A Comissão Pró-Índio do Acre (CPI-Acre) completa neste próximo domingo (19), 44 anos de trajetória institucional. Em 1979, a CPI-Acre iniciava destacando a importância da escuta e das visões dos povos indígenas, e defendendo o protagonismo indígena, ao lado das primeiras lideranças que lutaram pela demarcação das Terras Indígenas no Acre, como Sueiro e Getúlio Sales, Pancho Lopes, Raimundo Luiz Yawanawa, Antonio Piyãko, Carlito Cataiana, Mário Domingos e Mario Puyanawa.
A Comissão Pró-Índio do Acre (CPI-Acre) é uma organização da sociedade civil brasileira, sem fins lucrativos, com sede em Rio Branco (AC). Com a missão de apoiar os povos indígenas que vivem no Acre em suas lutas pela conquista e o exercício de seus direitos coletivos – territoriais, ambientais, linguísticos, socioculturais – por meio de ações que articulem a gestão territorial e ambiental das terras indígenas, a educação intercultural e bilíngue e as políticas públicas.
A CPI-Acre vem ao longo de 40 anos atuando junto a 13 povos indígenas no Acre – Huni Kuĩ (Kaxinawa); Ashaninka; Yawanawa; Puyanana; Noke Ko’í (Katukina); Nukini; Nawa; Manxineru; Jaminawa Arara; Jaminawa; Shanenawa; Shawãdawa; Apolima Arara -, pertencentes a 30 das 35 Terras Indígenas no estado, além do povo Kuntanawa que vive na Reserva Extrativista (Resex) Alto Juruá. Com essas populações, seja nos territórios indígenas ou em espaços urbanos, a CPI-Acre desempenha ações nas principais áreas trabalhadas na instituição: Gestão Territorial e Ambiental, Dinâmicas Transfronteiriças Brasil-Peru e Políticas Públicas.
São realizados encontros, fóruns, seminários, oficinas e reuniões de núcleos e câmaras técnicas que buscam o fortalecimento das organizações indígenas e processos de articulação regional, assim como a ampliação de temas na área do direito indígena, acesso à justiça e políticas públicas. Nos cursos de formação dos agentes agroflorestais indígenas – como nas formações anteriores de agentes de saúde e professores indígenas – diferentes povos trocam conhecimentos tradicionais e novos conhecimentos, intercambiando saberes da floresta sobre formas de gestão e uso da terra. Nas Terras Indígenas, as assessorias e oficinas de etnomapeamento e elaboração dos Planos de Gestão Territorial e Ambiental envolvem a comunidade do entorno na busca de soluções para problemas comuns.
Com informações da Assessoria
Conheça – https://cpiacre.org.br/