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Marcha das Margaridas 2023 pede reconstrução do Brasil e bem viver

Pauta foi entregue hoje a ministros e ministras; marcha será em agosto

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Trabalhadoras rurais do campo e da floresta realizam, nos dias 15 e 16 de agosto, em Brasília, a sétima edição da Marcha das Margaridas. A mobilização deste ano tem o lema Pela Reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver.

A marcha é organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), com o apoio de outras entidades sindicais. Participam camponesas, quilombolas, indígenas, cirandeiras, quebradeiras de coco, pescadoras, marisqueiras, ribeirinhas e extrativistas de todo o Brasil.

Ministros e ministras do governo receberam, nesta quarta-feira (21), a pauta de reivindicações das mulheres, em cerimônia no Palácio do Planalto. 

“Representamos milhares de mulheres que enraízam a sua existência em uma diversidade de territórios rurais, mulheres que vêm de uma realidade bem difícil. Desempenhamos um importante papel na produção de alimentos saudáveis, aquela comida que chega, de verdade, na mesa do brasileiro. Somos fundamentais para preservação da biodiversidade e para a conservação dos nossos biomas, somos guardiões dos saberes populares que herdamos das nossas ancestralidades”, destacou a coordenadora geral da Marcha das Margaridas, Mazé Morais.

Apesar disso, segundo ela, essas mulheres vivem “as piores condições de acesso à terra, aos territórios, à água, a renda, aos bens da natureza, a moradia digna, saneamento básico e aos serviços e equipamentos de saúde”. “Além de vivenciarmos diversas situações de violência, somos constantemente colocadas na invisibilidade social e política”, acrescentou a trabalhadora.

De acordo com Mazé Morais, a pauta da Marcha das Margaridas de 2023 foi construída em diversas reuniões pelo país, realizadas desde 2021, e apresenta aquilo que as mulheres consideram necessário para “combater a violência sobre os nossos corpos” e “efetivar programas, medidas e ações que contribuam para nossa autonomia econômica”.

“Nós nos guiamos pelos princípios de um feminismo anticapitalista, antirracista, anti-patriarcal que reflete cada uma das nossas realidades; o feminismo que valoriza a vida, vinculando a defesa da agroecologia, dos territórios, dos bens comuns.”

A pauta de reivindicações é composta por 13 eixos:

  1. Democracia participativa e soberania popular
  2. Poder e participação política das mulheres
  3. Vida livre de todas as formas de violência, sem racismo e sem sexismo
  4. Autonomia e liberdade das mulheres sobre o seu corpo e a sua sexualidade
  5. Proteção da natureza com justiça ambiental e climática
  6. Autodeterminação dos povos, com soberania alimentar, hídrica e energética
  7. Democratização do acesso à terra e garantia dos direitos territoriais e dos maretórios (territórios costeiros, influenciados pela maré)
  8. Direito de acesso e uso social da biodiversidade e defesa dos bens comuns
  9. Vida saudável com agroecologia e segurança alimentar e nutricional
  10. Autonomia econômica, inclusão produtiva, trabalho e renda
  11. Saúde, previdência e assistência social pública, universal e solidária
  12. Educação pública não sexista e antirracista e direito à educação do e no campo
  13. Universalização do acesso à internet e inclusão digital

Transversalidade

O diálogo com a coordenação da marcha está sendo liderado pela Secretaria-Geral da Presidência e pelos ministérios das Mulheres e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, em uma agenda transversal com os demais ministérios do governo.

Segundo o ministro da Secretaria-Geral, Márcio Macedo, na próxima segunda-feira (26) já há uma reunião marcada para as equipes dos três ministérios se debruçarem sobre a pauta da marcha, “para que possam ser alcançados os sonhos, os desejos e as necessidades das margaridas, as mulheres desse país inteiro”. O objetivo é já ter respostas para as demandas durante o evento em agosto.

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, destacou que o governo está aberto ao diálogo e afirmou a importância da Marcha das Margaridas para democracia.

“Nós precisamos garantir a democracia, nós precisamos garantir que homens e mulheres, que os pobres sejam incluídos em todo o processo de construção desse país. Mas também é um momento de discutir a questão da participação política das mulheres”, disse, defendendo o enfrentando à misoginia e à perseguição às lideranças femininas.

Já o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, destacou que os estímulos do plano safra para agricultura familiar, que deve ser lançado na semana que vem, estarão centrados na agricultura que é dirigida por mulheres, na agroecologia e no desenvolvimento de máquinas menores para apoio à produção.

“Vai ser um plano safra feminista”, disse. “Dessa cartilha que vocês entregaram, praticamente todos os itens dizem respeito, também, ao nosso ministério. Nós queremos o Pronera [Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária] na zona rural, nós queremos a cobertura de internet, nós queremos a agroindústria, nós queremos programas para a sucessão rural que envolva as jovens mulheres, nós queremos atenção à saúde na zona rural e nós vamos fazer um diálogo intragovernamental”, acrescentou Teixeira.

Machismo

Organizada a cada quatro anos desde o ano 2000, o nome do evento é uma homenagem à trabalhadora rural e líder sindical paraibana Margarida Maria Alves, assassinada em 1983. Margarida é um dos maiores símbolos da luta das mulheres por reconhecimento social e político, igualdade e melhores condições de trabalho e de vida no campo e na floresta.

O presidente da Contag, Aristides Veras dos Santos, destacou que a marcha é das mulheres, mas a luta por direitos e igualdade envolve a todos, no combate ao machismo e aos preconceitos. “Nós, os homens, temos que acabar com essa pecha de superioridade, que de superioridade nós não temos nada”, disse.

“Nós temos que entender que esse mundo é pela igualdade, esse mundo é de respeito e o respeito tem que ser tratado com muita força. A marcha traz todo esse processo. Nós não fazemos uma marcha apenas para reivindicar, mas também para mudar a alma e o coração das pessoas e seus comportamentos. O Brasil precisa enfrentar esse debate, nós vivemos em uma sociedade dividida, uma sociedade muito violenta”, acrescentou Santos.

Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil – Brasília

Educação

Ufac lança processo seletivo para cadastro de professores substitutos

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A Universidade Federal do Acre (Ufac) publicou, nesta segunda-feira (14), o Edital nº 41/2025, referente ao processo seletivo simplificado para formação de cadastro de reserva de professores substitutos. A oportunidade é voltada para o campus de Rio Branco, na área de Língua Estrangeira Moderna – Língua Inglesa.

As inscrições estão abertas e seguem até o dia 21 de julho, às 23h59, exclusivamente por meio do site sistemas2.ufac.br/concurso_docente. A taxa de participação é de R$ 80.

A seleção contempla candidatos de ampla concorrência, pessoas com deficiência e candidatos autodeclarados negros. As provas serão presenciais e acontecerão entre os dias 28 de julho e 7 de agosto.

A contratação será temporária, de acordo com a necessidade da universidade. O processo seletivo tem validade de um ano, podendo ser prorrogado por igual período.

A remuneração varia conforme a titulação e a carga horária semanal. Para 20 horas semanais, os salários vão de R$ 3.590,43 (graduação) a R$ 5.367,43 (doutorado). Para 40 horas, o valor pode chegar a R$ 9.058,29.

O edital completo está disponível no portal da Ufac.

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Notícias

Comunidade LGBTQI+ lidera uso de Inteligência Artificial nos pequenos negócios, aponta Sebrae

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Um levantamento divulgado pelo Sebrae revela que empreendedores da comunidade LGBTQI+ apresentam maior adesão às ferramentas digitais e ao uso de Inteligência Artificial (IA) em comparação ao restante dos pequenos empresários do Brasil. Segundo a pesquisa “Transformação Digital nos Pequenos Negócios”, 73% dos empreendedores LGBTQI+ utilizam IA em seus negócios, enquanto entre os empreendedores heterossexuais esse índice é de 44%.

A pesquisa também aponta que 86% desses empresários utilizam computadores em suas atividades diárias, superando os 77% registrados entre os demais donos de pequenos negócios. Além disso, o uso de ferramentas digitais específicas, como aplicativos para edição de imagens (78%), geração de texto (69%) e criação de imagens (62%), também é mais frequente entre os empreendedores LGBTQI+.

Para Márcio Borges, analista de Empreendedorismo Feminino, Diversidade e Inclusão do Sebrae, os dados refletem a familiaridade da comunidade LGBTQI+ com o ambiente digital, que historicamente funcionou como um espaço mais seguro para interação social e fortalecimento de redes de apoio.

“O ambiente on-line oferece um campo de atuação mais amplo e menos restritivo, onde a identidade e a orientação sexual podem ser menos um obstáculo e mais um diferencial”, destacou Borges.

Outro dado da pesquisa indica que 70% dos empreendedores LGBTQI+ já participaram de cursos on-line, índice também superior ao dos empreendedores heterossexuais (57%). Segundo o Sebrae, esse comportamento reflete uma busca contínua por capacitação e inovação, potencializando a competitividade desses negócios.

A pesquisa reforça o papel do ambiente digital como fator estratégico para o desenvolvimento de empreendimentos liderados por grupos diversos, especialmente em contextos onde ainda existem desafios relacionados à discriminação e ao acesso a oportunidades.

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Cultura

Inscrições abertas: artistas podem se inscrever para se apresentar na Expoacre 2025

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Artistas locais já podem se inscrever para participar da programação dos palcos alternativos da Expoacre 2025. O Governo do Acre, por meio da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM), disponibilizou as fichas de inscrição no site oficial da instituição: www.femcultura.ac.gov.br.

A feira, que celebra 50 anos nesta edição, começa no dia 26 de julho, no Parque de Exposições, em Rio Branco. Os artistas poderão se apresentar nos palcos Sertanejo e Culturarte, que juntos somam 54 apresentações. Os cachês variam de R$ 1 mil a R$ 4,1 mil.

Podem se inscrever artistas nas categorias DJ, voz e instrumento, banda, grupo musical ou grupo de dança. A ficha deve conter informações sobre a atuação artística e experiência profissional. As inscrições podem ser enviadas até as 14h de segunda-feira, 21 de julho, para o e-mail culturartealternativo@gmail.com, ou entregues presencialmente na sede da FEM, no Museu dos Povos Acreanos.

As propostas serão avaliadas por uma comissão com base no currículo, portfólio e comprovação de experiência. Apenas propostas enviadas dentro do prazo serão aceitas.

A seleção integra a programação cultural da Expoacre, maior evento de agronegócio do estado, e tem como objetivo promover a participação de artistas locais nas atividades culturais do evento.

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