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MEIO AMBIENTE

Chuva intensa provoca alagamentos e deslizamentos de terra no Acre

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A chuva que atinge o Acre desde sexta-feira (21) causou alagamentos em Rio Branco e deslizamentos de terra em Cruzeiro do Sul. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu, na segunda-feira (17), um alerta de chuvas intensas com grau de severidade “perigo potencial” para o estado. O aviso previa acumulados entre 50 mm e 100 mm por dia, acompanhados de ventos de até 100 km/h.

Rio Branco

Na capital, o acumulado de chuva desde sexta-feira chegou a 112,8 mm. Somente no sábado (22), foram registrados 67 mm. O tenente-coronel Cláudio Falcão, da Defesa Civil, afirmou que o volume já ultrapassa 100 mm, o que representa um risco para inundações. “É uma situação preocupante. Em 2023, tivemos um acumulado de 187 mm e uma catástrofe ocorreu. Nossa equipe já está nas ruas, avaliando as ocorrências junto com o Corpo de Bombeiros”, disse.

Os alagamentos afetaram bairros como Plácido de Castro, Boa União, São Sebastião, Carandá, Conjunto Esperança e Estrada do Calafate. Na Baixada da Sobral, um córrego transbordou, atingindo casas e estabelecimentos comerciais. Na Estrada do Calafate, a entrada do condomínio Swiss Park ficou submersa, impedindo a entrada e saída de veículos.

A chuva também causou o adiamento da partida entre Galvez e Independência-AC pelo Campeonato Acreano no estádio Florestão.

Cruzeiro do Sul

A cidade de Cruzeiro do Sul registrou deslizamentos de terra, exigindo a evacuação de moradores em áreas de risco. Na sexta-feira (21), um deslizamento na Rua Rio Grande do Sul, no Conjunto Mâncio Lima, comprometeu a estrutura de uma casa após um muro de arrimo desabar. A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros realizaram vistoria e ofereceram assistência. O aluguel social foi disponibilizado, e o muro será reconstruído.

Foto: Internet / Instagram

Outro deslizamento ocorreu no sábado (22) na Rua de Alagoas, bairro Remanso. Duas casas foram atingidas, e as famílias foram direcionadas a moradias temporárias com apoio da assistência social. A Secretaria de Obras enviará máquinas para remover a terra acumulada.

A Defesa Civil segue monitorando áreas de risco e recomenda que moradores observem sinais como rachaduras no solo, inclinação de postes e árvores e sons incomuns no terreno. Em caso de emergência, o Corpo de Bombeiros pode ser acionado pelo número 193.

A previsão indica continuidade das chuvas nos próximos dias.

Foto Capa: Jardy Lopes

MEIO AMBIENTE

Dia Mundial da Água: estudo revela como as mudanças climáticas estão afetando os rios do Acre

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Neste Dia Mundial da Água, o Epop convida a refletir sobre uma pergunta urgente: o que está acontecendo com os nossos rios?

Para ajudar a responder, trazemos um estudo produzido por pesquisadoras e pesquisadores da Universidade Federal do Acre (UFAC), que analisou os impactos das mudanças climáticas no estado entre os anos de 2023 e 2024. O levantamento mostra que as transformações no clima estão afetando diretamente a vida da população e o equilíbrio dos nossos rios, que são fonte de água, alimento, transporte e cultura.

De acordo com o estudo, o Acre viveu uma sequência de eventos extremos nos últimos dois anos: inundações, estiagens severas, ondas de calor, vendavais e incêndios. Esses fenômenos não são novos, mas estão se tornando mais intensos e frequentes. E isso tem relação direta com o aquecimento global e o uso desordenado dos recursos naturais.

Os rios são os primeiros a dar sinais dessas mudanças. Quando há excesso de chuvas, como aconteceu em Rio Branco, Tarauacá e Brasiléia, os rios transbordam, invadem casas, destroem plantações e espalham doenças. Quando a chuva falta, como em várias regiões da zona rural, a água desaparece, o gado morre de sede, o peixe some e a produção de alimentos é interrompida.

Entre 2023 e 2024, o governo do estado e as prefeituras emitiram 25 decretos de emergência ou calamidade pública por causa desses eventos climáticos. A maioria está ligada a enchentes e secas. O município de Rio Branco foi o mais afetado. Mas a realidade atingiu todas as regiões do Acre, principalmente as que dependem diretamente dos rios para sobreviver.

Além dos impactos materiais, a saúde das pessoas também foi afetada. Com os rios contaminados ou com volume alterado, aumentaram os casos de doenças como diarreias, hepatites, leptospirose e síndromes respiratórias. As ondas de calor também trouxeram riscos, principalmente para crianças e idosos.

O estudo destaca a importância de reconhecer a relação entre as mudanças no clima e a vida dos rios. A floresta amazônica, que ajuda a manter o ciclo da água e o equilíbrio das chuvas, também está sob pressão. A preservação da floresta e o cuidado com os rios precisam ser parte do nosso cotidiano e das políticas públicas.

Neste Dia Mundial da Água, o Epop reforça a importância de falar sobre o tema com seriedade. Entender os efeitos das mudanças climáticas é um passo importante para proteger a água que corre nos nossos rios e, com ela, a vida que depende deles.

O estudo completo está disponível para leitura no site da UFAC e na plataforma ResearchGate:
🔗 Leia o estudo completo

Foto: Sérgio Vale

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MEIO AMBIENTE

Liderança indígena denuncia morte de sucuri na Reserva Extrativista Alto Juruá

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O líder indígena Haru Kuntanawa denunciou a morte de uma sucuri no rio Tejo, em Marechal Thaumaturgo, na Reserva Extrativista Alto Juruá, no Acre. Segundo ele, o animal era uma das últimas serpentes da região e sua ausência pode impactar o equilíbrio ambiental.

“Simplesmente mais uma das últimas anacondas guardiãs das águas do rio Tejo foi morta, não sabemos por quem”, afirmou. Haru destacou que a presença da espécie é fundamental para a manutenção dos rios. “Precisamos fazer um trabalho de consciência, pois, se continuarem matando as anacondas, nossos rios irão secar muito mais rápido”, alertou.

Ele reconhece que há temor em relação ao tamanho da cobra, mas ressalta que ataques a humanos são raros. “Sei que as pessoas temem elas por serem gigantes, mas não é comum ataque de anaconda a humanos”, explicou.

Para Haru, a preservação da sucuri está diretamente ligada à conservação dos rios e da biodiversidade local. “Devemos tomar cuidado e saber que é um ser vivo que a natureza precisa deles e nós também para os rios continuarem existindo”, concluiu.

A denúncia foi publicada nas redes sociais da liderança indígena, nesta quarta-feira, 19.

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MEIO AMBIENTE

Quando o Rio Acre transborda: as maiores enchentes da história de Rio Branco

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O Rio Acre é parte da vida de quem mora em Rio Branco. Ele corta a cidade, faz parte da paisagem e da cultura local, mas também já trouxe momentos de muita dificuldade para a população. As enchentes fazem parte da história da capital acreana, deixando milhares de famílias desabrigadas, causando prejuízos e transformando a rotina de quem vive às margens do rio.

2015: a maior enchente de todas

A maior cheia da história aconteceu em 2015, quando o Rio Acre atingiu impressionantes 18,40 metros no dia 4 de março. Foi um momento de desespero para muitas famílias. Mais de 100 mil pessoas foram afetadas, muitas precisaram sair de casa às pressas, carregando o que conseguiam. Ruas inteiras ficaram debaixo d’água, comércios fecharam e serviços essenciais foram comprometidos. Quem viveu aquele período lembra da angústia de ver a cidade tomada pelas águas.

2024 e 2023: a ameaça continua

Quase uma década depois, o problema voltou com força. Em 2024, o rio subiu para 17,89 metros, no dia 6 de março, causando alagamentos em vários bairros. Mais uma vez, famílias perderam tudo e precisaram ser resgatadas de barco.

Já em 2023, a cheia também foi severa. No dia 3 de abril, o nível do rio chegou a 17,72 metros, atingindo 13 mil pessoas em todo o estado.

Outras grandes cheias

Em 1997, o Rio Acre atingiu 17,66 metros, afetando mais de 22 mil pessoas. Em 2012, o nível chegou a 17,60 metros, e cidades como Brasiléia ficaram praticamente submersas, com 90% da área urbana debaixo d’água.

Em 1988, o rio marcou 17,11 metros, deixando 18 mil pessoas desabrigadas e provocando grandes prejuízos na capital.

O impacto na vida das pessoas

As enchentes deixam marcas profundas. Além da perda de bens materiais, muitas famílias precisam recomeçar do zero, enfrentando doenças causadas pela água contaminada, dificuldades financeiras e a incerteza de quando poderão voltar para casa.

Os desastres se repetem ao longo dos anos, mas a população continua se reinventando e lutando para se proteger. Muitas iniciativas de solidariedade surgem nesses momentos, com vizinhos ajudando uns aos outros, abrigos sendo organizados e campanhas arrecadando doações para quem perdeu tudo.,

Foto: Sérgio Vale

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