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MEIO AMBIENTE

Acre investe em novos equipamentos para combate a queimadas

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O Estado do Acre implementou novos recursos e tecnologias para combater as queimadas que afetam a região, especialmente nos meses de julho a setembro. Entre as novas aquisições está o Bambi Bucket, um equipamento utilizado em operações aéreas de combate a incêndios florestais. O equipamento é um grande balde flexível, carregado por helicópteros, que transporta e lança grandes quantidades de água sobre áreas atingidas pelo fogo.

A Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Acre (Sejusp), por meio do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), realizou o primeiro treinamento com o Bambi Bucket no loteamento Ypê, em Rio Branco. O treinamento contou com a participação de pilotos, copilotos e operadores, que praticaram a utilização do equipamento para garantir a precisão das operações de combate às queimadas. O Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC) também esteve presente e será um dos principais beneficiários do uso do equipamento.

O Bambi Bucket tem a capacidade de transportar 820 litros de água, que são lançados diretamente sobre as áreas afetadas. A operação é coordenada entre o piloto, que manobra o helicóptero, e o operador do sistema, que libera a água sobre o foco de incêndio.

O secretário de Justiça e Segurança Pública do Acre, coronel José Américo Gaia, destacou que o equipamento é especialmente útil em áreas de difícil acesso terrestre, onde o uso de caminhões de bombeiros é inviável. O coordenador do Ciopaer, Sergio Albuquerque, ressaltou que o treinamento foi essencial para capacitar as equipes e preparar o estado para enfrentar a temporada de queimadas, que tende a se intensificar nos próximos meses.

O investimento faz parte de um montante de R$ 24 milhões destinados à aquisição de uma nova aeronave e equipamentos de combate a incêndios, como o Bambi Bucket. Esses recursos visam melhorar a resposta do Estado às queimadas, ampliando a capacidade de ação das equipes no terreno e em áreas remotas. Além de apagar incêndios, o equipamento pode ser utilizado para operações de evacuação e resgate em situações de emergência.

A secretária de Meio Ambiente, Julie Messias, frisou a importância do reforço no enfrentamento às queimadas, especialmente diante do cenário de seca prolongada e baixa umidade do ar. O uso do Bambi Bucket permite maior rapidez no combate ao fogo, ajudando a proteger tanto as florestas quanto as comunidades locais.

Com esses investimentos, o Estado do Acre fortalece sua capacidade de resposta às queimadas, oferecendo mais suporte às forças de segurança e proteção ao meio ambiente.

MEIO AMBIENTE

Poeira do Saara é registrada três vezes na Amazônia no primeiro trimestre de 2025

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O Observatório da Torre Alta da Amazônia (ATTO) registrou três eventos intensos de transporte de poeira do deserto do Saara para a floresta amazônica entre janeiro e março de 2025. As concentrações de partículas finas (PM2.5) chegaram a valores entre 15 e 20 μg/m³, níveis de quatro a cinco vezes maiores do que a média da estação chuvosa na região, que gira em torno de 4 μg/m³.

Os eventos ocorreram nos seguintes períodos: de 13 a 18 de janeiro, de 31 de janeiro a 3 de fevereiro, e de 26 de fevereiro a 3 de março. A detecção foi feita por instrumentos científicos instalados no topo da torre de 325 metros de altura, localizada em área remota da floresta, e equipada para monitorar a composição da atmosfera 24 horas por dia.

O ATTO é um projeto coordenado pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) em parceria com o Instituto Max Planck da Alemanha, sob responsabilidade do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O objetivo é estudar a interação entre a floresta amazônica e a atmosfera, desde o solo até altitudes elevadas.

Segundo Rafael Valiati, doutorando em física atmosférica pela Universidade de São Paulo (USP), esses episódios são comuns entre dezembro e março, período em que a Zona de Convergência Intertropical se posiciona mais ao sul, favorecendo o transporte transatlântico da poeira. “Essas partículas viajam mais de 5 mil km entre África e América do Sul, sendo transportadas entre 7 e 14 dias, a depender da velocidade dos ventos e das chuvas no percurso”, explicou.

De acordo com o coordenador brasileiro do projeto ATTO, Carlos Alberto Quesada, estudos já demonstram que a poeira do Saara pode contribuir para a fertilização do solo amazônico, especialmente pelo conteúdo de potássio e fósforo.

Além de seu papel na fertilidade do solo, o monitoramento dessas partículas também ajuda na compreensão dos efeitos dos aerossóis no ciclo da água e na formação de nuvens. O MCTI destaca que os dados coletados são essenciais para entender a resposta da floresta às mudanças climáticas e ao uso do solo.

A pesquisa segue em curso e está sendo usada para aprofundar o conhecimento sobre o impacto da poeira mineral no ecossistema amazônico. O monitoramento contínuo da atmosfera é considerado estratégico para o avanço da ciência no Brasil e para a formulação de políticas ambientais baseadas em evidências.

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MEIO AMBIENTE

Estudo indica espécies nativas ideais para reflorestamento da Amazônia com base científica

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A Embrapa Amazônia Oriental e instituições parceiras divulgaram um estudo que identifica as áreas e espécies mais adequadas para o reflorestamento da Amazônia com base em critérios científicos. A pesquisa foi publicada em junho de 2025 na revista Forests e apresenta o “zoneamento topoclimático” como metodologia para guiar projetos de restauração ecológica, contribuindo para metas de carbono, recuperação de áreas degradadas e fortalecimento da bioeconomia.

Coordenado pela pesquisadora Lucieta Martorano, o estudo analisou mais de 7,6 mil registros georreferenciados de espécies florestais nativas, como o angelim-vermelho (Dinizia excelsa), ipê-amarelo, copaíba, paricá e mogno-brasileiro. Os dados foram cruzados com informações climáticas e topográficas da região amazônica coletadas entre 1961 e 2022. O resultado foi a elaboração de mapas que indicam o grau de aptidão ambiental – alto, médio ou baixo – para o plantio de cada espécie.

Entre os destaques, o angelim-vermelho apresentou 81% de alta aptidão topoclimática em áreas antropizadas. Já espécies como o marupá (Simarouba amara) mostraram grande plasticidade ambiental, podendo ser utilizadas em áreas menos favoráveis quando acompanhadas de manejo adaptativo.

O pesquisador Silvio Brienza Júnior, da Embrapa Florestas, coautor do estudo, afirma que o modelo oferece base técnica para direcionar políticas públicas e atrair investimentos internacionais: “Quando o país identifica com precisão onde e como reflorestar, cria melhores condições para atrair investimentos climáticos internacionais”.

O estudo contribui diretamente para o cumprimento de metas brasileiras no Acordo de Paris, como o reflorestamento de milhões de hectares, e será apresentado como destaque na COP30, que ocorrerá em novembro em Belém (PA). A metodologia também está alinhada à Lei de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), que incentiva ações de conservação e restauração por meio de compensações financeiras.

Além de apoiar políticas públicas, o estudo fortalece o mercado de crédito de carbono e os Sistemas Agroflorestais (SAFs), unindo conservação da biodiversidade com geração de renda e inclusão social.

Mais informações estão disponíveis no site da Embrapa: www.embrapa.br

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Educação

Câmara aprova proposta que inclui regras específicas de educação ambiental para escolas da região Norte

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A Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais da Câmara dos Deputados aprovou, em 11 de julho de 2025, o Projeto de Lei 4459/2024, que estabelece diretrizes específicas para a inclusão da educação ambiental no currículo do ensino básico das escolas da região Norte do Brasil.

De autoria dos deputados Amom Mandel (Cidadania-AM) e Duda Ramos (MDB-RR), a proposta altera a Lei nº 9.795/1999, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, para incluir conteúdos adaptados às características e desafios da Amazônia. Entre os temas obrigatórios estão a gestão sustentável da água, a conservação dos recursos hídricos e da biodiversidade, e ações de preservação ambiental voltadas às necessidades locais.

A deputada Meire Serafim (União-AC), relatora da proposta, defendeu a aprovação destacando que a legislação atual é genérica e não contempla adequadamente as especificidades da região amazônica. Segundo ela, “a Amazônia enfrenta desafios ambientais singulares que demandam abordagens educacionais específicas e contextualizadas”.

A proposta tramita em caráter conclusivo e ainda será analisada pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; de Educação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para entrar em vigor, o texto precisa ser aprovado na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.

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