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MEIO AMBIENTE

Exército Brasileiro mobiliza forças em resposta às enchentes no Acre

Com apoio logístico e operações de socorro

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Durante o período de enchentes no Acre, o Exército Brasileiro tem desempenhado um papel fundamental na organização e execução de operações de socorro e assistência à população afetada. Em 26 de fevereiro de 2024, sob a liderança do Comando de Fronteira Juruá/61º Batalhão de Infantaria de Selva (C Fron Juruá/61º BIS), houve uma participação ativa em reuniões inter-agências com o objetivo de coordenar ações de apoio às vítimas das inundações causadas pelo Rio Juruá e seus afluentes.

Na parte da manhã, uma reunião coordenada pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Acre, envolveu representantes de várias entidades governamentais e não governamentais, onde o Exército Brasileiro, juntamente com outros órgãos, discutiu sua capacidade logística e de pessoal para enfrentar a situação de emergência. À tarde, em um encontro organizado pela Prefeitura Municipal de Cruzeiro do Sul, o plano de contingência da Defesa Civil do município foi abordado, com o C Fron Juruá/61º BIS confirmando a disponibilidade de aproximadamente 100 militares e recursos de transporte fluvial e terrestre para auxílio às vítimas.

Além dessas ações coordenadas, o 1º Pelotão Especial de Fronteira de Marechal Thaumaturgo, parte do C Fron Juruá/61º BIS, iniciou uma operação direcionada ao socorro da população residente nas Comunidades Indígenas Apiwtxa e Novo Destino, situadas no Rio Amônia. Esta operação envolveu a remoção de pessoas e seus bens de áreas de risco, garantindo a segurança e integridade física e material dos afetados.

Com o emprego de 10 militares e 2 embarcações, a operação do 1º Pelotão Especial de Fronteira demonstra o compromisso e a organização do Exército Brasileiro em responder de maneira eficaz às emergências causadas pelas enchentes, proporcionando suporte vital à comunidade e reforçando a integração com a sociedade acreana.

MEIO AMBIENTE

Atlas da Amazônia é lançado em Belém e reúne pesquisas sobre desafios ambientais e sociais da região

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Foi lançado em Belém o Atlas da Amazônia Brasileira, uma publicação organizada pela Fundação Heinrich Böll que reúne 32 artigos de pesquisadores e autores amazônidas. A publicação foi apresentada na Casa Balaio e tem como foco contribuir para o debate ambiental em ano de Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP30, que será realizada em novembro de 2025 na capital paraense.

O atlas aborda temas relacionados à justiça socioambiental, saberes tradicionais, cultura, educação, conflitos fundiários, desmatamento, mudanças climáticas e a atuação de mulheres amazônidas na defesa de seus territórios. Também são tratados assuntos como a exploração ilegal de recursos, a violência contra comunidades tradicionais e o uso da floresta como moeda econômica, com críticas à prática do greenwashing.

De acordo com Marcelo Montenegro, coordenador da área de Justiça Socioambiental da Fundação Heinrich Böll no Brasil e co-organizador da obra, o material pretende fomentar soluções para os desafios enfrentados pela região, com base em dados, experiências locais e propostas construídas a partir dos próprios territórios amazônicos.

A publicação também dialoga com a agenda internacional da COP30, ao trazer contribuições produzidas por autores que vivem e atuam na Amazônia. Segundo a fundação, a obra está disponível gratuitamente em versão digital no site oficial da instituição e será distribuída a parceiros e instituições acadêmicas e sociais.

O lançamento do Atlas se insere em um momento de visibilidade internacional para a Amazônia. A Conferência do Clima da ONU será realizada pela primeira vez na região amazônica e deve atrair governos, organizações da sociedade civil, pesquisadores e lideranças indígenas. A expectativa é que o evento pressione governos e organismos multilaterais por compromissos com a redução do desmatamento, o fortalecimento de economias sustentáveis e a valorização dos saberes e modos de vida tradicionais.

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MEIO AMBIENTE

Governo do Acre vai interditar ramal entre Porto Walter e Rodrigues Alves e elaborar plano de recuperação ambiental

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O governo do Acre e o Ministério Público Federal (MPF) firmaram acordo para a interdição do ramal em construção entre os municípios de Porto Walter e Rodrigues Alves. A decisão foi tomada após reunião entre representantes do Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária (Deracre) e o procurador da República Luidgi Merlo Paiva.

Além da interdição, o governo se comprometeu a elaborar um Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD), em atendimento a determinações judiciais. A presidente do Deracre, Sula Ximenes, informou que o órgão já iniciou os procedimentos necessários para o cumprimento do acordo.

Também participaram da reunião o procurador do Estado Cristovam Pontes de Moura, a chefe do Núcleo de Meio Ambiente, Leidiane Silva, e o chefe do Departamento Jurídico do Deracre, Cícero André.

O trecho em questão tem sido alvo de controvérsias ambientais desde o início das obras. O embargo judicial foi aplicado por possíveis impactos socioambientais não mitigados no processo de abertura da estrada, que atravessa áreas sensíveis da floresta e territórios de comunidades locais.

Contexto atualizado

A interdição do ramal entre Porto Walter e Rodrigues Alves está inserida em um cenário mais amplo de tensão entre o avanço da infraestrutura viária na região amazônica e a necessidade de cumprimento das normas ambientais e de consulta às comunidades tradicionais. A abertura do trecho foi embargada judicialmente a pedido do Ministério Público Federal (MPF), com base em indícios de desmatamento irregular e ausência de estudos de impacto ambiental adequados.

A construção de estradas em áreas remotas da Amazônia frequentemente desperta preocupações relacionadas à degradação de ecossistemas sensíveis, avanço do desmatamento e riscos à segurança jurídica do território, especialmente quando há falta de licenciamento ou ausência de processos participativos, como a consulta prévia, livre e informada. O Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD), assumido agora como obrigação pelo governo do Acre, surge como uma tentativa de remediar impactos já causados e reordenar a execução de obras públicas dentro dos marcos legais. Ao mesmo tempo, o caso evidencia os desafios de articulação entre diferentes níveis de governo, órgãos ambientais e instâncias do sistema de justiça para garantir que o desenvolvimento regional ocorra de forma sustentável e legalmente respaldada.

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MEIO AMBIENTE

Fósseis de carvão revelam incêndios florestais na Amazônia há 43 mil anos, diz pesquisa

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Pesquisadores da Universidade Federal do Tocantins (UFT) e da Universidade do Vale do Taquari (Univates) identificaram os primeiros registros de incêndios naturais na Amazônia durante o Pleistoceno Superior, há cerca de 43 mil anos. A descoberta foi feita a partir da análise de macrocarvão preservado em sedimentos da Formação Rio Madeira, na Bacia do Abunã, região de Rondônia.

O estudo analisou cinco blocos sedimentares que continham impressões de folhas e fragmentos de madeira carbonizada. Quatro amostras apresentaram sinais evidentes de exposição ao fogo, como brilho sedoso, coloração escura e paredes celulares homogenizadas, características típicas de materiais queimados. As análises, feitas por microscopia eletrônica de varredura (MEV), também identificaram estruturas epidérmicas vegetais como estômatos e tricomas.

Os sedimentos estavam localizados no afloramento Estaca 93, nas margens do rio Madeira, em área próxima à Usina Hidrelétrica de Jirau. A datação da camada fossilífera foi realizada pelo método de espectrometria de massa com aceleração (AMS), que indicou idade de aproximadamente 43.500 anos.

A identificação do macrocarvão, associada à anatomia vegetal preservada, aponta que os fragmentos são oriundos de plantas angiospermas. Em uma das amostras foi possível associar os estômatos à família Myrtaceae, comum em florestas tropicais.

Os resultados indicam que os incêndios não foram causados por ação humana, já que ocorreram milhares de anos antes da presença de populações humanas na região. A hipótese mais provável é que mudanças climáticas, com períodos prolongados de seca, tenham favorecido a propagação do fogo. O estudo também sugere que esses incêndios naturais, embora raros, fizeram parte da dinâmica ecológica da floresta.

Os pesquisadores apontam que o material encontrado estava fortemente compactado, o que indica possível transporte por fluxo hídrico em ambiente de planície de inundação. Essa condição de depósito pode ter favorecido a preservação seletiva de fragmentos de madeira carbonizada.

A pesquisa amplia o conhecimento paleoambiental sobre a Amazônia e contribui com dados relevantes para estudos sobre mudanças climáticas passadas. A presença de macrocarvão em camadas geológicas do Quaternário é considerada uma das poucas formas confiáveis de identificar a ocorrência de incêndios antigos.

Apesar de os incêndios atuais na Amazônia estarem diretamente relacionados à ação humana — principalmente ao desmatamento e à expansão agropecuária —, a descoberta reforça que o fogo já esteve presente no bioma por razões naturais. No entanto, os pesquisadores alertam que os efeitos dos incêndios modernos, intensificados por práticas humanas, não podem ser comparados aos fenômenos naturais registrados no passado.

A equipe responsável planeja expandir os estudos para outras áreas da Amazônia a fim de identificar novos registros de paleoincêndios e aprofundar a compreensão sobre a evolução dos ecossistemas amazônicos ao longo do tempo.

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