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Política

Acre Day fortalece integração comercial entre empresas locais, Bolívia e comitivas brasileiras na Expocruz

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O governo do Acre realizou na segunda-feira, 22 de setembro, o Acre Day, evento que reuniu mais de 30 empresas locais na Expocruz 2025, em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. A iniciativa buscou ampliar a integração econômica entre empresários acreanos, bolivianos e comitivas de diferentes estados brasileiros presentes na feira internacional.

A programação incluiu apresentações culturais, exposição das matrizes econômicas do estado, informações sobre a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) e sobre obras em andamento. Também houve degustação de pratos típicos preparados com produtos da indústria acreana, como forma de atrair investidores e estreitar relações comerciais. Autoridades do Acre, do Mato Grosso, membros da Assembleia Legislativa e do Consulado-Geral do Brasil em Santa Cruz participaram do encontro.

O secretário de Indústria, Ciência e Tecnologia do Acre, Assurbanípal Mesquita, destacou que a ação foi uma oportunidade de demonstrar os esforços do governo estadual. “O Acre Day é uma forma de gerar integração para facilitar os contatos em agendas conjuntas com outras instituições e o empresariado de Santa Cruz, o departamento boliviano mais rico do país. A parceria com a Aleac foi fundamental para o sucesso de público”, afirmou.

O deputado estadual Luiz Gonzaga, primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, reforçou a importância da cooperação. “Essa integração é muito importante não só para a Bolívia, mas para o nosso governo. Precisamos exportar mais, desenvolver nosso turismo e fortalecer os laços culturais”, disse.

O cônsul-geral do Brasil em Santa Cruz, Américo Dyott Fontenelle, elogiou a iniciativa. “Espero que se repita em outras edições da Expocruz ou até mesmo fora do evento. Se voltar à Bolívia e Peru, parceiros históricos do Brasil, com grandes, médias e pequenas empresas brasileiras, trará benefícios mútuos”, declarou.

A presidente da Associação Comercial, Industrial, de Serviço e Agrícola (Acisa), Patrícia Dossa, ressaltou o potencial de investimentos. “É uma grande oportunidade de mostrar um pouco do nosso estado aos empresários bolivianos e convidá-los a investir. Temos uma divisa de mais de 600 quilômetros com a Bolívia. Precisamos transformar essa vizinhança em negócios reais”, observou.

Do lado boliviano, o empresário Fausto Ardalla Bernal, presidente do Grupo Empresarial Ardaya, apontou a relevância da Rota Quadrante Rondon para o desenvolvimento conjunto. Já César Miranda, secretário de Desenvolvimento Econômico do Mato Grosso, destacou a necessidade de cooperação entre estados brasileiros. “O caminho é esse: trabalhar unidos para melhorar essa logística. O Acre é o caminho natural na ligação do Brasil com o Pacífico. Quem ganha com os nossos governos unidos é o povo”, afirmou.

MEIO AMBIENTE

Aliança Brasil NBS participa da Climate Week NYC 2025 com foco em soluções baseadas na natureza

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A Aliança Brasil Nature-based Solutions (NBS) iniciou sua participação na Climate Week NYC 2025 com o objetivo de fortalecer o mercado de soluções baseadas na natureza. A agenda da organização começou com a abertura oficial do evento, realizada pelo The Climate Group, no Glasshouse, em Nova York, e contou com a presença da diretora executiva Julie Messias. Ao longo da semana, a Aliança Brasil NBS participa de encontros estratégicos e painéis dedicados à transição climática.

Na cerimônia de abertura, o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, destacou a urgência em acelerar a implementação dos compromissos assumidos e enfatizou o papel central do Brasil e da Amazônia nesse processo.

Um dos destaques da programação foi o painel All in – Protecting Products and Planet in the Real Economy, promovido pelo The Climate Group, que contou com a presença de Dan Ioschpe, Climate High-Level Champion da COP30. Em sua intervenção, ele ressaltou a importância da conferência como espaço para gerar conexões, discutir estratégias de competitividade e compartilhar experiências do setor privado no enfrentamento da crise climática.

Outro momento relevante ocorreu no Sustainable Business COP and Bloomberg High-Level, organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O encontro foi aberto por Michael R. Bloomberg, fundador da Bloomberg, e seguido de um painel de alto nível da COP30. A discussão trouxe à tona desafios da Amazônia, que vão desde questões sociais e o acesso a serviços básicos, como água, até oportunidades que a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas em Belém pode gerar para inserir a região no centro da agenda climática internacional.

Para Julie Messias, a participação da Aliança Brasil NBS evidencia a importância da mobilização do setor privado em iniciativas que tenham reflexo direto no território amazônico. “A semana promete ser de muitas trocas e aprendizados ao longo do caminho. Me orgulha representar empresas tão comprometidas, com equipes dedicadas, CEOs que vivenciam a realidade da Amazônia”, afirmou.

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Política

Prefeitos discutem integração de fronteira e desenvolvimento regional em Brasileia

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O prefeito de Rio Branco e presidente da Associação dos Municípios do Acre (Amac), Tião Bocalom, participou nesta segunda-feira (22) das oficinas de planejamento territorial do Programa Fronteira Integrada, promovidas pelo Governo Federal por meio do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), em Brasileia. O encontro reuniu gestores e representantes federais e estaduais para debater segurança, economia e infraestrutura nas áreas de fronteira.

Bocalom destacou a necessidade de cooperação entre os entes federativos e chamou atenção para o impacto do tráfico de armas e drogas nas fronteiras com o Peru e a Bolívia. Segundo ele, ouvir prefeitos e comunidades locais é fundamental para a definição de políticas eficazes. O prefeito também defendeu que a melhoria da qualidade de vida depende da geração de emprego e renda, e não apenas de programas de assistência social.

O evento contou com a presença de Dayve Moraes Piva, do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, que ressaltou a importância da integração de ações entre governos e comunidades para enfrentar facções criminosas e fortalecer a economia regional. Francimar Cavalcante, da Secretaria de Planejamento do Acre, reforçou que ouvir a população é essencial para definir planos de ação que atendam às necessidades locais.

Na mesma data, Bocalom se reuniu com o prefeito de Brasileia, Carlinhos do Pelado, em encontro institucional para fortalecer o diálogo entre os municípios. Durante a visita, o presidente da Amac destacou o papel da associação como parceira das prefeituras e apontou a vocação agrícola de Brasileia, especialmente para a produção de café, como alternativa de desenvolvimento sustentável. Ele defendeu mais investimentos em assistência técnica e fomento agrícola por parte do governo estadual.

Carlinhos ressaltou que a agricultura é a base para diversificar a economia e reduzir a dependência da prefeitura como principal empregadora. Citou iniciativas como a parceria com Santa Catarina, que atraiu investidores interessados em instalar uma fábrica de chope no município, e reforçou o potencial de culturas como café, banana e cacau para geração de emprego e renda.

Ao final da visita, Bocalom avaliou que os prefeitos acreanos estão engajados em buscar alternativas sustentáveis de crescimento e apontou Brasileia como exemplo nesse processo.

Foto: Assessoria

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Direto ao ponto

O purgatório entre a memória e o futuro

A esquerda no Acre será capaz de converter a memória de 20 anos de poder em um futuro político real em 2026?

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A esquerda no Acre vive um dilema. Em público, seus discursos falam de unidade, mobilização e esperança. Nos bastidores, porém, a realidade é menos animadora: faltam diálogo, articulação e, sobretudo, disposição para construir um projeto coletivo que vá além das vaidades individuais. O desafio não é apenas de uma sigla, mas de todo o campo progressista, que precisa transformar a memória de duas décadas de poder em propostas capazes de dialogar com a sociedade de hoje.

Esse período de hegemonia foi liderado pelo PT, com Jorge Viana, Binho Marques e Tião Viana à frente. Jorge transformou Rio Branco quando prefeito e promoveu mudanças estruturais no estado em seus dois mandatos como governador; no Senado, consolidou projeção nacional. Binho fez um governo de consenso, conciliador e distante das disputas políticas. Já Tião Viana deu continuidade ao projeto, mas foi criticado por excessos políticos, ao construir alianças em detrimento de antigos aliados. Muito do que o Acre vive hoje é fruto direto desse ciclo. Essa história não pode ser apagada e, gostem ou não, ainda pesa na balança eleitoral.

O problema é que a esquerda parece presa a esse passado. Em vez de dialogar com a sociedade de hoje, acomoda-se na memória de ontem. O próprio Jorge Viana reconheceu que muitos viraram as costas ao partido que liderou o processo, mas o que não se diz é que a esquerda também virou as costas para antigos aliados, apoiadores e até para suas próprias bases. A consequência é clara: perdeu capacidade de diálogo e já não consegue articular um projeto coletivo.

Há nomes respeitados, sim. Dentro da federação PT–PCdoB–PV figuram lideranças com trajetórias sólidas: Perpétua Almeida (PCdoB), Raimundo Angelim (PT), Aníbal Diniz (PT), Sibá Machado (PT), Nazaré Araújo (PT), Daniel Zen (PT), Shirley Torres (PV), Dr. Dudu (PCdoB) e Binho Marques (PT). Experiência não falta, muitos já foram testados nas urnas e têm capacidade de atrair votos. O que falta é uma liderança capaz de unificar essa diversidade em torno de um projeto maior do que disputas internas e cálculos individuais. Para além disso, é preciso incorporar a inclusão como prática concreta: ser diverso não é suficiente se essa diversidade não se traduzir em participação efetiva, diálogo amplo e renovação de ideias.

O desafio de 2026 está lançado. Ou a esquerda acreana rompe com o saudosismo e reencontra a capacidade de diálogo, ou ficará reduzida a uma frente nostálgica, que sobrevive de lembranças em vez de propostas. O Acre precisa de futuro. Cabe aos partidos progressistas decidir se serão parte dele ou apenas uma nota de rodapé em sua própria história.

O certo é que o futuro chega com o novo e, para isso, é impreterível ouvir, abrir espaço e deixar que ele aconteça.

Foto: Reprodução Instagran

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