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MEIO AMBIENTE

Prefeitura de Cruzeiro do Sul em alerta total para enchente

Equipes de prontidão, remoção preventiva e trabalho antecipado de elevação de residências

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A Prefeitura de Cruzeiro do Sul está preparada para enfrentar possíveis alagações na região. A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros monitoram constantemente a situação, e todas as equipes estão em prontidão para a remoção de moradores, se necessário. Cinco escolas estão disponíveis para receber as famílias afetadas, e a previsão é que o Rio Juruá atinja a cota de transbordamento de 13 metros até terça-feira, 27.

O esforço da prefeitura em elevar mais de 100 residências ribeirinhas em áreas de risco entre 2023 e 2024 deve reduzir o impacto nas famílias afetadas este ano. O prefeito Zequinha Lima destaca que a elevação das casas permite a retirada quando o nível do rio está mais elevado, e a prefeitura está preparada para qualquer cenário, em colaboração com a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros.

O coordenador da Defesa Civil Municipal, José Lima, expressa preocupação com o volume de água das cabeceiras dos rios e a previsão de chuvas, indicando a possibilidade de ultrapassar os 13,50 metros. O plano de contingência está em ação, e a preocupação se estende para os meses de março e abril.

O Rio Juruá registrava 12,34 metros pela manhã e 12,40 metros ao meio-dia nesta segunda-feira, 26. Em caso de necessidade, as pessoas devem contatar o Corpo de Bombeiros pelo número 193 ou o celular da Defesa Civil Municipal de Cruzeiro do Sul: 999464079.

O comandante do Corpo de Bombeiros, Josadac Ibernon, alerta para a possibilidade de ocorrências com animais perigosos durante o período de enchente, destacando a importância da atenção redobrada, especialmente para famílias com crianças.

Fonte: Assecom

MEIO AMBIENTE

Poeira do Saara é registrada três vezes na Amazônia no primeiro trimestre de 2025

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O Observatório da Torre Alta da Amazônia (ATTO) registrou três eventos intensos de transporte de poeira do deserto do Saara para a floresta amazônica entre janeiro e março de 2025. As concentrações de partículas finas (PM2.5) chegaram a valores entre 15 e 20 μg/m³, níveis de quatro a cinco vezes maiores do que a média da estação chuvosa na região, que gira em torno de 4 μg/m³.

Os eventos ocorreram nos seguintes períodos: de 13 a 18 de janeiro, de 31 de janeiro a 3 de fevereiro, e de 26 de fevereiro a 3 de março. A detecção foi feita por instrumentos científicos instalados no topo da torre de 325 metros de altura, localizada em área remota da floresta, e equipada para monitorar a composição da atmosfera 24 horas por dia.

O ATTO é um projeto coordenado pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) em parceria com o Instituto Max Planck da Alemanha, sob responsabilidade do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O objetivo é estudar a interação entre a floresta amazônica e a atmosfera, desde o solo até altitudes elevadas.

Segundo Rafael Valiati, doutorando em física atmosférica pela Universidade de São Paulo (USP), esses episódios são comuns entre dezembro e março, período em que a Zona de Convergência Intertropical se posiciona mais ao sul, favorecendo o transporte transatlântico da poeira. “Essas partículas viajam mais de 5 mil km entre África e América do Sul, sendo transportadas entre 7 e 14 dias, a depender da velocidade dos ventos e das chuvas no percurso”, explicou.

De acordo com o coordenador brasileiro do projeto ATTO, Carlos Alberto Quesada, estudos já demonstram que a poeira do Saara pode contribuir para a fertilização do solo amazônico, especialmente pelo conteúdo de potássio e fósforo.

Além de seu papel na fertilidade do solo, o monitoramento dessas partículas também ajuda na compreensão dos efeitos dos aerossóis no ciclo da água e na formação de nuvens. O MCTI destaca que os dados coletados são essenciais para entender a resposta da floresta às mudanças climáticas e ao uso do solo.

A pesquisa segue em curso e está sendo usada para aprofundar o conhecimento sobre o impacto da poeira mineral no ecossistema amazônico. O monitoramento contínuo da atmosfera é considerado estratégico para o avanço da ciência no Brasil e para a formulação de políticas ambientais baseadas em evidências.

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MEIO AMBIENTE

Estudo indica espécies nativas ideais para reflorestamento da Amazônia com base científica

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A Embrapa Amazônia Oriental e instituições parceiras divulgaram um estudo que identifica as áreas e espécies mais adequadas para o reflorestamento da Amazônia com base em critérios científicos. A pesquisa foi publicada em junho de 2025 na revista Forests e apresenta o “zoneamento topoclimático” como metodologia para guiar projetos de restauração ecológica, contribuindo para metas de carbono, recuperação de áreas degradadas e fortalecimento da bioeconomia.

Coordenado pela pesquisadora Lucieta Martorano, o estudo analisou mais de 7,6 mil registros georreferenciados de espécies florestais nativas, como o angelim-vermelho (Dinizia excelsa), ipê-amarelo, copaíba, paricá e mogno-brasileiro. Os dados foram cruzados com informações climáticas e topográficas da região amazônica coletadas entre 1961 e 2022. O resultado foi a elaboração de mapas que indicam o grau de aptidão ambiental – alto, médio ou baixo – para o plantio de cada espécie.

Entre os destaques, o angelim-vermelho apresentou 81% de alta aptidão topoclimática em áreas antropizadas. Já espécies como o marupá (Simarouba amara) mostraram grande plasticidade ambiental, podendo ser utilizadas em áreas menos favoráveis quando acompanhadas de manejo adaptativo.

O pesquisador Silvio Brienza Júnior, da Embrapa Florestas, coautor do estudo, afirma que o modelo oferece base técnica para direcionar políticas públicas e atrair investimentos internacionais: “Quando o país identifica com precisão onde e como reflorestar, cria melhores condições para atrair investimentos climáticos internacionais”.

O estudo contribui diretamente para o cumprimento de metas brasileiras no Acordo de Paris, como o reflorestamento de milhões de hectares, e será apresentado como destaque na COP30, que ocorrerá em novembro em Belém (PA). A metodologia também está alinhada à Lei de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), que incentiva ações de conservação e restauração por meio de compensações financeiras.

Além de apoiar políticas públicas, o estudo fortalece o mercado de crédito de carbono e os Sistemas Agroflorestais (SAFs), unindo conservação da biodiversidade com geração de renda e inclusão social.

Mais informações estão disponíveis no site da Embrapa: www.embrapa.br

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Educação

Câmara aprova proposta que inclui regras específicas de educação ambiental para escolas da região Norte

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A Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais da Câmara dos Deputados aprovou, em 11 de julho de 2025, o Projeto de Lei 4459/2024, que estabelece diretrizes específicas para a inclusão da educação ambiental no currículo do ensino básico das escolas da região Norte do Brasil.

De autoria dos deputados Amom Mandel (Cidadania-AM) e Duda Ramos (MDB-RR), a proposta altera a Lei nº 9.795/1999, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, para incluir conteúdos adaptados às características e desafios da Amazônia. Entre os temas obrigatórios estão a gestão sustentável da água, a conservação dos recursos hídricos e da biodiversidade, e ações de preservação ambiental voltadas às necessidades locais.

A deputada Meire Serafim (União-AC), relatora da proposta, defendeu a aprovação destacando que a legislação atual é genérica e não contempla adequadamente as especificidades da região amazônica. Segundo ela, “a Amazônia enfrenta desafios ambientais singulares que demandam abordagens educacionais específicas e contextualizadas”.

A proposta tramita em caráter conclusivo e ainda será analisada pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; de Educação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para entrar em vigor, o texto precisa ser aprovado na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.

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