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Tecnologia

Rio Crôa em Cruzeiro do Sul

Moradores da comunidade vão contar com internet via fibra ótica

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O rio Crôa fica próximo à área urbana do município de Cruzeiro do Sul, interior do Acre. Para chegar até o paraíso natural, é preciso percorrer 21 quilômetros pela BR-364. Local de equilíbrio espiritual, amplo roteiro turístico com paisagens que encantam os visitantes, e uma das principais fontes de renda para toda a comunidade que mora na região. Esta é uma pequena descrição do Rio Croa, que recebe até 200 turistas por mês em busca de conhecer a exuberância do lugar.

Além das águas do manancial, é possível encontrar árvores centenárias, que se impõem e embelezam a região. E quem mora por lá não pode deixar de exaltar a preservação que é mantida, que garante, além de beleza, o ecoturismo que contribui o sustento de muitas famílias.

Atualmente cerca de 80 famílias residem às margens do manancial e a maior fonte de renda da comunidade é o ecoturismo. Visando esse grande fluxo de visitantes semanalmente, o governo do Acre em parceria com uma empresa do ramo de comunicação, garantiu a abertura de um ramal para a chegada da fibra óptica no Crôa e a instalação de 10 pontos gratuitos de internet em restaurantes, pousadas e outros pontos turísticos.

O governo vai garantir a instalação nas residências e os moradores arcarão com as despesas mensais. “Na samaúma, pousadas, e pontos turísticos os moradores e turistas vão acessar a Internet gratuitamente. Os moradores serão beneficiados com a instalação gratuita nas residências”, disse Alcy Costa, representante da secretaria de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia – SEICT.

Cultura

Txai Amazônia traz ao Acre marca de moda sustentável que cria biomateriais a partir da borracha nativa do Pará

Tainah Fagundes, cofundadora da Da Tribu, fala sobre atuar no fortalecimento de comunidades extrativistas

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O que acontece quando juntamos ancestralidade e inovação? Essa pode ser a pergunta que guia a história da ‘Da Tribu’, uma marca de moda paraense que cria biomateriais utilizando a borracha como matéria-prima.

O empreendimento é um dos casos de sucesso que estarão no Txai Amazônia, evento que acontece no espaço eAmazônia, na Universidade Federal do Acre (Ufac), em Rio Branco.

Com apresentação marcada para 25 de junho, às 14h, no seminário, Tainah Fagundes, uma das fundadoras da ‘Da Tribu’, conta que o interesse pela ancestralidade começa muito antes do que se imagina:

 “Começa a partir da trajetória de vida da minha mãe, Cátia Fagundes. Ela não concluiu os estudos, terminou apenas o ensino médio e não fez graduação. Teve filhos muito jovem e enfrentou muitas dificuldades para se manter. Fez de tudo um pouco. Há cerca de 15 anos, quando ainda não existiam maquininhas de cartão, acumulou 20 mil reais em dívidas com clientes que não pagavam. Isso dificultou o acesso ao crédito. Com as roupas novas que sobraram das vendas, começou a criar os primeiros acessórios”, relembra.

Assim nasceu a Da Tribu: com mais de 20 mil reais em dívidas, reaproveitando resíduos têxteis para transformar em suas primeiras peças. Desde o início, o conceito de moda sustentável esteve presente. Nada foi comprado inicialmente; tudo foi aproveitado a partir do que já existia. Usaram diversos materiais e técnicas antigas, crochê, papel, papel machê, vinil, fitas magnéticas de fita cassete, que se tornaram base para a moda sustentável que Tainah e sua mãe acreditam. Mesmo sem recursos ou investimento financeiro planejado, começaram com o que tinham.

Para a Da Tribu, trabalhar com a borracha nativa é uma reconexão e um reconhecimento da força dos povos da floresta, especialmente indígenas. Elas utilizam sementes e fibras da floresta, buscando apresentar um novo olhar sobre a moda sustentável.

Depois de 15 anos experimentando vários materiais, há 10 anos começaram a fortalecer o uso da borracha nativa. Foi em uma feira de tecnologia social que se reconectaram com esse insumo, entendendo que era possível ressignificar o ciclo da borracha por meio da união entre tecnologia social e inovação da economia criativa. A partir disso, passaram a aplicar um design mais contemporâneo, sem renunciar à identidade e inclusão, bases da bioeconomia.

“Quando falamos em moda sustentável na Amazônia, não estamos falando de um polo têxtil, porque isso aqui não existe como no Sul ou Sudeste, nem como no Nordeste, que é produtor de algodão orgânico e jeans. Aqui, a força está nos bioativos. Falamos de identidade, pertencimento, território. De envolver pessoas no processo extrativista, junto com suas famílias. Assim, conseguimos inovar em fios e tecidos para o setor têxtil, começando pelas nossas joias orgânicas”, declara Tainah sobre a trajetória da marca.

Amazônia em foco

As mulheres por trás da Da Tribu contam a história do novo ciclo da borracha nativa na Amazônia a partir do protagonismo de extrativistas e mulheres que participam do processo, demonstrando autonomia nas práticas, no fazer e na valorização dos saberes. Fagundes reflete sobre os desafios desta missão:

“Não é fácil, porque precisamos sensibilizar e educar um mercado que vem de uma lógica muito industrializada, onde as percepções de valor ainda são bastante nichadas. Acreditamos que essa moda da floresta precisa ser cada vez mais democrática. Não vemos o mercado de luxo como caminho para nossa sustentabilidade. Quanto mais pessoas souberem e tiverem acesso aos nossos produtos, seja pelas joias orgânicas ou pelos biomateriais, frutos de uma pesquisa que desenvolvemos ao longo dos anos, mais cumpriremos nosso papel”, diz.

A empreendedora também fala sobre a alegria de vir ao Acre, terra de Chico Mendes. Sua vinda é viabilizada pelo Txai Amazônia e, para além dos debates e da importância de discutir sociobioeconomia em espaços plurais e de negócios, algo que o seminário tem em seu cerne, Tainah destaca o significado pessoal de estar nesse espaço:

“Milton Nascimento lançou um álbum chamado ‘Txai’ na minha infância, que considero um dos mais bonitos da história do Brasil. É nesse lugar que nos reconhecemos como parentes. Os indígenas descobriram o potencial da borracha, e hoje temos o dever de manter essa floresta de pé e valorizar processos tão genuínos e potentes para a vida na floresta”, afirma.

A Da Tribu torna esses materiais acessíveis para que marcas e designers possam adquiri-los. Poder mostrar e ser convidada para contar essa história que não é só dela e de sua mãe, mas também de todos os amazônidas, muitos dos quais ainda se sentem desconectados da identidade amazônica e da relação com a borracha, “é uma grande alegria” para Tainah.

“Estar aqui, no Acre, no território de Chico Mendes, é muito significativo para a gente. Respeitamos essa família e todos os povos que lutam dia após dia por essa floresta. Nós, que viemos do Pará, estamos trabalhando no aperfeiçoamento dessa história. Acho que essa relação de conexão, de afetos, é o que realmente precisamos fortalecer”, finaliza a entrevistada.

Uma das missões do Txai Amazônia é promover uma sociobioeconomia que vai além dos modelos industriais ou do capital financeiro, valorizando os elos de afeto, amizade e relações horizontais entre pessoas e comunidades. 

Sobre o TXAI Amazônia

Com estreia no Acre, o seminário reunirá líderes dos nove estados da Amazônia Legal, entre os dias 25 e 28 de junho de 2025, além de Bolívia e Peru, para promover a bioeconomia e a valorização da sociobiodiversidade como base para o desenvolvimento econômico da região.

Durante quatro dias, o TXAI Amazônia abordará sete temas em 15 painéis, apresentando 20 casos de sucesso da bioeconomia regional e uma Mostra Artística que integrará povos tradicionais, comunidade acadêmica e autoridades.

O seminário é organizado pelo Instituto SAPIEN, uma instituição científica, tecnológica e de inovação dedicada à pesquisa e gestão para o desenvolvimento regional, em parceria com o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR), o Governo do Estado do Acre, suas secretarias e 25 instituições locais.

Acesse o site do Txai Amazônia e se inscreva gratuitamente. O link também está disponível nas redes sociais do @txai.amazonia.

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Tecnologia

Bezerros geneticamente editados nascem no Brasil com tecnologia CRISPR

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A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) anunciou o nascimento dos primeiros bezerros geneticamente editados no Brasil utilizando a técnica CRISPR/Cas9, aplicada em embriões fecundados in vitro. Os animais, da raça Angus, nasceram entre o fim de março e o início de abril de 2025 e são parte de um projeto realizado em parceria com a Associação Brasileira de Angus.

A iniciativa busca desenvolver bovinos com maior resiliência ao calor por meio da edição do gene receptor da prolactina, responsável pelo controle da temperatura corporal. Dois dos cinco bezerros apresentam pelos curtos e lisos, característica que favorece a adaptação ao clima tropical. Segundo o pesquisador da Embrapa Luiz Sérgio de Almeida Camargo, “os resultados obtidos já são suficientes para que os animais apresentem a característica desejada”.

O processo de edição genética foi realizado por eletroporação de zigotos, técnica considerada menos invasiva e de menor custo. A expectativa é que os animais geneticamente editados tenham melhor desempenho produtivo e reprodutivo, especialmente em regiões quentes e úmidas.

A pesquisa envolve também o acompanhamento do crescimento dos animais e a verificação da transmissão das características editadas para as próximas gerações. Caso confirmada a hereditariedade, a tecnologia poderá ser disseminada de forma natural entre rebanhos.

O projeto reúne, além da Embrapa e da Associação Brasileira de Angus, instituições como o CNPq, a Fapemig, o Sebrae e a Casa Branca Agropastoril. As atividades de pesquisa são conduzidas por equipes da Embrapa Gado de Leite (MG), Embrapa Gado de Corte (MS) e Embrapa Pecuária Sul (RS).

“O projeto coloca a pecuária brasileira na vanguarda da inovação genética”, afirmou Mateus Pivato, diretor-executivo da Associação Brasileira de Angus. Já o presidente da entidade, José Paulo Cairoli, destacou que a edição gênica representa um marco na história da pecuária brasileira. A tecnologia também poderá contribuir para a valorização da carne Angus no mercado interno e internacional.

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Esporte

68bits’ Aarão, Darueck e Adaildo

Um bate-papo descontraído e cheio de personalidade

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Photo: Shutterstock

Suas tardes de quintas não serão mais as mesmas!!!

É pop – Sabe o que acontece quando um professor, um jornalista e um designer gráfico se reúnem?
Um bate-papo descontraído e cheio de personalidade.

Daru, Aarão e Adaildo deixam suas tardes de quinta, quase um domingão.

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Tendência