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Cultura

Liderança do povo Yawanawa, Isku Kua lança álbum Saiti Keneia, em Los Angeles 

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Liderança Yawanawa, Isku Kua, da aldeia Nova Esperança, no rio Gregório em Tarauacá, no Acre, lançou nas plataformas digitais, na última quinta-feira (27), o álbum Saiti Keneia, que significa “canto das cores”. 

Durante entrevista ao ÉPop, Isku Kua contou que já fazia dois anos que o álbum vinha sendo produzido. “Nós já víamos a dois anos trabalhando nesse álbum, e hoje fizemos o lançamento dele fora do Brasil. Vim aqui para Los Angeles para fazer esse lançamento. Essa é mais uma forma de mostrar nossa voz, nossa resistência à luta dos povos originários”, disse. 

“Uma das grandes expressões culturais do povo Yawanawa pelo mundo é nossas músicas, nosso canto, onde já tivemos participação com o Dj Alok, em outros álbuns que fizemos. Cantamos com a força da floresta, dos animais e dos espíritos”, enfatizou Isku.

Ao finalizar, ele disse que esse novo álbum não seria diferente e teria significados da floresta e espíritos. ”Esse álbum não é diferente, Saiti Keneia, que significa, o canto das cores, cantos que traz a força da floresta, dos animais, espírito e dos nossos ancestrais”.

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1° Mostra Norte Delas de Cinema exibe filmes que celebram a diversidade feminina; confira a programação

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Se em março o mundo celebra a força feminina, em abril, no Acre, as portas para audiovisual produzido por mulheres estão escancaradas. Isso porque a 1° Mostra Norte Delas de Cinema inicia sua programação nesta terça-feira, 1, no Cine Teatro Recreio, em Rio Branco.

Além de serem totalmente gratuitas, as sessões terão turnos diferentes [tarde e noite]. Durante os cinco dias de mostra, o público vai desfrutar de 24 produções dirigidas por cineastas dos sete estados do Norte do país.

A programação se estende até o sábado, 5, e inclui também rodas de conversa e workshops:

  • Workshop exclusivo sobre ‘direção de arte e figurino’, com Marina Bylaardt e Mariana Braga [com entrega de certificado de 3h];
  • Workshop exclusivo sobre ‘o processo criativo na direção cinematográfica’, com Juliana Machado e Isabelle Amsterdam [com entrega de certificado de 3h].
  • Roda de conversa ‘Mecanismos de Financiamento do Audiovisual e o Impacto na Produção Local’.

Para participar basta ficar de olho nas redes sociais da @mostranortedelasdecinema, realizar sua inscrição nos workshops e participar das rodas de conversa. Toda a programação é gratuita.

A I Mostra Norte Delas de Cinema é um projeto aprovado em edital da Lei Paulo Gustavo (LPG), por intermédio da Fundação Municipal de Cultura Garibaldi Brasil (FGB), com apoio do governo do Acre e Fundação Elias Mansour (FEM).

A produção é assinada pela Palmácea Filmes – produtora de cinema e arte que integra a Seiva Colab Amazônica. A Seiva Colab Amazônica – coletivo de mulheres produtoras que visa difundir conteúdos, debates e estéticas do audiovisual no Acre e região Amazônica – responde pela coprodução do evento.

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Cultura

Fórum Cultura do Vale Acre Purus tem programação especial para debater e fortalecer a identidade cultural da região; confira

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Artistas, fazedores e fazedoras de cultura, agentes territoriais, gestores públicos e o público em geral, que se inscreveram, vão partilhar da programação do Fórum Cultura do Vale Acre Purus, neste sábado, 29. A programação é gratuita e conta com a participação especial de convidados, que vão contribuir para o debate e fortalecimento da identidade cultural da região, e construção de políticas públicas.

O evento é realizado pelo Comitê de Cultura Acre, com financiamento do Governo Federal, por meio do Programa Nacional do Comitê de Cultura, via Ministério da Cultura (Minc). A atividade conta com o apoio do Governo do Acre, por meio da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM), e do Instituto Federal do Acre (Ifac).

A proposta dos organizadores é fomentar o diálogo entre os diferentes territórios do Alto e Baixo Acre, e do Purus, unindo artistas, fazedores (as) e trabalhadores (as) de cultura, representantes de segmentos culturais, gestores e a sociedade civil, a fim de articular ações estratégicas em torno da cultura e da preservação ambiental.

“Juntos, vamos pensar como nossas práticas podem reduzir impactos, além de debatermos as violências sofridas. De que maneiras, nós, artistas e fazedores e fazedoras de cultura, podemos contribuir positivamente para as realidades. Tudo isso será documentado em uma carta de compromisso, produzida ao longo do fórum”, explica a coordenadora geral e metodológica do Comitê de Cultura Acre, Claudia Toledo.

Durante o fórum, quem não se inscreveu, poderá acompanhar o debate pelas redes sociais @comitedecultura_acre.

Confira a programação:

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Cultura

“Esse reconhecimento cria um compromisso com o Estado brasileiro”, diz Cacique Ninawa Huni Kuĩ sobre os grafismos reconhecidos como patrimônio cultural

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Durante a 107ª Reunião Ordinária do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, realizada em Brasília, foi aprovado por unanimidade o registro dos grafismos do povo Huni Kuĩ — o Kene Kuĩ — como patrimônio cultural do Brasil. A decisão marca um momento simbólico para a história do povo Huni Kuĩ e também para o estado do Acre, com o reconhecimento do primeiro bem imaterial genuinamente acreano.

O presidente da Federação do Povo Huni Kuĩ do Acre, Cacique Ninawa Huni Kuĩ, acompanhou de perto o processo e destacou o significado da conquista. “Esse reconhecimento cria um compromisso com o Estado brasileiro de ajudar nós, povo Huni Kuĩ, a proteger esse conhecimento tão sagrado e tão importante para o nosso povo”, afirmou. Segundo ele, a aprovação do registro fortalece não apenas a preservação do conhecimento tradicional, mas também a necessidade de políticas públicas específicas. “Não só isso, como de criar responsabilidade, de criar políticas públicas de salvaguarda para continuar fortalecendo esse trabalho dentro das comunidades”, completou.

O Kene Kuĩ envolve um conjunto de saberes e técnicas ligados à produção de grafismos que fazem parte da vida cotidiana, da espiritualidade e da organização social do povo Huni Kuĩ. Esses grafismos aparecem em objetos como tecidos, cestos, redes e cerâmicas, e são tradicionalmente produzidos por mulheres — as aïbu keneya, ou mestras do desenho.

A proposta de registro foi apresentada em 2006 por diversas lideranças e organizações indígenas. Ao longo dos anos, pesquisas foram conduzidas com apoio de técnicos e consultores, indígenas e não indígenas. Ninawa lembrou e agradeceu as contribuições de todos: “Quero agradecer às mestras artesãs que são detentoras desse conhecimento… e também agradecer todos os técnicos do Iphan do Estado do Acre, os técnicos do Iphan a nível nacional e a cada conselheiro que deu seu voto de confiança”.

Do lado positivo, o reconhecimento oficial pode ampliar o acesso a recursos para salvaguarda, incentivar a valorização cultural entre os mais jovens e fortalecer a identidade indígena local. Por outro lado, há desafios em garantir que o reconhecimento se traduza, de fato, em políticas públicas eficazes e permanentes, além da necessidade de vigilância contra usos indevidos ou distorcidos da tradição.

Para o povo Huni Kuĩ, o reconhecimento representa uma conquista coletiva. “Isso é muito importante para nós. Quero agradecer de coração a cada pessoa que se empenhou e ao governo brasileiro por esse reconhecimento”, finalizou o cacique.

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