Produtores de café do vale do Juruá recebem capacitação sobre cooperativismo
Parceria entre o Sistema OCB/Sescoop Acre, Prefeitura de Mâncio Lima, Secretaria de Estado de Agricultura e Coopercafé possibilitou a realização de curso.
Mais de 80 produtores, empresários, técnicos, pesquisadores e estudantes da região do vale do Juruá participaram esta semana no município de Mâncio Lima, de capacitação sobre os Fundamentos do Cooperativismo.
O curso, inicialmente voltado para os cooperados da Coopercafé, contou também com a presença de gestores públicos e produtores dos municípios da região, e acadêmicos do curso de Agronomia da Universidade Federal do Acre (UFAC). O objetivo da capacitação é aprofundar o conhecimento dos participantes sobre o cooperativismo, de forma a promover o desenvolvimento do setor de forma integrada e sustentável.
Na abertura do evento a prefeita em exercício de Mâncio Lima, Ângela Valente, destacou a importância da capacitação como forma de gerar mais valor para as cooperativas do município.
“O movimento cooperativista tem uma vantagem em relação a outros, pois ele ensina a trabalhar em grupo visando o lucro coletivo. Este evento é de extrema importância para o fortalecimento das cooperativas já existentes, ele vai contribuir e incentivar o surgimento de novas cooperativas em áreas diferentes. Nós no Acre, na Amazônia, trazemos uma herança do individualismo, “se tá bom para mim os outros que se virem” e, este curso é para mudar este pensamento, esta cultura, o sonho que se sonha sozinho é apenas um sonho, mas quando sonhamos em grupo o sonho se realiza”, falou Ângela Valente, Prefeita em exercício.
Valdemiro Rocha, presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras no Acre (OCB/AC) e técnico da Secretaria de Estado de Agricultura, ministrou palestra na capacitação e detalhou a finalidade e importância do curso.
“A Coopercafé é umas das cooperativas mais organizadas e estruturadas no vale do Juruá, podemos classificá-la como uma das cooperativas que mais cumpre obrigatoriedades exigidas pela lei, entre elas está a capacitações para seus cooperados. Este curso em específico é para todos os segmentos cooperativistas, nele abordamos as questões legais, sobre como funciona um conselho fiscal, quais os deveres e direitos dos cooperados, como constituir o fundo e noções gerais sobre cooperativa”, explicou o palestrante.
Coopercafé
A Coopercafé foi criada em 2021 e tem atualmente 42 cooperados da região do vale do Juruá. O conteúdo do curso foi desenhado de forma a contribuir com a gestão e governança das cooperativas, e personalizado para gerar vantagem competitiva para esse tipo de organização.
Cooperativismo como ferramenta de inclusão
Jonas Lima, presidente da Coopercafé destacou a importância do cooperativismo como ferramenta de inclusão.
“A Coopercafé começou pelo caminho certo, com produtores rurais que tinham interesse em entrar no mercado da cafeicultura, o movimento que começou tímido, já tem um grupo expressivo de produtores rurais. O cooperativismo é a ferramenta mais importante na vida de um cidadão que quer empreender e, o apoio que estamos tendo da prefeitura tem sido fundamental para o sucesso do movimento. Eu vejo o cooperativismo como uma ferramenta de inclusão e geração de renda justa e igualitária, eu acredito neste projeto e continuo buscando fortalecer mais ainda e que possamos aproveitar o máximo dos ensinamentos deste curso”, ressaltou Jonas Lima, Presidente da Coopercafé.
Já a secretária de Produção de Mâncio Lima, Alana Souza, destacou os benefícios do modelo de cooperativismo para o desenvolvimento do setor produtivo no município e na região do Juruá.
“Mâncio Lima têm quatro cooperativas consolidadas e em pleno funcionamento, Cooper Frutos, Cooper Café, Cooper Peixes e Cooperativa dos Pecuaristas do Vale do Juruá. Quando o movimento se junta em torno de um bem comum os resultados vem, são positivos e todos ganham, estamos trabalhando para organizar as nossas cadeias produtivas, capacitando as pessoas e fortalecendo os movimentos para melhorar mais o setor produtivo”, destacou Alana Souza, Secretária Municipal de Produção.
O curso teve duração de oito horas e contou com a presença de cerca de 80 participantes. Autoridades como o prefeito de Cruzeiro do Sul, Zequinha Lima, a vice-prefeita de Mâncio Lima, Ângela Valente, e o presidente da Coopercafé, Jonas Lima, a secretária de Produção de Mâncio Lima, Alana Souza e a secretária de Agricultura, Pesca e Abastecimento de Cruzeiro do Sul, Aldeni Menezes participaram da atividade.
A Prefeitura de Rio Branco realizou nesta semana a limpeza completa das Estações de Tratamento de Água (ETAs) I e II, com o objetivo de assegurar a qualidade da água distribuída à população. A ação foi executada pelo Departamento de Água e Esgoto (Saerb) e teve como foco a remoção de sedimentos acumulados em estruturas fundamentais do processo de purificação, como decantadores, canaletas e colmeias.
Segundo o engenheiro de manutenção do Saerb, Éder Franco, o procedimento foi necessário após cerca de dez dias consecutivos de alta turbidez na água bruta, provocada pelas chuvas que atingiram os rios Riozinho do Rola e Xapuri, principais afluentes da capital. “A turbidez alta traz muito sedimento, as partículas suspensas vão se acumulando, mesmo quando reduzimos a vazão. Nossos técnicos observam esses indicadores e, quando o equilíbrio não é suficiente, ajustamos os parâmetros químicos para garantir a eficiência do tratamento”, explicou Franco.
Durante o processo de manutenção, as equipes realizaram a retirada dos resíduos acumulados nas estruturas internas das duas unidades, restabelecendo a capacidade de operação. Após a limpeza da ETA I, a vazão foi elevada para 600 litros por segundo, limite máximo da unidade. Já a ETA II opera com até 1.050 litros por segundo, mas atinge essa capacidade apenas quando a água do manancial apresenta menor concentração de sedimentos. “Nosso objetivo é ofertar água com qualidade, não apenas quantidade”, destacou o engenheiro.
A limpeza das ETAs integra o conjunto de medidas contínuas da Prefeitura de Rio Branco para manter o abastecimento seguro e garantir que a água tratada chegue às residências em condições adequadas de consumo.
O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, celebrou o reconhecimento de quatro produtores acreanos classificados entre os 30 melhores cafés do Brasil no concurso Coffee of the Year 2025, promovido durante a Semana Internacional do Café, em Belo Horizonte (MG). Em publicação nas redes sociais, Bocalom destacou o papel de Acrelândia na produção de café e parabenizou os agricultores que vêm consolidando o Acre como referência nacional na cafeicultura.
Segundo o prefeito, três dos quatro cafés finalistas são de produtores de Acrelândia, município onde ele iniciou sua trajetória política. “Três deles são de Acrelândia, terra onde, em 1993, quando fui prefeito, distribuí 300 mil mudas de café, e onde governei por três mandatos, sempre acreditando e investindo no potencial dos nossos produtores”, afirmou.
Bocalom ressaltou que o café representa uma alternativa de desenvolvimento sustentável para o Acre, ao lado da pecuária e da agricultura familiar. “Sempre disse, e reafirmo: a saída para o desenvolvimento da nossa terra está no café e não no leite. Acrelândia hoje é a maior bacia leiteira do Acre, e como costumo dizer, o leite paga as contas do dia a dia, enquanto o café compra a colônia do vizinho”, declarou.
O prefeito também destacou a importância do trabalho no campo e a valorização das famílias que vivem da produção agrícola. “Essa é a verdadeira riqueza que nasce da nossa terra e transforma vidas. Municípios do Juruá, como Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima, também estão colhendo os frutos desse mesmo potencial, mostrando que o Acre tem solo fértil, gente trabalhadora e futuro promissor”, disse.
Bocalom parabenizou os produtores Luiz Ferreira das Chagas, do Sítio São Francisco (Cruzeiro do Sul); Felipe de Lara Caffer, da Colônia Simpatia (Acrelândia); Vanderlei de Lara, da Colônia Lara (Acrelândia); e Wagner Alvares, da Estância Taquarí (Acrelândia), que representaram o estado no concurso. “Seguimos firmes, com fé, trabalho e orgulho da nossa terra, que tem no campo a sua maior força”, concluiu.
O sol do Acre não perdoa. Brilha firme sobre o asfalto quente da Avenida Ceará, onde o tempo parece se dividir entre o barulho das máquinas e o passo apressado de quem passa. Ali, no coração de Rio Branco, a cidade muda. Cada novo metro de via é um traço de modernidade. Cada rosto suado, uma história.
Entre eles, a de Wesley da Silva de Oliveira, 26 anos. Filho de uma doméstica e de um pedreiro, ele aprendeu com o pai que trabalho é mais do que sustento, é um modo de existir. “Meu pai era pedreiro, minha mãe doméstica. Eu segui o rumo do meu pai, porque era o que tinha em casa”, diz, olhando para o canteiro de obra que ajuda a erguer, com as mãos marcadas e um olhar que mistura força, cansaço e orgulho.
A obra da Avenida Ceará, executada pelo Governo do Estado do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Obras Públicas (SEOP), é uma dessas transformações que se enxergam de perto. Não é só sobre concreto e máquinas. É sobre o movimento de uma cidade que cresce, de pessoas que voltam a sonhar. É sobre um governo que escolheu fazer da infraestrutura um caminho de dignidade.
“É bom ver o governo dando oportunidade. A gente se anima, tem renda, melhora a condição da família”, conta Wesley. Atrás dele, outros homens e mulheres dividem a mesma rotina e o mesmo sentimento. São vozes que o Acre às vezes não ouve, mas que constroem, em silêncio, o futuro de todos nós.
O engenheiro civil Ítalo Almeida Lopes, secretário de Estado de Obras, caminha entre o barulho das máquinas e o calor do asfalto. Ele fala com o orgulho de quem também põe a mão no trabalho que conduz. “É um sentimento de realização e de responsabilidade muito grande”, diz. “Sou engenheiro formado na Universidade Federal do Acre e hoje trabalho com profissionais que são referência para o Estado todo. Essa obra vai muito além da técnica. Mobilidade urbana é qualidade de vida. É garantir que quem sai de casa cedo para trabalhar ou estudar tenha menos tempo no trânsito e mais tempo com a família.”
A Avenida Ceará é mais do que uma via em obras. É o símbolo de um Estado que se refaz, que investe na sua gente, que transforma o chão em esperança. “Eu me imagino nessa cidade daqui a um ano, tudo diferente. E já fico emocionado, porque participei disso”, diz Wesley, com um sorriso tímido. “O coração fica doido.”
No fim da tarde, o sol se despede em tons alaranjados e o reflexo do asfalto novo devolve à cidade um brilho que parecia esquecido. Wesley observa o que está ajudando a construir. “Nosso Acre não é excluído. A gente existe e tem força pra trabalhar”, diz, mais pra si do que pra quem ouve.
Talvez ele não perceba, mas sua frase carrega o sentido exato daquela obra, e de tantas outras que nascem do trabalho e da vontade de um governo que acredita nas pessoas. Porque, no fim das contas, o que se constrói ali não é apenas uma avenida. São sonhos que constroem o futuro.
“Nosso Acre não é excluído. A gente existe e tem força pra trabalhar” – Wesley da Silva de Oliveira
‘Vozes que o Acre às vezes não ouve, mas que constroem, em silêncio, o futuro de todos nós.’
Governo do Estado e trabalhadores unidos na revitalização da Avenida Ceará. Engenharia, força e esperança transformando Rio Branco. – Foto: Sérgio Vale
“Mobilidade urbana é qualidade de vida. Cada desafio de hoje é parte de um investimento que vai beneficiar gerações de acreanos.” Ítalo Almeida Lopes, secretário de Estado de Obras. – Foto: Sérgio Vale