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Morre Francisco Gregório Filho, artista acreano e um homem dedicado à cultura

um dos mais importantes personagens da cultura acreana

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Francisco Gregório Filho foi um dos mais importantes personagens da cultura acreana. Faleceu neste sábado, aos 73 anos, no Rio de Janeiro, onde residia. Gregório foi um ativista cultural, ator, diretor, escritor, contador de histórias, um homem que dedicou sua vida à arte e às letras.

Natural de Rio Branco, o artista colaborou com a elaboração do Programa Nacional de Incentivo à Leitura, implantado em 1992 na Biblioteca Nacional. Foi gestor da Fundação Elias Mansour (FEM), do Acre, em 2004 e da antiga Fundação de Cultura e Desporto do Acre, cargo que exerceu até março de 1990.

Deixamos aqui a biografia que se encontra em seu site:

Francisco Gregório Filho nasceu em Rio Branco, Acre, no dia 30 de março de 1949. Cresceu por entre os bairros da Capoeira, Cerâmica e o Centro da cidade. Frequentou a Escola Infantil Menino Jesus e a Escola Primeiro de Maio, onde completou o primário. Iniciou o ginásio no Colégio Nossa Senhora das Dores e concluiu no Colégio Acreano. O secundário foi iniciado na Escola Técnica de Comércio Acreano, mas foi no Rio de Janeiro, na Escola Técnica de Botafogo, que se diplomou contador. Em 1975 formou-se em Artes Cênicas na Escola de Teatro da Federação das Escolas Federais Isoladas do Estado do Rio de Janeiro (Fefierj), atual Unirio.

Nos idos da década de 1960, em Rio Branco, participou de diversos grupos de teatro, tendo sido inclusive secretário geral da Casa do Estudante do Acre. Quando a família se mudou para o Rio de Janeiro, em 1968, participou ativamente do Teatrinho Azul e dos movimentos artísticos do Museu de Arte moderna (MAM).

Em 1972, criou o grupo Ensaio de Teatro, com o qual participou da montagem do espetáculo “Aquele que diz sim e aquele que diz não”, de Bertold Brecht. O espetáculo foi apresentado em diferentes universidades, até em clubes de Rio Branco, Acre. Nesse mesmo período integrou o elenco do musical “Em torno da palavra homem”, uma coletânea de poetas brasileiros. Em 1973, dirigiu e atuou em espetáculos com grupos de jovens em diversos municípios do Acre. Ainda nessa época, desenvolveu programas nas rádios Difusora e Andirá.

Em 1974, dirigiu os ensaios da peça “Como castrar seu porco chauvinista ou só engorda quem negocia”, de Marcílio Moraes, que foi proibida pela censura no dia de sua estreia. Anda nesse ano, apresentou a peça “O ator com cara de bolacha versus Mimi fla-flu”, também de Marcílio Moraes, em teatros da cidade do Rio de Janeiro.

De 1976 a 79, participou ativamente do movimento cultural de seu estado natal: produziu e apresentou o programa Perfil Contemporâneo, na rádio Difusora, e o programa Momento Experiência, na rádio Andirá; também participou da criação do cineclube Aquiry, tendo sido seu primeiro diretor. Com o grupo Ensaio de Teatro, dirigiu a atuou as peças “A cigarra e a formiga”, “ZYH apresenta mensagem e melodias”, e “A floresta negra e dona Margarida”.

Nessa época, foi diretor geral do Departamento de Assuntos Culturais da Secretaria de Educação e Cultura do Estado e secretário do Conselho Estadual de Cultura. De 1978 a 79 acumulou ainda a função de diretor da rádio Difusora Acreana. No primeiro semestre de 79, exerceu a função de Gerente de Bem-Estar Social do SESC.

De volta ao Rio, no final de 1979, integrou a equipe da Coordenadoria de Assuntos Artísticos da Secretaria de Assuntos Culturais do MEC, onde permaneceu até 1981. Em 1982, assumiu a coordenação de Teatro Amador do Instituto Nacional de Artes Cênicas (Inacen), aí permanecendo até 1987. Simultaneamente participou do projeto Interação entre a Educação Básica e os Diferentes Contextos Culturais existentes no país, desenvolvido pela Secretaria de Cultura do MEC.

Foi então convidado para presidir a Fundação de Cultura e Desporto do Acre, cargo que exerceu até março de 1990. Durante esse período, produziu na rádio Difusora o programa “Aboio – canto de reunir”. Foi também vice-presidente do Fórum Nacional de Secretários de Cultura.

Retornou ao Rio em 1990, para coordenar a área de teatro do Instituto Brasileiro de Arte e Cultura (Ibac), do Ministério da Cultura. De 1982 a 96, a convite da Fundação Biblioteca Nacional, integrou a equipe que criou o Programa Nacional de Incentivo à Leitura (Proler), tendo assumido a coordenação da Casa da Leitura (sede do Proler) em 93.

Em 1997, passou a integrar a equipe do setor educativo do Centro Cultural Paço Imperial do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), onde desenvolveu atividades de contação de histórias e práticas de leitura. Também produziu e dirigiu espetáculos musicais e de teatro, além de ter participado de inúmeros seminários, fóruns, simpósios e encontros de leitura e literatura. Inseriu a sua paixão pelas pipas nas oficinas e passou a contar histórias fazendo pipas. Pipas feitas de tecidos, botões, rendas, bordados, provas testemunhais de sua biografia. O acervo ficou tão vasto que se transformou em exposição.

A partir de 2004 retornou ao Acre para exercer o cargo de presidente da Fundação Cultural Elias Mansour, onde permaneceu até início de 2006. Realiza a 1º Conferência de Cultura; insere os artistas acreanos no Projeto Pixinguinha; amplia a verba destinada à cultura no estado; inicia a construção da sede da Fundação, cria e apresenta os programas “Se Esta Rua Fosse Minha”, na Rádio Difusora, e o “Almanaque Aldeia”, na Rádio Aldeia. Ambos têm a proposta de levar informação cultural à população e resgatar músicas populares e folclóricas. Foi nessa época que Gregório conheceu a Rua Gregório Filho, no bairro Chico Mendes, nomeada pelos próprios moradores desde 1992.

Em 2006, em reconhecimento aos seus méritos, recebeu a Medalha de “Ordem do Mérito do Livro”, conferida pela Biblioteca Nacional. Posteriormente foi convidado como um dos pesquisadores da Cátedra Unesco de Leitura, na PUC/RJ. Retornou para o Paço Imperial, aí permanecendo até início de 2010, quando recebeu o desafio de implantar a primeira Secretaria de Promoção da Leitura do país, em Nova Friburgo, RJ. Em 2011 tornou-se membro da Academia Acreana de Letras. Neste mesmo ano retornou para a Fundação Biblioteca Nacional para compor a equipe do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas, até se aposentar em 2013.

Nos últimos anos, Gregório se dedicava as oficinas de contação de histórias e promoção da leitura em todo o Brasil. Gregório ensina o ofício por dentro e por fora, a partir de informações teóricas e práticas, de escolha de repertório e acervos pessoais, passando pela expressão corporal, indicações bibliográficas e apresentação pública. Gregório era casado com a educadora Lucia Yunes. Tem um filho, de seu primeiro casamento, também Francisco Gregório, agora Neto, carinhosamente chamado de Kiko.

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Assessoria

Legal no Acre realiza Workshop sobre Introdução aos Estudos Legislativos

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O Laboratório de Estudos Geopolíticos da Amazônia Legal no Acre realiza o workshop
“Introdução aos Estudos Legislativos”, de 18 e 20 de novembro. O Curso é ministrado pelo professor do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Fabiano Santos, de forma presencial no Auditório Adriana Santelli, localizado no Centro de Convenções da Universidade Federal do Acre.

Voltado a estudantes, pesquisadores e profissionais, o workshop visa apresentar aos participantes os fundamentos teóricos e metodológicos da moderna análise do funcionamento do Poder Legislativo nas democracias contemporâneas. Procura também mostrar como tal aparato foi absorvido nos estudos sobre a política brasileira desde a transição democrática iniciada nos anos 80 do século passado. Além disso, se debruça sobre como aplicar instrumentos e técnicas para a pesquisa de Assembleias Legislativas.

A programação do curso abrange três aulas principais, cada uma focada em temas fundamentais para a compreensão do funcionamento do Legislativo, abordando a teoria geral e perspectivas de análise; teoria brasileira e o estudo de legislativos estaduais. As aulas objetivam proporcionar uma visão abrangente das teorias e práticas do Legislativo brasileiro, com enfoque tanto em análises gerais quanto em estudos específicos de casos estaduais.

O workshop oferece uma oportunidade valiosa para aprofundar o entendimento sobre o Legislativo brasileiro e refletir sobre suas dinâmicas, tanto em âmbito federal quanto estadual, utilizando exemplos práticos e teóricos.

Durante a abertura do workshop, foi realizado também o lançamento do documentário “Viver para a terra: o caso de Rondônia”, que aborda a questão agrária de forma analítica em Rondônia, produzido com o apoio do Instituto Clima e Sociedade (ICS) e da Iniciativa Amazônia + 10.

Estiveram presentes no ato de lançamento a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da Ufac, professora Margarida Lima de Carvalho; a diretora do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Ufac, professora Georgia Pereira Lima; o presidente do Sistema OCB no Acre, Valdemiro Rocha; o superintendente do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar no Acre, Cesário Braga; o secretário Executivo da União Nacional das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes); o superintendente da Secretaria do Patrimônio da União no Acre, Tiago Mourão; a representante da Pró-reitoria de Extensão, Keiti Pereira; o coordenador da Unisol no Acre, Carlos Omar; e os vereadores eleitos André Kamai (PT) e Bruno Morais (PP).

Realização

O workshop é uma realização da Universidade Federal do Acre (Ufac); Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ); Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH); Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (Propeg); e Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex). O evento conta com o apoio da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB/AC); Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac); Iniciativa Amazônia +10; e Escola de Contas do Tribunal de Contas do Estado (TCE/AC).

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Notícias

Inauguração do Porto de Chancay consolida nova rota para o comércio internacional

Porto de Chancay marca nova era para o desenvolvimento do Acre e aproxima Brasil do mercado asiático

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Uma comitiva do Acre, composta por empresários liderados pela Associação Comercial, Industrial, de Serviço e Agrícola do Acre (ACISA) e pelo prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, participou no último sábado (16) da inauguração do Porto de Chancay, no Peru. O evento contou também com a presença do senador Sérgio Petecão (PSD-AC), que destacou as oportunidades logísticas e econômicas que a nova estrutura oferece para o estado e para o Brasil.

O Porto de Chancay, fruto de uma parceria entre Peru e China, recebeu investimentos de US$ 3,6 bilhões. Localizado no Oceano Pacífico, o terminal representa uma nova alternativa logística para conectar a América Latina ao mercado asiático, atendendo à crescente demanda por exportações com maior eficiência e menor custo.

Para o Acre, a proximidade com o porto cria a possibilidade de consolidar sua posição estratégica como corredor logístico. O senador Sérgio Petecão afirmou que é essencial investir em infraestrutura para que o estado aproveite plenamente as oportunidades geradas pela nova rota.

“O Acre está a dois mil quilômetros do Porto de Chancay, o que facilita o acesso aos mercados asiáticos. É preciso que governos e setores produtivos trabalhem juntos para fortalecer a infraestrutura e ampliar a capacidade de exportação do estado”, disse Petecão.

O prefeito Tião Bocalom destacou o papel de Rio Branco como um ponto de apoio para as operações logísticas que podem ser impulsionadas pela nova rota. Ele defendeu a necessidade de atrair investimentos e desenvolver a infraestrutura local, apontando o impacto positivo para a economia regional.

“A nova conexão com o Pacífico coloca o Acre em uma posição estratégica. Nossa capital pode se tornar uma base importante para movimentar produtos e facilitar o comércio internacional. Vamos trabalhar para garantir que essa oportunidade seja transformada em avanços concretos”, declarou Bocalom.

Marcello Moura, presidente da ACISA, também esteve presente no evento e ressaltou o papel do porto na integração comercial. Ele afirmou que a nova estrutura pode ser um fator decisivo para a expansão dos negócios locais e a inserção de empresários acreanos no mercado global.

“Essa conexão reforça a importância do Acre no cenário logístico brasileiro. Precisamos aproveitar essa oportunidade para fortalecer o empreendedorismo e criar condições favoráveis ao crescimento econômico da nossa região”, disse Marcelo Moura . (Confira o vídeo)

Durante a inauguração, os representantes do Acre participaram de reuniões bilaterais com autoridades peruanas, empresários e investidores para discutir possibilidades de cooperação. Entre as propostas apresentadas estão a criação de um porto seco (EADI) no estado e a reativação da Zona de Processamento de Exportação (ZPE), ambos vistos como alternativas para melhorar a competitividade logística e atrair novos investimentos.

“Essa nova rota precisa de planejamento e investimento. Com parcerias bem estruturadas, o Acre pode se tornar um exemplo de integração econômica na região amazônica, gerando empregos e fortalecendo a economia local”, afirmou o senador Petecão.

O evento demostra, reafirma e consolida o interesse de lideranças públicas e empresariais em criar condições para que o Acre desempenhe um papel relevante na cadeia de exportações internacionais, ampliando o impacto do Porto de Chancay para além das fronteiras peruanas.

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Cultura

Oficina de elaboração e gestão de projetos culturais começa hoje em Rio Branco; veja como participar

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Atenção fazedores de cultura, artistas, ativistas, educadores e público em geral. O Comitê de Cultura Cia Visse e Versa Acre promove, a partir desta segunda-feira, 18, até o sábado, 23, a Oficina Básica em Elaboração e Gestão de Projetos Culturais – Fábrica de Ideias. A atividade será realizada no Centro Cultural Thaumaturgo Filho, bairro Manoel Julião, em Rio Branco,

Totalmente gratuita, a oficina ocorre das 18 às 21 horas, de segunda a sexta-feira (18 a 22 novembro). E das 9 às 12 horas, no encerramento do sábado, 23.

A proposta da oficina é desenvolver habilidades criativas e técnicas para a concepção, planejamento, comunicação e execução de projetos culturais, além de fomentar a colaboração e o pensamento crítico entre os participantes, utilizando de diversos instrumentos lúdicos, dinâmicas e jogos, que possam contribuir com a concretização material, coletiva e financeira de uma proposta cultural.

Segundo o coordenador do Comitê e oficineiro, Lenine Alencar (artista das artes cénicas), a formação viabiliza aos participantes a possibilidade de apresentar projetos culturais e concorrer aos editais.

“A elaboração de um projeto é essencial para qualquer tipo de atividade. E é isso que a gente vai buscar que a pessoa desenvolva, seja por um fomento, ou captação de recursos junto a uma empresa ou mesmo um órgão público, seja uma produção individual com recurso próprio, todas precisam de planejamento. A oficina apresenta técnicas para que o proponente se organize para executar a sua ideia”, destaca Lenine.

Financiado pela Lei Paulo Gustavo (LPG), por meio Fundação de Cultura Garibaldi Brasil (FGB), o projeto é desenvolvido em parceria com o Comitê de Cultura Cia Visse e Versa Acre. A atividade será ministrada por Lenine Alencar, Claudia Toledo e Rose Farias.

“O que a gente pretende no final dessa ideia é que cada um possa desenvolver criativamente o seu projeto, a partir de uma ideia. E que, essa ideia ao se tornar uma proposta, vire um projeto cultural bem configurado, dentro dos parâmetros que a gente está vivendo hoje, sobre questões inclusivas, participação ativa das pessoas dentro do acolhimento e dos processos de acessibilidade que são necessários, a partir do direito das pessoas em terem acesso à cultura e a arte, sobretudo o empoderamento dos trabalhadores e trabalhadoras da cultura quanto aos editais de fomento”, salienta Lenine.

Como participar

Com uma carga horária de 20 horas e certificado ao final da formação, a oficina Básica em Elaboração e Gestão de Projetos Culturais – Fábrica de Ideias, é totalmente gratuita e tem como público-alvo: produtores culturais, artistas, ativistas, educadores, estudantes e interessados em construir e elaborar projetos artístico-culturais.

Para se inscrever, os interessados devem acessar o link de inscrição – https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfSZUB9cO0WOtdFVSaUAhsfsitgrvyxzoFnKLrPA9U4gKdPKQ/viewform

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