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MEIO AMBIENTE

Rio Acre chega a sua maior marca histórica desde 2015, em Rio Branco

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Mesmo com as chuvas tendo dado uma trégua nas últimas horas, o nível do Rio Acre segue em alta em Rio Branco e marcou 17,40 metros, às 15h desta sexta-feira, 31, segundo dados da Defesa Civil Municipal. Essa é a maior cota desde a cheia histórica de 2015, quando o manancial chegou a 18,40 metros.

Mais de 2,6 mil pessoas estão desabrigadas na capital acreana. Ainda segundo a Defesa Civil de Rio Branco, 1.223 famílias com 3.980 pessoas estão desalojadas por conta da enchente, ou seja, foram levadas para casas de parentes ou amigos.

O coordenador Estadual da Defesa Civil do Acre, coronel Carlos Batista, disse durante entrevista ao Épop que o riozinho do Rola a cada 3 horas sobe o nível em 2 centímetros. “Xapuri já baixou o volume de água, já em Rio Branco, o riozinho do Rola, vem subindo a quantidade de água, cerca de 2 centímetros a cada 3 horas, da mesma forma que o Rio Acre”, enfatizou. 

Ao falar da quantidade de chuva nas últimas 48 horas, o coordenador disse que a quantidade de água na bacia foram poucas, então espera que amanhã comece a baixar o volume. “A última cota que fizemos ficou em 17,40 metros, em Rio Branco, no riozinho do Rola, marcou 18,02 metros. A quantidade de chuva nesta bacia foi bem pouca, então a análise que estamos fazendo é que nas próximas horas, comece a estabilizar e dê sinal de vazante”, finalizou.

O boletim climático desta sexta-feira, 31, continua com previsão de chuvas entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia. Vão ocorrer pancadas de chuva e trovoadas isoladas, principalmente a tarde e início da noite.

Os dados são do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), repassados pelo Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma), órgão ligado à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e das Políticas Indígenas (Semapi).

Foto: Marcos Vicentti

MEIO AMBIENTE

Povos indígenas do Acre e Amazonas realizam seminário preparatório para a COP30

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De 8 a 10 de julho, a aldeia Yawatxivan, localizada na Terra Indígena do Rio Gregório, em Tarauacá (AC), será sede do seminário COParente, voltado à preparação de lideranças indígenas para a 30ª Conferência das Partes sobre o Clima (COP30), que ocorrerá em novembro, em Belém (PA).

O evento reunirá representantes de povos indígenas do Acre e do Amazonas com o objetivo de construir uma agenda comum sobre temas como mudanças climáticas, biodiversidade, salvaguardas socioambientais, créditos de carbono e repartição de benefícios. A programação também prevê ações de formação para fortalecer a atuação política das lideranças indígenas nos espaços internacionais de negociação.

A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, participará do seminário no dia 10 de julho. O encontro é organizado com apoio do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), da Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas do Acre (SEPI), da Comissão Pró-Índio do Acre (CPI-AC) e de organizações como Wild Foundation, WINS, Wildlife Works, Fundo Socioambiental Casa, Funai e Associação Sociocultural Yawanawá (ASCY).

O seminário integra as iniciativas de mobilização dos povos indígenas da região amazônica para garantir presença e voz ativa nas discussões da COP30, considerada uma das principais conferências globais sobre o clima.

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MEIO AMBIENTE

Exportação de carne avança no Acre enquanto pecuária é apontada como fator de impacto ambiental

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Durante a abertura da Expoacre Juruá 2025, realizada no dia 1º de julho em Cruzeiro do Sul, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Acre (FAEAC), Assuero Veronez, destacou que a carne bovina se tornou o principal produto da pauta de exportações do estado. Segundo ele, essa mudança representa um avanço na economia rural da região, especialmente no Vale do Juruá.

“A pauta de exportação do Acre tinha a madeira e a castanha como principais produtos e agora é a carne”, afirmou Veronez. Ele também ressaltou a importância da tecnologia e da qualificação técnica para sustentar o crescimento do setor, enfatizando que o mercado exige “qualidade e produção em escala”.

Veronez defendeu a adoção de políticas públicas e melhorias estruturais, como a regularização fundiária, que considera um entrave histórico. “A falta de regularização fundiária impede o acesso ao crédito, dificulta investimentos e trava o crescimento da produção”, disse.

No entanto, enquanto o setor comemora o avanço nas exportações, especialistas chamam atenção para os impactos ambientais associados à expansão da pecuária. Em entrevista publicada em 4 de julho, o pesquisador Evandro José, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), apontou a pecuária como principal responsável por impactos negativos nas margens do Rio Acre, especialmente no trecho do Juruá.

Segundo o pesquisador, fazendas estariam promovendo desmatamento e captação irregular de água ao longo do rio. “Está na cara que é um exagero. […] Fazendas ao longo do rio, a cada vez que têm desmatado a floresta, também estão captando, ilegalmente, a água que deve vir para o rio”, afirmou. Ele defende que estudos técnicos com uso de geotecnologias podem comprovar os danos causados ao equilíbrio hídrico da região.

Evandro destacou ainda que, ao contrário da agricultura familiar, que opera com métodos menos intensivos, a pecuária demanda maior uso de recursos naturais e apresenta maior impacto ambiental. “É mais a pecuária, né, do que a agrícola”, afirmou.

Os dados e as falas mostram um cenário de contradição entre o avanço econômico do setor pecuarista e os desafios ambientais que ele impõe à região. Enquanto produtores defendem maior apoio público e infraestrutura para expandir a atividade, pesquisadores alertam para a necessidade de regulação e fiscalização ambiental para evitar o comprometimento dos ecossistemas locais.

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MEIO AMBIENTE

Magaly Medeiros destaca papel do Acre em soluções sustentáveis durante o seminário TXAI Amazônia

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Durante o Seminário Internacional TXAI Amazônia, realizado em Rio Branco entre os dias 25 e 28 de junho, a gestora ambiental Magaly Medeiros compartilhou sua visão sobre os caminhos da bioeconomia e o papel estratégico do Acre nas políticas públicas para a floresta em pé. Com longa trajetória no setor ambiental do Estado, Magaly atuou diretamente na construção e implementação do Sistema de Incentivos a Serviços Ambientais (SISA) e do programa REM Acre, hoje referência replicada em outros estados como o Mato Grosso.

Atualmente à frente da Aripua Consultoria Socioambiental, empresa que atua com projetos ligados à sociobiodiversidade, Magaly participou do seminário como convidada e avaliou os debates com foco na valorização dos saberes tradicionais. “A principal mensagem que levo do TXAI é que a bioeconomia precisa ter um olhar atento para os saberes e a ciência dos povos indígenas e das comunidades tradicionais. A floresta em pé não se sustenta sem políticas públicas consistentes”, afirmou.

Para Magaly, o seminário reforçou o protagonismo cultural e político dos povos da floresta. “Mostrou o valor da floresta em pé e evidenciou o protagonismo dos povos do Acre nesse processo”, destacou. Segundo ela, eventos como o TXAI são fundamentais para fomentar o pensamento crítico, especialmente ao criar espaços de escuta e troca entre diferentes visões e experiências: “O seminário propicia um espaço de diálogo para discutir e debater diferentes pontos de vista.”

Ao avaliar a relação entre conservação ambiental e dimensões sociais e culturais, Magaly apontou que o seminário abordou a biodiversidade de forma transversal, com maior ênfase no desenvolvimento da bioeconomia ancorado na ciência e na tecnologia, mas sem deixar de lado os conhecimentos dos jovens e dos povos tradicionais.

Magaly também prestigiou – Apresentação do Projeto Mamgap do povo Zoró apoiado pelo REM MT – Sala Casos de Sucesso / Foto: Cedida

Na entrevista, ela também ressaltou o papel do Estado na formulação de políticas sustentáveis. “O papel do Estado é essencial na construção de soluções sustentáveis. A experiência do REM Acre, por exemplo, foi fundamental para que o Mato Grosso pudesse replicar essa política com o REM MT. Hoje, essa iniciativa está avançando em projetos voltados à autonomia dos povos indígenas e ao fortalecimento das cadeias de valor”, explicou.

O TXAI Amazônia reuniu lideranças indígenas, gestores públicos, pesquisadores e representantes do setor privado para discutir caminhos viáveis para a bioeconomia na Amazônia Legal. Com foco nos saberes tradicionais, inovação e valorização dos territórios, o evento se consolida como espaço estratégico para pensar políticas de desenvolvimento regional baseadas na sociobiodiversidade.

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