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Cultura

Teatro no Acre?

Uma realidade com o Grupo do Palhaço Tenorino em ‘Boca de Forno – No tempo dos avós de nossos avós’

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“Teatro no Acre?” Alguns podem questionar se tal coisa existe, como se fosse uma miragem em meio à grande floresta amazônica. Mas para quem já teve o privilégio de testemunhar a magia do Grupo do Palhaço Tenorino (GPT), essa dúvida se desfaz rapidamente, dando lugar a uma certeza inegável: não só o teatro existe por essas bandas, como floresce em espetáculos como ‘Boca de Forno – No tempo dos avós de nossos avós’. Há mais de três décadas, desde a sua fundação salvo engano em 1991, o GPT se tornou referência no cenário teatral do estado, desafiando preconceitos e mostrando que a arte tem espaço em qualquer lugar.

Assistir a última apresentação, do “Boca de Forno – No tempo dos avós de nossos avós” no Teatro de Arena do Sesc foi muito mais do que uma simples peça teatral; foi uma experiência que transcendeu o tempo e espaço.

Sob a direção e dramaturgia magistrais de Marilia Bomfim, o Grupo do Palhaço Tenorino (GPT) transportou o público para uma viajem emocionante através das gerações. A direção musical e de atores de Dinho Gonçalves adicionou uma camada extra de profundidade à performance.

A trilha sonora composta por cantigas de roda foi um elemento fundamental que cativou não apenas as crianças, mas também os da melhor idade, levando o público em uma viagem através de suas memórias afetivas. Cada acorde, cada verso, quantas lembranças, inocência e alegria. Dinho Gonçalves, José Neto e Marilia Bomfim criaram uma trilha sonora envolvente que arrebatou literalmente os corações dos espectadores.

O elenco, composto por  Emilly Matos, James Guerreiro, Jayme Guerreiro, Linda Zanatta, Mariana Bonfim, Mel Zanatta, Rafaela Zanatta e Samile Guerreiro, entregou performances emocionantes e convincentes. Ao sair do teatro, fui preenchido por uma sensação de felicidade e satisfação, grato por ter presenciado um trabalho tão inspirador e impactante.

Enquanto as crianças dançavam e cantavam, alguns descobriam “velhas” novas possibilidades, enquanto os mais velhos sorriam e choravam, relembrando momentos de suas próprias infâncias. Mas não posso revelar muito; você precisa assistir para entender completamente essa experiência. Mas vai ter que esperar, a montagem do espetáculo é independente, e agora busca captar recursos para uma nova temporada.

É importante ressaltar o compromisso e a coesão do grupo como um todo. O trabalho em equipe é essencial no teatro, e o Grupo do Palhaço Tenorino demonstrou uma harmonia e sincronia em cena e na produção. É evidente que cada membro do grupo contribuiu para o sucesso do espetáculo, mostrando que, juntos, são capazes de criar magia no palco.

O Grupo do Palhaço Tenorino continua a ser uma verdadeira joia do teatro acreano, levando alegria e inspiração a todos aqueles que têm o prazer de assistir às suas apresentações.

Em tempos de incerteza e adversidade, o teatro continua a ser uma fonte de inspiração e esperança. O Grupo do Palhaço Tenorino e sua produção independente de “Boca de Forno”, é um lembrete poderoso do poder transformador da arte e da importância de preservar e celebrar as nossas tradições culturais. Que eles continuem a espalhar alegria e magia por muitos anos ainda, encantando plateias e deixando um legado na história do teatro acreano. 

Que nossos gestores, responsáveis pelas políticas culturais, se desafiem a buscar as melhores condições e, quem sabe, validar o verdadeiro poder transformador da arte.

Alexandre Nunes Nobre

Cultura

História do Quatipuru encantado é tema de produção audiovisual de jovens comunicadores indígenas do Acre

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Um grupo de jovens comunicadores indígenas do Acre produziu um vídeo baseado em narrativas tradicionais do povo Huni Kuĩ. O trabalho foi realizado durante a 5ª Oficina de Comunicadores Indígenas, ocorrida entre os dias 9 e 20 de setembro, no Centro de Formação dos Povos da Floresta (CFPF).

A produção apresenta a história do Quatipuru encantado, um conto tradicional Huni Kuĩ que relata a transformação de um animal em ser humano. No enredo, uma mulher encontra um quatipuru encantado enquanto busca água no igarapé. Após um breve diálogo, o quatipuru se transforma em homem, casa-se com a mulher, tem três filhos e contribui com a comunidade ao cultivar uma plantação de legumes. O desfecho da narrativa envolve a fuga do personagem principal com seus filhos após descobrir um plano contra sua vida.

O vídeo foi idealizado e produzido pelos próprios participantes da oficina, como parte de uma iniciativa voltada à valorização das culturas indígenas e ao fortalecimento da comunicação feita por jovens das comunidades.

A oficina integra um esforço coletivo para registrar e divulgar saberes tradicionais por meio de linguagens audiovisuais, promovendo o protagonismo indígena na produção de conteúdos culturais.

Fonte: @comunicadoresindigenasdoac

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Cultura

Palco Giratório 2025 leva espetáculo do Acre a nove estados do país

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O Acre será representado na 27ª edição do Palco Giratório, maior projeto de circulação de artes cênicas do Sesc, com o espetáculo Fiandeiro de Tempos, dirigido e encenado por Victor Onofre. A montagem, produzida pelo Coletivo Iluminar, integra a programação nacional ao lado de outros 15 trabalhos selecionados de diferentes regiões do Brasil.

A peça foi criada a partir de vivências nas comunidades ribeirinhas do Rio Murú, Rio Croa e Serra do Môa, e aborda aspectos do cotidiano e dos saberes tradicionais dessas populações. Estreada em dezembro de 2021, em Rio Branco, a obra também passou por nove estados durante o projeto Sesc Amazônia das Artes em 2023.

Neste ano, Fiandeiro de Tempos será apresentado em Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Alagoas, Rondônia, Paraná e Rio de Janeiro, entre os meses de abril e outubro.

Natural de Cruzeiro do Sul, Victor Onofre destacou o significado da participação no circuito nacional: “Nasci em uma comunidade ribeirinha e hoje cheguei a um dos maiores festivais de teatro do país. Honra é a palavra e gratidão também”, disse o artista.

A ficha técnica inclui nomes como Quílrio Farias, Dino Camilo e Jaqueline Chagas, responsáveis pelo texto, cenário e figurino. A trilha sonora é assinada por Farias, Marcos Casas e Mara Mattero. A operação de luz será feita por Marques Izitio.

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Cultura

Museu do Xapury é reinaugurado após revitalização com recursos do governo estadual

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O Museu do Xapury foi reinaugurado nesta terça-feira, 15 de abril, no município de Xapuri, após processo de revitalização realizado pelo governo do Acre, por meio da Fundação Elias Mansour (FEM). O investimento foi de R$ 640 mil, com recursos do tesouro estadual.

Instalado em um casarão de 1927 que já abrigou a primeira sede da Prefeitura de Xapuri, o museu tem como foco a preservação da história local, com ênfase no Ciclo da Borracha, na Revolução Acreana e na trajetória do líder seringueiro Chico Mendes. O acervo reúne armas históricas, mobiliário, objetos do cotidiano dos trabalhadores da floresta e peças que representam a cultura indígena e extrativista da região.

Durante a entrega, o governador Gladson Cameli destacou o papel do museu na formação da identidade local. “Eu entendo que um povo que não conhece a sua história não pode sonhar com um futuro promissor. Portanto, um museu não é um lugar para acumular coisas velhas, mas sim um lugar que guarda memórias afetivas de uma população, as quais sinalizam para o futuro”, afirmou.

O museu foi originalmente inaugurado em 2005 e é considerado um dos principais espaços culturais de Xapuri. A reabertura do espaço integra uma série de ações voltadas à preservação do patrimônio histórico do município, que incluem também a revitalização da Casa de Chico Mendes e da Trilha Chico Mendes, em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

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