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Cultura

Professor do Acre é finalista do Prêmio Jabuti Acadêmico com obra sobre reservas extrativistas

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O professor Anselmo Gonçalves da Silva, do Instituto Federal do Acre (Ifac), campus Xapuri, foi selecionado como finalista do Prêmio Jabuti Acadêmico 2025 na categoria Geografia e Geociências. Ele concorre com o livro Que é Reserva Extrativista? Uma homolo-crítica conceitual, resultado de sua tese de doutorado na Universidade de Coimbra.

A publicação analisa o conceito original das reservas extrativistas criado pelo movimento seringueiro na década de 1980 e como esse modelo foi incorporado às políticas públicas ao longo das décadas. A pesquisa também aborda a realidade atual das reservas no Acre, estado que abriga algumas das primeiras áreas desse tipo no país, como as Reservas Chico Mendes, Alto Juruá, Cazumbá-Iracema, Riozinho da Liberdade e Alto Tarauacá.

Durante o trabalho de campo, Gonçalves entrevistou moradores de diversas reservas extrativistas, reunindo relatos sobre os desafios enfrentados atualmente. Entre os temas levantados estão as restrições ambientais, conflitos com órgãos de gestão e dificuldades econômicas. Segundo o autor, a proposta não é questionar a validade do modelo, mas estimular o debate sobre o resgate de sua concepção original, com foco nas demandas dos povos da floresta.

Natural de Magé (RJ), o professor se mudou para o Acre em 2006, após ser aprovado em concurso público. Atuou como gestor de políticas públicas e, posteriormente, como analista ambiental no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), onde acompanhou comunidades da Reserva Extrativista Chico Mendes. Essa vivência contribuiu para a construção da crítica presente na obra, que reflete sobre os rumos da institucionalização das reservas no Brasil.

A premiação é organizada pela Câmara Brasileira do Livro em parceria com a SBPC e a Academia Brasileira de Ciências, e tem como objetivo reconhecer produções científicas e técnicas de relevância nacional. A cerimônia será realizada em 5 de agosto, no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo.

Ao comentar a indicação, Gonçalves afirmou que o reconhecimento nacional da obra representa uma valorização da produção científica feita a partir da realidade amazônica. “É uma conquista coletiva. A pesquisa foi feita no Ifac, nas reservas, com base nas experiências do território”, declarou.

Com informações do G1 Acre

Cultura

Literatura indígena ganha espaço na Flip e amplia alcance de vozes amazônicas

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A 23ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) destacou a presença de autoras indígenas e da Amazônia, com participação ativa na programação paralela promovida pelo Sesc Santa Rita. A iniciativa reforçou o papel da literatura como ferramenta de expressão, memória e resistência de povos originários.

Entre os destaques esteve a escritora e professora Sony Ferseck, do povo Macuxi, que fundou a primeira editora independente de Roraima voltada à publicação de autores indígenas. Criada em 2019, a Wei Editora tem como foco obras bilíngues e narrativas oriundas da tradição oral. Ferseck compartilhou experiências com o projeto Panton Pia’, voltado à escuta de anciãos indígenas. A partir desses relatos, a editora viabilizou publicações que permitiram a esses narradores se reconhecerem como autores.

Durante a mesa “Pluralidades editoriais e a criação literária”, a autora destacou os desafios enfrentados no estado, como a limitação de gráficas e a dificuldade de acesso ao mercado editorial. Ela também ressaltou a importância da impressão sob demanda para viabilizar pequenas tiragens e permitir que os livros circulem de forma sustentável. Segundo Ferseck, esse modelo tem sido fundamental para fazer com que histórias antes restritas ao ambiente comunitário cheguem a outros públicos.

A programação também contou com a participação da poeta acreana Francis Mary, reconhecida por seu engajamento com temas ambientais e sociais. Inspirada por lideranças como Chico Mendes, sua obra traz uma perspectiva crítica sobre a preservação da floresta e a defesa de direitos coletivos.

Outra atração foi a artista visual Paty Wolff, que abordou o papel das ilustrações como forma autônoma de narrativa. Nascida em Rondônia e residente em Mato Grosso, a artista participou do evento “Narrativas visuais para todas as idades”, voltado à discussão sobre as múltiplas linguagens da literatura.

Encerrando a programação, a multiartista Aliã Wamiri Guajajara, com origens nos povos Guajajara e Timbira, apresentou reflexões sobre o cruzamento entre expressões artesanais e tecnologia digital. Com atuação nas áreas de artes visuais, performance e curadoria, a artista defendeu o protagonismo indígena como elemento transformador da cena cultural brasileira.

A presença dessas autoras reafirma a relevância de iniciativas que valorizam narrativas locais e fortalecem a diversidade na produção literária nacional. A participação indígena na Flip aponta caminhos para uma literatura mais inclusiva e conectada às múltiplas realidades do país.

Com informações da Agência Brasil

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Cultura

Filme “Ainda estou aqui” lidera premiação do Grande Otelo 2025

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O filme “Ainda estou aqui”, dirigido por Walter Salles, foi o principal destaque da 24ª edição do Prêmio Grande Otelo, considerada a maior premiação do audiovisual brasileiro. A cerimônia, realizada na noite de 30 de julho, na Cidade das Artes Bibi Ferreira, no Rio de Janeiro, reuniu profissionais do setor e celebrou produções nacionais em diversas categorias.

O longa recebeu os troféus de Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Ator (Selton Mello), Melhor Atriz (Fernanda Torres), Melhor Roteiro Adaptado e outras dez categorias técnicas. A obra é inspirada no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva e retrata episódios da história política recente do Brasil, centrando-se na trajetória de Eunice Paiva e Rubens Paiva.

Em um dos momentos de destaque da noite, Fernanda Torres compartilhou sua experiência ao interpretar Eunice Paiva, figura central na narrativa. A atriz comentou sobre o impacto pessoal do papel e a identificação com o contexto vivido por sua personagem. Selton Mello, premiado por sua atuação como Rubens Paiva, também destacou o significado político e emocional da produção.

O diretor Walter Salles, ao receber o prêmio de Melhor Direção, dedicou a conquista ao crítico e pensador de cinema José Carlos Avellar, falecido em 2016. Salles também ressaltou a parceria com o músico Warren Ellis, responsável pela trilha sonora do filme, que venceu na categoria de Melhor Trilha Sonora.

Além de “Ainda estou aqui”, outros trabalhos também foram reconhecidos na premiação. O documentário “3 Obás de Xangô” e a animação “Arca de Noé”, ambos dirigidos por Sérgio Machado, receberam prêmios em suas respectivas categorias. O longa infantil “Chico Bento e a Goiabeira Maraviósa”, de Fernando Fraiha, foi agraciado como Melhor Filme Infantil.

Entre as séries, foram premiadas “Senna” como Melhor Série de Ficção e “Falas Negras” como Melhor Série Documental. No segmento de curtas, os vencedores foram “Helena de Guaratiba” (ficção), “Você” (documentário) e “A Menina e o Pote” (animação). O Voto Popular consagrou o documentário “Milton Bituca Nascimento”, dirigido por Flavia Moraes.

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Assessoria

Serviços, cultura e tecnologia marcam estreia do estande do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac/AC na Expoacre 2025

Na primeira noite da 50ª edição da feira o Sistema Comércio apresenta um pouco dos seus serviços ofertados diariamente à população acreana

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Com serviços gratuitos de beleza, atendimento em saúde, jogos interativos e atividades culturais para todas as idades, o estande do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac/AC estreou com grande movimentação na primeira noite da Expoacre 2025, no Parque de Exposições Wildy Viana, neste sábado, 26.

O espaço planejado para atender a população com acolhimento, qualidade e diversidade de serviços gratuitos, buscará durante as nove noites de feira apresentar um pouco do que o Sistema Comercio oferece diariamente a população acreana em suas unidades no estado.

“Tudo foi pensado com muito carinho, muitas horas de dedicação. O estande está lindo, e a sociedade merece isso”, afirmou Marcos Lameira, vice-presidente do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac no Acre. “A gente faz tudo com muita alegria e satisfação porque sabe o quanto é difícil a vida, principalmente para quem vive na Amazônia. São muitos desafios, e queremos levar qualidade de vida e bem-estar”, completou.

Entre os destaques da primeira noite esteve o serviço de tranças, bastante procurado por visitantes como José Roberto Gomes dos Santos Neto, que descobriu a ação por acaso, enquanto acompanhava familiares no parque. “Eu não estava com muita expectativa porque meu cabelo é pequeno, mas estou gostando muito. Está ficando bacana pelo que estou vendo no espelho”, contou.

A supervisora pedagógica do Senac Acre, Elizabeth Dantas, explicou que o estande reúne uma série de serviços do segmento da saúde e de beleza promovidos pelo Senac e ofertados por profissionais da área. “Temos corte de cabelos, tranças, maquiagem, design de sobrancelhas e massagens. Também estamos oferecendo aulas-show e workshops nas áreas de gastronomia, saúde e beleza”, destacou.

Já o Sesc levou uma programação voltada para toda a família. Segundo Thais Roma, diretora de Programas Sociais do Sesc no Acre, o espaço reúne desde realidade virtual, estações de games e brinquedos infláveis até atividades tradicionais como pintura facial, esculturas de balão, apresentações circenses e o cantinho da leitura. “Temos também nosso palco cultural com atrações variadas todas as noites, e ações de saúde com testes rápidos de glicemia, colesterol e triglicerídeos, além da novidade da carreta odontológica, com dois profissionais atendendo diariamente”, explicou.

Durante as nove noites de feira, o Sistema Comércio manterá seus estandes funcionando com uma programação ampla, gratuita e acessível, promovendo bem-estar, educação profissional, cultura e serviços essenciais para o público acreano.

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