Rede Norte de Comunicação celebra 42 Anos do SBT e presença na Região Norte
Enquanto o SBT completa 42 anos de sucesso, a Rede Norte de Comunicação celebra sua trajetória como afiliada na região norte, retransmitindo a programação do canal para os estados do Amazonas, Tocantins, Roraima e Acre.
O SBT, conhecido como a “TV Mais Feliz do Brasil”, está comemorando 42 anos de história repleta de alegria e programação de alta qualidade. Nessa jornada de sucesso, a Rede Norte de Comunicação, uma afiliada na região norte do país, se destaca como uma marca em ascensão, já reconhecida como referência nacional.
Daniel Abravanel, Diretor de Afiliadas da rede SBT, destacou a importância da Rede Norte para o SBT, lembrou que: “O SBT atualmente tem 117 emissoras distribuídas em todo o país e o Grupo Norte de Comunicação, na região norte, que é muito especial pra gente, a Rede Norte, vem fazendo um excelente trabalho nos estados do Amazonas, Tocantins, Roraima e no Acre. Vocês são muito importantes para nós.”
“Nossa equipe faz um jornalismo independente, um jornalismo extremamente atual, conectado às multiplataformas”Foto: reprodução
O Grupo Norte de Comunicação, presente na região com cinco estados, incluindo o Distrito Federal, é liderado por Sérgio Bringel. Ele destaca que a missão do grupo é levar a comunicação a todos os cantos da região Norte, com jornalismo independente, conectado às múltiplas plataformas e atualizado, acompanhando o ritmo do público moderno.
Foto: reproduçãoFoto: reprodução“O Grupo Norte de Comunicação é comprometido com o jornalismo sério, que ouve todos os lados com ética e responsabilidade.” Foto: Reprodução
Com uma programação diversificada, a Rede Norte oferece mais de 20 programas, abrangendo áreas como jornalismo, entretenimento, shows, gastronomia, esportes, debates eleitorais, denúncias e reflexões sobre temas de interesse público. Diego Trajano, diretor nacional do Grupo Norte de Comunicação, ressalta a “credibilidade e relevância” conquistadas pela rede, enfatizando que o nome “Norte” é uma direção, uma referência de avançar junto com as pessoas, inspirando alegria, informação e serviços.
“É isso que a gente busca, ser inspiração e nortear as pessoas. Empurrar e puxar para um caminho de alegria, de informação, de entretenimento, de serviços e estar junto, vivenciando o dia a dia da sociedade.” Foto: reprodução
As emissoras afiliadas ao SBT sob a bandeira da Rede Norte de Comunicação incluem a TV Norte Amazonas, TV Norte Tocantins, TV Norte Acre e TV Norte Boa Vista. Além disso, o grupo expandiu sua atuação em parceria com a TV Band de Roraima e mantém rádios no Amazonas, Brasília e um portal de notícias online.
Os diretores executivos das afiliadas reforçam o compromisso em envolver as comunidades locais, trazendo os cidadãos para mais próximo da informação. Cynthia Noleto, diretora executiva TV Norte Roraima, destaca a criação e iniciativas que aproximam o povo da emissora. Manoel Maia, da TV Norte Acre, enfatiza o crescimento contínuo da rede, resultando em um jornalismo ágil e confiável.
“Apontar o Novo Norte é o nosso caminho.” Foto: Reprodução
A Rede Norte de Comunicação também se preocupa em desenvolver programas de convergência regional, refletindo e debatendo temas de relevância e investigando problemas que afetam diversos âmbitos da sociedade. A rede se destaca por seu compromisso com o jornalismo sério, ético e responsável, combatendo notícias falsas e contribuindo com informações, cultura e serviços para a sociedade.
O sucesso da Rede Norte é evidente nos números, com mais de 1.6 milhão de telespectadores alcançados no Amazonas somente no primeiro semestre de 2023, representando quase 40% de crescimento nos últimos dois anos. Nas mídias digitais, a rede impacta cerca de 40 milhões de pessoas mensalmente.
Assim, através de uma atuação integrada em múltiplas plataformas, o Grupo Norte de Comunicação mantém como essência a missão de ser um agente de transformação social, sempre apontando para um “Novo Norte” e impulsionando a região com informação, entretenimento e serviços de qualidade.
Durante a 8ª edição do Festival do Feijão, realizada neste domingo (29), o senador Sérgio Petecão (PSD-AC) e o prefeito Valdélio Furtado inauguraram a nova praça de esportes de Marechal Thaumaturgo. A obra, orçada em R$ 1,9 milhão, foi viabilizada por meio de emenda parlamentar destinada pelo senador.
Moderno e multifuncional, o espaço foi projetado para atender a diferentes faixas etárias e para promover o bem-estar da população. A estrutura inclui quadra de tênis, concha acústica, área para atividades físicas, playground, quiosque e espaço verde, reunindo esporte, cultura e lazer em um só local.
A inauguração marca um avanço na infraestrutura urbana do município ao valorizar os espaços públicos e fomentar a convivência social. A iniciativa reforça o compromisso das autoridades com o desenvolvimento local e a melhoria da qualidade de vida dos moradores.
“Tenho muito orgulho do meu trabalho municipalista. Meu compromisso é com as pessoas, com cada município do nosso estado. Esta praça é mais do que uma obra: é um espaço de encontro, de lazer e de dignidade para o povo de Marechal Thaumaturgo”, afirmou.
O prefeito, Valdélio Furtado, também destacou a importância da obra: “Essa praça representa um sonho antigo da nossa população. É gratificante ver um espaço tão bonito e completo sendo entregue ao nosso povo. Agradeço ao senador Petecão pelo apoio e parceria em mais essa conquista.”
Durante o Seminário Internacional TXAI Amazônia, realizado em Rio Branco entre os dias 25 e 28 de junho, a gestora ambiental Magaly Medeiros compartilhou sua visão sobre os caminhos da bioeconomia e o papel estratégico do Acre nas políticas públicas para a floresta em pé. Com longa trajetória no setor ambiental do Estado, Magaly atuou diretamente na construção e implementação do Sistema de Incentivos a Serviços Ambientais (SISA) e do programa REM Acre, hoje referência replicada em outros estados como o Mato Grosso.
Atualmente à frente da Aripua Consultoria Socioambiental, empresa que atua com projetos ligados à sociobiodiversidade, Magaly participou do seminário como convidada e avaliou os debates com foco na valorização dos saberes tradicionais. “A principal mensagem que levo do TXAI é que a bioeconomia precisa ter um olhar atento para os saberes e a ciência dos povos indígenas e das comunidades tradicionais. A floresta em pé não se sustenta sem políticas públicas consistentes”, afirmou.
Para Magaly, o seminário reforçou o protagonismo cultural e político dos povos da floresta. “Mostrou o valor da floresta em pé e evidenciou o protagonismo dos povos do Acre nesse processo”, destacou. Segundo ela, eventos como o TXAI são fundamentais para fomentar o pensamento crítico, especialmente ao criar espaços de escuta e troca entre diferentes visões e experiências: “O seminário propicia um espaço de diálogo para discutir e debater diferentes pontos de vista.”
Ao avaliar a relação entre conservação ambiental e dimensões sociais e culturais, Magaly apontou que o seminário abordou a biodiversidade de forma transversal, com maior ênfase no desenvolvimento da bioeconomia ancorado na ciência e na tecnologia, mas sem deixar de lado os conhecimentos dos jovens e dos povos tradicionais.
Magaly também prestigiou – Apresentação do Projeto Mamgap do povo Zoró apoiado pelo REM MT – Sala Casos de Sucesso / Foto: Cedida
Na entrevista, ela também ressaltou o papel do Estado na formulação de políticas sustentáveis. “O papel do Estado é essencial na construção de soluções sustentáveis. A experiência do REM Acre, por exemplo, foi fundamental para que o Mato Grosso pudesse replicar essa política com o REM MT. Hoje, essa iniciativa está avançando em projetos voltados à autonomia dos povos indígenas e ao fortalecimento das cadeias de valor”, explicou.
O TXAI Amazônia reuniu lideranças indígenas, gestores públicos, pesquisadores e representantes do setor privado para discutir caminhos viáveis para a bioeconomia na Amazônia Legal. Com foco nos saberes tradicionais, inovação e valorização dos territórios, o evento se consolida como espaço estratégico para pensar políticas de desenvolvimento regional baseadas na sociobiodiversidade.
No terceiro dia do Seminário Internacional Txai Amazônia, realizado no espaço e_Amazônia da Universidade Federal do Acre, o painel Uso da terra com sabedoria como base para a gestão territorial de terras protegidas e mitigação às mudanças climáticas propôs um diálogo profundo entre ciência, ancestralidade e política pública. Sob mediação do pesquisador Eufran Amaral (Embrapa), a roda de conversa reuniu o coordenador da Funai Jefferson Fernandes, o antropólogo indígena Daniel Iberê, o professor Valdinar Melo (UFRR) e a ambientalista Julie Messias, para responder a uma questão central: como o uso do território pode ser motor de transformação diante da emergência climática?
Jefferson Fernandes: política indigenista e instrumentos de gestão
Abrindo o painel, Jefferson Fernandes apresentou a estrutura e os desafios enfrentados pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), autarquia vinculada ao Ministério dos Povos Indígenas. Ele explicou que a Funai atua em cinco frentes principais: proteção e promoção dos direitos indígenas, administração do patrimônio indígena, produção de estudos e pesquisas, monitoramento de políticas públicas diferenciadas e fomento ao etnodesenvolvimento. Com a criação do Ministério dos Povos Indígenas, disse Jefferson, os povos originários passaram a ter protagonismo na formulação das políticas que os afetam.
Um dos pontos centrais da fala foi a Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI), criada por decreto em 2012 e ainda em luta para ser transformada em lei. A política, segundo ele, é estratégica para assegurar a conservação, a sustentabilidade e o planejamento dos territórios indígenas — não como instrumentos burocráticos, mas como “planos de vida” construídos pelas próprias comunidades, respeitando seus tempos e saberes. Fernandes destacou que, apesar do aumento de recursos em decorrência da ADPF 709 (medida do STF durante a pandemia), o orçamento da Funai segue insuficiente para as múltiplas demandas da Amazônia. “Não há gestão de território sem demarcação. Sem terra garantida, não há política pública eficaz”, alertou.
Daniel Iberê: o mundo que insiste em replantar o mundo
A fala mais simbólica e comovente veio de Daniel Iberê, indígena Mbyá Guarani e antropólogo, que costurou imagens poéticas com críticas contundentes à exclusão dos povos indígenas dos processos de decisão. “Desde que a bota colonial pisou pela primeira vez o nosso solo, começou o nosso desviver”, afirmou. Para Iberê, não é possível falar de sabedoria no uso da terra sem compreender que os territórios são vivos, repletos de espiritualidade, história e afetos. Ele criticou a forma como licenças ambientais ignoram a presença dos espíritos dos lugares e ressaltou que os povos indígenas não são convidados a deliberar sobre as políticas que lhes dizem respeito.
Ao questionar a lógica da monocultura, da mineração e da mercantilização da natureza, Iberê alertou que a febre da Terra, nomeada como “emergência climática” pelo mundo não indígena, já ameaça o futuro de todos. “A pata do boi segue avançando sobre o nosso território. Semeiam desertos em monocultivos e dizem que há paz — uma paz triste de cemitérios.” Em tom de denúncia e esperança, afirmou que os povos originários seguem replantando a diversidade, mesmo diante da violência. “Não somos um galho da ciência europeia. Somos árvores inteiras, somos floresta.”
Valdinar Melo: o solo como fundamento da vida
Na sequência, o professor Valdinar Melo trouxe a perspectiva técnico-científica sobre o solo amazônico e sua diversidade. “Sem solo, não há vida. É do solo que vem a nossa carne, a nossa energia, o nosso pensamento”, disse. Com ampla experiência em pedologia e manejo, Melo alertou para a necessidade urgente de zonamentos mais detalhados, regionais e locais, que considerem os diferentes tipos de solo e clima existentes na Amazônia. “Não se pode planejar o uso da terra sem conhecer profundamente a paisagem.”
Ele defendeu a instalação de estações meteorológicas em comunidades tradicionais para fortalecer o monitoramento climático e a autonomia territorial. Também chamou atenção para o uso de resíduos orgânicos e minerais locais como alternativa à dependência de insumos importados, como o fosfato. Relatou experiências com compostagem de resíduos do açaí, madeira e piscicultura em Roraima, com o objetivo de produzir biofertilizantes adaptados às realidades locais. Em tom crítico, disse que “a chave do passado que nos trouxe até aqui quebrou” e que é preciso pensar em práticas conservacionistas, não como regra geral, mas adaptadas a cada território.
Julie Messias: pontes entre ancestralidade, mercado e políticas públicas
Fechando o painel, Julie Messias, diretora da Aliança Brasil de Soluções Baseadas na Natureza, defendeu a valorização dos chamados “territórios vivos” — espaços onde biodiversidade, modos de vida e saber tradicional formam um ecossistema dinâmico e interdependente. Para ela, os conhecimentos ancestrais já são tecnologias e precisam ser reconhecidos como tal. “Não podemos falar de inovação sem olhar para as práticas que já existem nas comunidades. A bioeconomia começa ali”, afirmou.
Julie trouxe números que ilustram o papel das terras indígenas na proteção da floresta: segundo o MapBiomas, essas áreas têm índice de desmatamento 20 vezes menor do que as propriedades privadas. Ela também destacou os entraves para o financiamento climático, especialmente a dificuldade das comunidades amazônicas em acessar os recursos internacionais. “Mais de 80% das associações estão inadimplentes. Como acessar editais com essa realidade?”, questionou. Por fim, apontou que o mercado de carbono e as políticas públicas precisam ser moldados com base em integridade, justiça climática e inclusão, sob risco de reproduzirem as desigualdades que dizem combater.
Um caminho que passa pelos territórios
O painel reafirmou que a resposta à crise climática não será encontrada apenas nos grandes fóruns internacionais, mas na escuta e no reconhecimento das vozes da floresta. Os caminhos apresentados pelos participantes não são homogêneos, mas convergem na necessidade de respeitar a diversidade biocultural, investir em governança territorial, e equilibrar tecnologia com ancestralidade. A Amazônia, disseram, não precisa ser reinventada — ela precisa ser respeitada. E isso só será possível se os que vivem nela forem os verdadeiros protagonistas de seu futuro.