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MEIO AMBIENTE

Chuvas intensas no Acre elevam níveis dos rios

Assis Brasil e Brasileia enfrentam riscos com níveis críticos dos rios; Autoridades monitoram situação em todo o estado.

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Desde a última terça-feira, 21, a Bacia do Rio Acre registrou um aumento no volume de chuvas, elevando os níveis dos rios em diversas localidades. O foco das atenções concentra-se na cidade de Assis Brasil, onde as últimas 96 horas acumularam 199mm de chuva, nos últimos 48 horas foram 177mm, e nas últimas 24 horas, 17,8mm. Nesta quarta-feira, 22, a cota atingiu 12,05m, ultrapassando 31cm a cota de alerta estabelecida em 11,30m

Em Brasileia, os acumulados também são expressivos, com 112mm nas últimas 96 horas, 85,8mm nas últimas 48 horas e 5mm nas últimas 24 horas. Apesar disso, a cota de 8,55m nesta quinta-feira, 22, ainda está 1,71m abaixo da cota de alerta, fixada em 9,80m.

Nas estações de Brasileia, Xapuri e Rio Branco, embora os rios estejam atualmente abaixo do nível de alerta, o governo intensifica o monitoramento devido à tendência de aumento em todas essas localidades. Na capital, Rio Branco, o rio atingiu 11,02m, ficando abaixo da cota de alerta de 13,50m.

No Vale do Juruá, a situação também demanda atenção, especialmente em Cruzeiro do Sul, onde o Rio Juruá atingiu a cota de 11,32m, aproximando-se da marca de alerta estabelecida em 11,80m. O governo mantém vigilância constante diante da possibilidade de elevação nos níveis dos rios na região.

Fonte Agência de Notícias do Acre Foto: Alexandre Cruz-Noronha/Sema.

MEIO AMBIENTE

Conexão Povos da Floresta leva internet à Terra Indígena de Nova Olinda com atuação da OPIRJ

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A Organização dos Povos Indígenas do Rio Juruá (OPIRJ) está em missão no alto rio Envira, no Acre, para instalar novos pontos de acesso à internet em terras indígenas da região. A ação atende a um pedido da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e tem enfrentado o período de seca e longas distâncias para alcançar aldeias como a Porto Alegre, na Terra Indígena Kaxinawá de Nova Olinda, que foi uma das comunidades beneficiadas.

A atividade integra o projeto Conexão Povos da Floresta, uma articulação coordenada por Conaq, COIAB e CNS, com apoio logístico do Fundo Amazônia. No Vale do Juruá, a OPIRJ é responsável pela execução das ações em campo, levando conectividade para todas as 14 terras indígenas da região.

Durante a instalação na TI Nova Olinda, José Mauro, cacique geral da aldeia, destacou a importância da iniciativa para a comunicação com instituições e no enfrentamento de problemas como saúde e invasões territoriais. “Daqui pra frente vai melhorar principalmente na questão da nossa comunicação, que é onde nós precisamos. Hoje, questão da saúde, muitas parcerias, questão de problemas de invasão na nossa área, vai ser melhor pra gente estar conversando com mais pessoas, como a Funai, que está ajudando a gente aqui”, afirmou.

Ernandes, presidente da associação local, também agradeceu à OPIRJ pelo atendimento à demanda. “Essa parceria junto com a OPIRJ vai facilitar muito para as lideranças”, disse.

Com a ação, a OPIRJ conclui a meta de conectar à internet todas as terras indígenas do Vale do Juruá, promovendo acesso à informação, saúde e educação por meio da inclusão digital.

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MEIO AMBIENTE

Povos indígenas do Acre e Amazonas realizam seminário preparatório para a COP30

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De 8 a 10 de julho, a aldeia Yawatxivan, localizada na Terra Indígena do Rio Gregório, em Tarauacá (AC), será sede do seminário COParente, voltado à preparação de lideranças indígenas para a 30ª Conferência das Partes sobre o Clima (COP30), que ocorrerá em novembro, em Belém (PA).

O evento reunirá representantes de povos indígenas do Acre e do Amazonas com o objetivo de construir uma agenda comum sobre temas como mudanças climáticas, biodiversidade, salvaguardas socioambientais, créditos de carbono e repartição de benefícios. A programação também prevê ações de formação para fortalecer a atuação política das lideranças indígenas nos espaços internacionais de negociação.

A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, participará do seminário no dia 10 de julho. O encontro é organizado com apoio do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), da Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas do Acre (SEPI), da Comissão Pró-Índio do Acre (CPI-AC) e de organizações como Wild Foundation, WINS, Wildlife Works, Fundo Socioambiental Casa, Funai e Associação Sociocultural Yawanawá (ASCY).

O seminário integra as iniciativas de mobilização dos povos indígenas da região amazônica para garantir presença e voz ativa nas discussões da COP30, considerada uma das principais conferências globais sobre o clima.

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MEIO AMBIENTE

Exportação de carne avança no Acre enquanto pecuária é apontada como fator de impacto ambiental

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Durante a abertura da Expoacre Juruá 2025, realizada no dia 1º de julho em Cruzeiro do Sul, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Acre (FAEAC), Assuero Veronez, destacou que a carne bovina se tornou o principal produto da pauta de exportações do estado. Segundo ele, essa mudança representa um avanço na economia rural da região, especialmente no Vale do Juruá.

“A pauta de exportação do Acre tinha a madeira e a castanha como principais produtos e agora é a carne”, afirmou Veronez. Ele também ressaltou a importância da tecnologia e da qualificação técnica para sustentar o crescimento do setor, enfatizando que o mercado exige “qualidade e produção em escala”.

Veronez defendeu a adoção de políticas públicas e melhorias estruturais, como a regularização fundiária, que considera um entrave histórico. “A falta de regularização fundiária impede o acesso ao crédito, dificulta investimentos e trava o crescimento da produção”, disse.

No entanto, enquanto o setor comemora o avanço nas exportações, especialistas chamam atenção para os impactos ambientais associados à expansão da pecuária. Em entrevista publicada em 4 de julho, o pesquisador Evandro José, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), apontou a pecuária como principal responsável por impactos negativos nas margens do Rio Acre, especialmente no trecho do Juruá.

Segundo o pesquisador, fazendas estariam promovendo desmatamento e captação irregular de água ao longo do rio. “Está na cara que é um exagero. […] Fazendas ao longo do rio, a cada vez que têm desmatado a floresta, também estão captando, ilegalmente, a água que deve vir para o rio”, afirmou. Ele defende que estudos técnicos com uso de geotecnologias podem comprovar os danos causados ao equilíbrio hídrico da região.

Evandro destacou ainda que, ao contrário da agricultura familiar, que opera com métodos menos intensivos, a pecuária demanda maior uso de recursos naturais e apresenta maior impacto ambiental. “É mais a pecuária, né, do que a agrícola”, afirmou.

Os dados e as falas mostram um cenário de contradição entre o avanço econômico do setor pecuarista e os desafios ambientais que ele impõe à região. Enquanto produtores defendem maior apoio público e infraestrutura para expandir a atividade, pesquisadores alertam para a necessidade de regulação e fiscalização ambiental para evitar o comprometimento dos ecossistemas locais.

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