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MEIO AMBIENTE

“Aprovação do PL2903 é Retrocesso dos Direitos Indígenas e Chamado à Continuidade da Luta”, Júnior Manchineri

“Sim a PL 2903, é de uma violência inimaginável contra os povos indígenas”

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Na tarde de quarta-feira (23/08), a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado aprovou, por uma margem de 13 votos a favor e 3 contra, o Projeto de Lei 2903, que visa transformar o controverso marco temporal em lei. O projeto, anteriormente conhecido como PL 490, agora segue para a avaliação da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania. A aprovação gerou forte reação, incluindo a voz do Coordenador da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Rio Branco, Acre, Júnior Manchineri.

Em uma série de tweets, Júnior Manchineri expressou tristeza, mas não surpresa, diante da aprovação do PL 2903. Ele destacou que a aprovação do projeto representa um retrocesso significativo para a política indígena e indigenista, comprometendo direitos constitucionais e originários.

Afirmou que a aprovação do PL demonstra a influência de uma comissão com forte presença de ruralistas. “Não obstante, na votação da comissão, estava presente um senador que publicamente se colocou favorável aos povos indígenas, contra o Marco Temporal. Mas ao encerrar da votação, lá estava seu “SIM” para esse PL inconstitucional. Tal tese é de uma violência inimaginável contra os povos indígenas, que residem neste território desde tempos imemoriais”, declarou.

A crítica faz menção a uma fala do senador acreano Petecão, que esteve presente em um ato dos povos indígenas, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) e reafirmou compromisso com esta população e suas lutas.

Júnior Manchineri ressaltou a violência da tese do marco temporal, que desconsidera a presença ancestral dos povos indígenas em seus territórios, buscando apagar identidades, culturas e a própria existência dessas comunidades. “É tentar apagar identidades, culturas, cosmologias, territorialidades e a própria existência enquanto ser. O Brasil antes de ser Brasil, ele era indígena !!Esse território era indígena, por carregar uma singular pluralidade”, afirmou.

O PL 2903 vai além do marco temporal e contém oito pontos que representam retrocessos aos direitos dos povos indígenas, como apontado em nota técnica publicada pelo departamento jurídico da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib). Entre os pontos destacados estão a transferência da competência de demarcação de terras do executivo para o legislativo, construção de rodovias e hidrelétricas em territórios indígenas sem consulta prévia, a mitigação das diferenças entre posse tradicional e posse privada, autorização para questionar processos demarcatórios e reconhecimento de títulos de terras em áreas ocupadas por comunidades tradicionais.

MEIO AMBIENTE

Acre é destaque com programa de desenvolvimento sustentável na COP 16

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O Programa de Desenvolvimento Sustentável do Acre (PDSA) foi destaque na 16ª Conferência das Partes (COP 16) da Convenção da ONU sobre Diversidade Biológica (CBD), realizada em Cali, Colômbia. O projeto, executado pelo governo do Acre com apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), foi o único da Amazônia financiado pela instituição que obteve uma avaliação positiva em sua conclusão.

Iniciado em 2003, o PDSA foi desenvolvido em duas fases, encerrando suas atividades em 2021. O programa teve como foco o desenvolvimento sustentável da região, promovendo o manejo florestal, a redução do desmatamento e o incentivo à geração de renda em pequenas propriedades familiares e comunidades extrativistas. Entre as principais atividades implementadas estão o aproveitamento do látex, castanha e madeira, recursos manejados de forma sustentável pelas populações da floresta.

Durante a conferência, o BID apresentou um vídeo destacando os resultados do PDSA, com foco na experiência da comunidade do Seringal Rio Branco, em Xapuri. O material audiovisual acompanha o trabalho de moradores locais que se beneficiaram do programa, como a jovem Raiara de Barros, presidente da Associação de Produtores e Produtoras Agroextrativistas do Seringal Floresta e Adjacências. Barros, que cresceu durante a implementação do PDSA, coordena atualmente o Ateliê da Floresta, uma iniciativa que reaproveita resíduos de madeira para a produção de artefatos.

O evento é um marco importante para a discussão de estratégias de preservação da biodiversidade e desenvolvimento sustentável. A COP 16 reuniu líderes globais para negociar acordos e revisar políticas ambientais, destacando a importância de modelos de desenvolvimento que aliam preservação ambiental e geração de renda para comunidades tradicionais.

Fontes: BID, Governo do Acre

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MEIO AMBIENTE

Ministério do Meio Ambiente amplia Bolsa Verde para beneficiar mais famílias no Acre

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O Ministério do Meio Ambiente anunciou a ampliação do Programa Bolsa Verde, que oferece um benefício de R$ 600 trimestrais a famílias que utilizam de maneira sustentável os recursos naturais em áreas protegidas. O anúncio foi feito pela ministra Marina Silva no dia 18 de outubro, durante evento em Brasília.

A ampliação do programa inclui 71 novas áreas nos estados do Acre, Pará, Amazonas, Amapá, Maranhão e Rondônia, beneficiando famílias que vivem em territórios considerados prioritários para a conservação ambiental. Com essa inclusão, o número de famílias atendidas pelo Bolsa Verde deverá aumentar de 42 mil para 50 mil em todo o país.

Criado para incentivar a preservação ambiental, o Bolsa Verde havia sido interrompido em gestões anteriores, mas foi retomado em 2023 com o objetivo de apoiar a manutenção das áreas de conservação e garantir uma renda mínima para as populações que vivem nessas regiões.

Além da ampliação do programa, o Ministério do Meio Ambiente lançou um edital de R$ 60 milhões para a contratação de entidades que oferecerão assistência técnica e extensão rural a 15 mil famílias participantes do Bolsa Verde na Amazônia e em áreas costeiras. O prazo para inscrição das entidades interessadas vai até 20 de novembro.

As ações do Bolsa Verde fazem parte de uma estratégia maior do governo federal para conciliar preservação ambiental e desenvolvimento social, buscando fortalecer a gestão sustentável dos recursos naturais e melhorar as condições de vida das famílias em áreas protegidas.

Foto: Arison Jardim

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MEIO AMBIENTE

Multas por queimadas ilegais no Acre chegam a quase R$ 19 milhões

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A Advocacia-Geral da União (AGU) aplicou aproximadamente R$ 19 milhões em multas a responsáveis por queimadas ilegais no Acre em 2024. A maior parte das autuações ocorreu na Reserva Extrativista Chico Mendes, onde foram lavrados 99 autos de infração, totalizando R$ 17,9 milhões. Na Reserva Extrativista do Alto Acre, outros 13 autos de infração geraram multas no valor de R$ 268 mil.

As ações de fiscalização foram intensificadas devido ao aumento das queimadas criminosas nas áreas protegidas do estado. A prática ilegal tem causado danos significativos às reservas extrativistas, afetando diretamente a vegetação local e ameaçando a biodiversidade.

Os recursos provenientes das multas serão destinados à recuperação ambiental dessas áreas e ao fortalecimento de políticas de combate ao desmatamento e às queimadas ilegais.

Foto: Sérgio Vale / Vale Comunicação

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