O Festival Internacional de Cinema LGBTQIAPN+ Transamazônica estreou, em Cruzeiro do Sul, na noite deste sábado, 15. Em sua terceira edição, o evento proporciona ao público uma experiência gratuita com exibições de longas e curtas-metragens, que abordam a temática da diversidade.
Jovens e adultos, ativistas e apoiadores da comunidade LGBTQIAPN+ compareceram ao Cine Romeu para a abertura da programação, que segue a todo vapor neste domingo, 17, a partir das 16 horas.
O lançamento da terceira edição do festival, promovido pela primeira no Vale do Juruá, contou com a presença do coordenador da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM) em Cruzeiro do Sul, Adgildo Oliveira Rebouças; da defensora pública Claudia Aguirre; do produtor e idealizador do Transamazônico, Moisés Alencastro; da cineasta Rose Farias, dos comunicadores José Lucas e José Vitor, da jornalista e produtora cultural Jackie Pinheiro, da artista Brenn Souza, além de toda a equipe de produção, entre outros.
“O lançamento foi maravilhoso e superou todas as expectativas, deixando o público emocionado. Ouvi de um professor universitário: ‘isso aqui foi um marco na cidade!’. E ele tem toda a razão”, observa o idealizador do Transamazônico, Moisés Alencastro.
Alencastro observa ainda que a decisão de começar o evento com a estreia do curta-metragem “O Nome”, dirigido por Rose Farias, foi certeira.
“O curta da Rose foi um sucesso! Com uma narrativa emocionante e sincera, retrata a vida de Murilo e Rubby, mostrando que o amor verdadeiro supera todas as barreiras. A delicadeza e talento da diretora foram evidentes em cada cena e emocionou o público, que foi as lágrimas”, frisou o produtor.
Para fechar com chave de ouro a noite de alegria, afeto e diversidade, a produção realizou a Fest Cine Queer – uma balada animadíssima, com o melhor dos hits do momento, embalados pela DJ Lily.
O Festival Transamazônico é um projeto aprovado pela Lei Paulo Gustavo (LPG), por meio da FEM, com financiamento pelo Ministério da Cultura (MinC). O evento é uma realização da MF Alencastro, com apoio do governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Comunicação (Secom) e Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM). No Vale do Juruá, a atividade conta com o apoio da Prefeitura de Cruzeiro do Sul, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo e da Secretaria Municipal de Cultura.
Nos dias 25, 26 e 27 de fevereiro o Festival Transamazônico aterrissa em Rio Branco, com uma vasta programação de longas e curtas premiados. O público pode acompanhar tudo no @festivalatransamazonico.
Confira a programação deste domingo, 17, no Cine Romeu:
A partir das 16 horas • “Nome Sujo”, com direção de Artur Roraimana (12 anos) • “A Menina Atrás do Espelho”, com direção de Iuri Moreno (12 anos) • “A Alma do Deserto”, com direção de Mónica Taboada-Tapia (12 anos)3 A partir das 19 horas • “Salão de Baile”, com direção Juru e Vitã / 14 anos
A presidente do Comitê Chico Mendes, Angela Mendes, está em Parintins (AM) acompanhando o Festival Folclórico da cidade a convite do Boi Caprichoso. O evento, considerado um dos maiores do calendário cultural brasileiro, reúne expressões artísticas e tradições populares da Amazônia.
De acordo com o Comitê Chico Mendes, a presença no festival simboliza a conexão entre memória, territórios e futuros, elementos centrais tanto no legado de Chico Mendes quanto na proposta do Caprichoso para a edição de 2025, cujo tema é “É tempo de retomada”.
A delegação do comitê conta com a participação de Hannah Lydia, José Lucas e Raiara Barros, filha do seringueiro Raimundão Barros, que será homenageado pelo Boi Caprichoso durante a apresentação no Bumbódromo.
Durante a programação, Angela Mendes participou da coletiva de imprensa oficial do Caprichoso, realizada na Escola de Arte Irmão Miguel de Pascale. O evento marcou a apresentação do projeto de arena e do Manto Tupinambá, além do lançamento do livro “Tempo de Retomada”, de Trudruá Dorrico, que inspira o espetáculo do boi azul em 2025.
“O Caprichoso está bonito visualmente. São alegorias cheias de possibilidades de efeito. Em 2024 achávamos que era o ápice, mas com certeza, em 2025, pode ser ainda maior”, declarou Rossy Amoedo, presidente do Boi Caprichoso, durante a coletiva.
Angela Mendes destacou que a participação do comitê representa também o fortalecimento da luta por justiça socioambiental. “Seguimos acompanhando. Porque a floresta ainda está de pé. E a retomada também passa por aqui”, afirmou.
A presença de lideranças indígenas, quilombolas e representantes de movimentos sociais reforçou o compromisso do festival com as causas ambientais, a cultura popular e os direitos dos povos tradicionais. O Comitê Chico Mendes seguirá participando das atividades do festival até o encerramento.
O estado do Acre e os 22 municípios que o compõem aderiram ao segundo ciclo da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura, referente ao período de 2025 a 2029. Todos os entes apresentaram seus Planos de Ação, somando-se ao conjunto nacional que integra a maior política pública contínua de fomento cultural do país. A adesão segue o padrão do primeiro ciclo (2023–2024), que também teve participação integral do estado e dos municípios.
Durante o primeiro ciclo, o Acre recebeu R$ 23,46 milhões, sendo R$ 16,8 milhões destinados ao estado e R$ 6,67 milhões aos municípios. Deste total, já foram executados R$ 22,58 milhões, o que representa 96,24% dos recursos. O estado utilizou R$ 16,32 milhões (97,16%) e os municípios, R$ 6,26 milhões (93,91%). Rio Branco, capital acreana, executou 100% dos R$ 3,24 milhões recebidos, além de aplicar R$ 278 mil provenientes de rendimentos financeiros.
A previsão do segundo ciclo da política, em nível nacional, é o repasse de até R$ 12 bilhões até 2029, com aportes anuais de até R$ 3 bilhões. Os recursos poderão ser utilizados por estados e municípios para ações como editais de fomento direto, apoio a Pontos e Pontões de Cultura, manutenção de espaços e infraestrutura cultural.
Segundo a ministra da Cultura, Margareth Menezes, os dados refletem a consolidação de uma política cultural estruturante. “Estamos vivendo a maior mobilização cultural da história do Brasil. Isso mostra que a cultura é prioridade para os governos federal, estaduais e municipais e que estamos construindo, juntos, uma política sólida, estruturante e transformadora para todo o país”, afirmou.
A Lei Aldir Blanc permite que os entes federativos implementem iniciativas voltadas à produção, difusão, promoção, preservação e aquisição de bens e serviços culturais. Os municípios que recebem valores iguais ou superiores a R$ 360 mil devem destinar pelo menos 25% dos recursos à Política Nacional de Cultura Viva. Já os estados e o Distrito Federal devem aplicar até 25% na construção dos CEUs da Cultura, centros comunitários voltados a ações culturais e cidadãs.
Na região Norte, foram investidos R$ 324,37 milhões no primeiro ciclo, com execução de 60,29% dos recursos. No cenário nacional, o volume executado foi de R$ 1,81 bilhão, equivalente a 60,41% dos R$ 3 bilhões disponibilizados.
Txai Amazônia: um imersão na cultura amazônica e bioeconomia
Com a participação de representantes dos nove estados da Amazônia Legal, Peru e Bolívia, o evento oferece uma rica programação que destaca a bioeconomia e a diversidade cultural da região.
Realizado de 25 a 28 de junho, no eAmazônia da Universidade Federal do Acre (Ufac), o Txai Amazônia é um evento vibrante que une tradição, cultura e inovação. Com a participação de representantes dos nove estados da Amazônia Legal, Peru e Bolívia, o evento oferece uma rica programação que destaca a bioeconomia e a diversidade cultural da região.
A comitiva do Centro Huwã Karu Yuxibu Shukutã Bari Bay, do povo Huni Kuin, subiu ao palco do Txai Amazônia com uma linda apresentação musical, defumação com ervas sagradas e muita dança.
O líder espiritual e cantor Mapu Huni Kuin destaca que os cantos exaltam a natureza e a terra. Além da música, os povos originários também ofereceram incensos para o público participar da atividade.
Ainda nesta quarta-feira, dia 25, a mostra artística conta com uma sessão de cinema com o projeto FestCine Originários, além de aula-espetáculo “Carimbó para o despertar do corpo”, com a artista Camila Cabeça, Sunset com DJ e a apresentação de Dito Bruzugu, com Forró no Balde.
Programação detalhada
Quarta-feira, 25 de junho:
Sessão de cinema com o projeto FestCine Originários.
Aula-espetáculo “Carimbó para o despertar do corpo” com a artista Camila Cabeça.
Sunset com DJ.
Apresentação de Dito Bruzugu com Forró no Balde.
Quinta-feira, 26 de junho:
Espetáculo “Afluentes Acreanos”.
Vivência com Trz Crew – Graffiti, Música e Spoken Word.
Mais uma sessão de cinema com o FestCine Originários.
Espetáculo de dança “Performance Corpo Terreiro de Arte”.
Sunset com DJ.
Apresentação do grupo Jabuti Bumbá.
Sexta-feira, 27 de junho:
Espetáculo “Tonha”.
Vivência com o Grupo Saiti Munuti Yawanawa “Cantos e Encantos”.
Sessão de cinema FestCine Originários.
Desfile Yawa Tari.
Sunset com DJ.
Show “Salve Essa Terra”.
Sábado, 28 de junho:
Sessão de cinema FestCine Originários.
Vivência com o Grupo Shane Yawa Saity.
Espetáculo de dança “Correrias”.
Sunset com DJ.
Show do artista Ixã Baribay.
Mais sobre o Txai Amazônia
O evento apresenta sete eixos temáticos em 15 painéis, e a Mostra Artística Cultural de Bioeconomia transformará o palco com 23 apresentações e a participação de mais de 160 artistas acreanos. Além disso, o seminário inclui a Mostra Gastronômica, reunindo seis importantes chefs da culinária amazônica, e uma feira com mais de 20 empreendedores da bioeconomia acreana.
Inscrições
O evento é aberto ao público e as inscrições são gratuitas, podendo ser realizadas pela plataforma Sympla, através do site oficial do evento: www.txaiamazonia.com.br.