firme pra entregar dentro do prazo e do jeito que a população merece”, concluiu.

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Cidade

Seminário discute estratégia e comunicação na política

CAMP: porque a estratégia é se comunicar

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Nos dias 26 e 27 de novembro, estive em São Paulo para participar do “2º Seminário do CAMP: Estratégia, Comunicação e Democracia”, promovido pelo Clube Associativo dos Profissionais de Marketing Político (CAMP), em parceria com a ESPM. O evento reuniu profissionais de marketing político, advogados, professores e representantes da sociedade, com o objetivo de debater os desafios, responsabilidades e condutas éticas na comunicação política.

Entre os temas discutidos, a centralidade da comunicação como ferramenta de poder e sua relação direta com a democracia foi destacada. José Vicente da Silva Filho, Cel. reformado da PM, enfatizou a política como exercício de comunicação, onde o emissor é fundamental para o sucesso da mensagem. Juarez Guedes, Diretor Regional Norte-Nordeste e Associado do CAMP, abordou a necessidade de criar conexões por meio de estratégias que envolvam o público, reforçando a importância da presença e do relacionamento como pilares da validação social.

“Juarez Guedes reforça a importância de conexões e relacionamento na validação social.”

Também foi pauta no seminário, reflexões sobre o papel do marketing político, afirmando que ele é conduzido pela política, e não o contrário. A falta de alinhamento na comunicação foi apontada por Tânia Moreira como um dos principais erros de gestão. Já Duda Lima foi provocativo e incisivo ao afirmar que “não se faz política sem propósito”. Fabrício Caruso ressaltou a importância de objetivos claros e métricas de avaliação para evitar falhas na condução de campanhas. Contudo, discutiu-se pouco sobre como alinhar a autenticidade da mensagem política com as demandas estratégicas do marketing, evitando que este reduza a comunicação a um instrumento meramente persuasivo.

A programação incluiu reflexões sobre a inclusão de mulheres em espaços de protagonismo e a necessidade de educar o eleitorado para além dos períodos eleitorais. A proposta de uma autorregulação no jornalismo, defendida pela ANJ, também foi debatida, destacando ética, transparência e responsabilidade como elementos fundamentais.

O publicitário e empresário acreano Wagner Lucena marcou presença no “2º Seminário do CAMP: Estratégia, Comunicação e Democracia”. Com uma trajetória consolidada no marketing político, há mais de 25 anos de atuação, Wagner esteve à frente da campanha vitoriosa neste ano: reeleição de Tião Bocalom à prefeitura de Rio Branco, capital do Acre.

Com um currículo extenso, Wagner acumula vitórias em eleições de grande relevância no Acre, incluindo campanhas bem-sucedidas entre elas: Eleição e reeleição do senador Sérgio Petecão, Prefeito de Sena Madureira Mazinho Serafim, Prefeito Zequinha Lima de Cruzeiro do Sul e outros nomes de destaque no cenário político local, entre eles deputados federal, estadual e vereadores. Seu trabalho contribuiu para o debate sobre comunicação, ética e democracia, além de compartilhar experiências acumuladas ao longo de sua carreira, destacando como práticas regionais podem oferecer insights para desafios em escala nacional.

Também presente no Seminário estava Zé Américo, jornalista e marqueteiro com mais de 30 anos de experiência em marketing político e institucional, que atuou na reeleição do prefeito Bocalom e que já ajudou diversos prefeitos, deputados, senadores, governadores e presidentes da república a se elegerem. Zé também realiza comunicação institucional para prefeituras, governos e ministérios. Ele enfatizou a importância de eventos como este para a troca de conhecimento entre profissionais e o aprendizado contínuo no setor, destacando: “Momentos como esse são importantes para todo profissional, não abro mão dessas oportunidades. Aprendemos muito ao compartilharmos conhecimento.” O jornalista Ailton Oliveira, assessor de comunicação da prefeitura de Rio Branco, que também participou do seminário e destacou a relevância do evento: “para conhecer as novidades do marketing e assessoria política e levar ao Acre o que há de melhor nessa área”.

Momento de conexão na pausa para o café com grandes profissionais: Ailton Oliveira (jornalista), Wagner Lucena (publicitário, consultor e analista político), Fred Perillo (consultor político e estrategista digital) e Alexandre N. Nobre (jornalista e ADM/Marketing).

Mário Rosa, fundador do CAMP e especialista em imagem e reputação, destacou os desafios éticos da busca por audiência nos meios de comunicação. Ele enfatizou como esse cenário pode comprometer a responsabilidade jornalística e impactar negativamente a democracia, reforçando a importância do equilíbrio entre transparência e ética na mídia.

Cheguei ao seminário convicto de que seria uma oportunidade de aprendizado e um momento para celebrar o ano vitorioso, que incluiu a eleição de 12 vereadores em uma câmara com 14 vagas e a reeleição de um prefeito. Ouvir os melhores profissionais da comunicação política do país reforçou a necessidade de uma comunicação política contínua e estratégica, ultrapassando os limites das campanhas eleitorais. A formação de redes e a troca de experiências foram destacadas como essenciais para o aprimoramento da atuação dos profissionais do setor.

Agradeço a todos por meio de Bruno Hoffmann – Presidente do CAMP, Juarez Guedes – Diretor Regional Norte-Nordeste e Associado do CAMP, Dudu Godoy – Vice-Presidente Administrativo e Membro Fundador do CAMP, Rodrigo Cobra – Diretor Executivo no RenovaBR, Tânia Moreira – Membro Fundadora do CAMP, Fábio Bernardi – Vice-Presidente de Planejamento e Membro Fundador do CAMP, Mário Rosa, fundador do CAMP e Duda Lima – Membro Fundador do CAMP. Foi inspirador.

Vida longa ao CAMP!

O evento reafirmou que a comunicação política não é apenas uma ferramenta de gestão, mas um pilar essencial da democracia. Ainda que tenha explorado temas relevantes, como ética e inclusão, futuros debates podem aprofundar o papel do marketing político, equilibrando sua função estratégica com a autenticidade das mensagens políticas e seu impacto a longo prazo.

Alexandre N Nobre – Jornalista-ADM/Marketing. Diretor, consultor de comunicação e marketing, Pós graduado em Comunicação Digital pela FASB e MBA pela Gama Filho, com CRA AC nº 0882 e RP/MTE nº 0000218AC . Atua na comunicação politica desde meados dos anos 90, participou de equipes em várias campanhas proporcional e majoritária no Acre: Prefeitura, Governo e Senado.

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Cultura

Projeto Arte na Comunidade leva cultura e inclusão para jovens no Acre

Iniciativa leva oficinas de teatro, passeios culturais e inclusão social para jovens de Rio Branco, fortalecendo a expressão artística

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No bairro Calafate, em Rio Branco, no Acre, o projeto Arte na Comunidade tem transformado vidas ao levar arte e cultura para crianças e jovens. Idealizado por Núbia Alves, o projeto está em atividade contínua há um ano e nove meses, mas suas ações começaram em 2018, acumulando um histórico de edições que já beneficiaram mais de 500 participantes com idades entre 5 e 25 anos.

Com atividades que incluem oficinas de teatro, passeios culturais e eventos temáticos, o projeto busca oferecer um ambiente criativo e educativo para que crianças e jovens possam desenvolver suas habilidades artísticas e se conectar com a cultura local. A iniciativa também promove apresentações teatrais e colaborações com outros grupos artísticos, fomentando a troca de experiências e o fortalecimento da expressão cultural.

Conversamos com Núbia Alves, idealizadora e coordenadora do projeto, para conhecer mais sobre essa iniciativa que tem impactado tantas vidas e entender os desafios e sonhos que movem o Arte na Comunidade.

Como surgiu o projeto?
“O projeto começou com um sonho meu. Eu percebi a necessidade de levar arte e cultura para as comunidades que enfrentam barreiras de acesso a essas oportunidades. Com apoio de parceiros locais e a minha experiência em artes cênicas, criamos um espaço seguro e criativo para que eles pudessem explorar seus potenciais.”

Quem pode participar?
“Qualquer criança, adolescente ou jovem entre 5 e 25 anos pode participar. É importante que estejam matriculados e frequentando a escola, porque acreditamos que a educação formal complementa o que ensinamos. Não há processo seletivo, basta que os responsáveis entrem em contato e façam a inscrição.”

Quais atividades o projeto oferece?
“Além das oficinas de teatro, organizamos passeios culturais para teatros, museus e outros pontos da cidade. Também promovemos aulas temáticas e comemorativas, como Carnaval, Páscoa e Natal, para integrar a comunidade. As crianças criam apresentações teatrais, e sempre buscamos fomentar a troca cultural com outros grupos artísticos locais e de fora.”

Quais são as dificuldades enfrentadas?
“Nossos maiores desafios são a falta de recursos financeiros e materiais. Muitas vezes, precisamos improvisar com cenários e figurinos. Também enfrentamos dificuldades com transporte para os passeios e temos uma infraestrutura limitada para atender à demanda crescente.”

Como as pessoas podem ajudar?
“As pessoas podem contribuir de várias formas: com doações financeiras, materiais cênicos, alimentos para nossas aulas temáticas ou até mesmo ajudando a divulgar o projeto. Nosso contato é o número (68) 99603-9098 ou o e-mail alvesnubia.souza@gmail.com.”

O projeto Arte na Comunidade destaca-se como um espaço de aprendizado e inclusão, mostrando que a arte pode ser uma ferramenta poderosa de transformação social.

Foto: Acesso / cedidas

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